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Psicologia internista

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Por:   •  15/4/2014  •  Seminário  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  156 Visualizações

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Resumo.

Segundo as autoras argentinas, a primeira função atribuída ao acompanhante terapêutico era “conter” o paciente psiquiátrico fora do contexto institucional ou das consultas medicas. Havia as seguintes premissas a serem seguidas pelo AT. Representar o terapeuta, servir como um modelo de identificação, apresentar-se como uma figura empática, atuar como agente ressocializador, informa-lo sobre o mundo real e suas regras sociais, reforçar a capacidade criativa etc. A intenção principal e do trabalho era certificar o dia-a-dia do paciente fora do contexto das consultas e ampliar o controle exercido pelo medico ou pela família, como descreve relato de Kalina.

Então a procura das origens desta pratica, que seria antes um campo de intervenção na área de saúde mental do que uma técnica terapêutica especifica, buscamos incluir nesta pesquisa aspectos espaciais, territoriais e contextuais, visto que este agente “em transito” utiliza referencias completamente diferentes daquelas que comumente lidamos em nossos consultórios.

Conta-se com outros recursos que ampliam nossos olhares na clinica. São as soluções locais, são os laços de solidariedade e todas as possibilidades informais e imprevistas que possam surgir. Contar com estes recursos amplia, potencializa a clinica e desconstrói a figura do especialista como detentor do saber. O Encontro, ou o “bom encontro” e o que pressupõe uma posição ética desejante, que permita o acolhimento, o respeito ao outro e a disponibilidade.

Como estratégia de assistência na atenção básica, o Programa de Saúde da Família, trouxe novidades importantes para o campo da saúde mental. Este programa, associado ao programa de agentes comunitários de saúde, propõe que o usuário seja procurado onde ele esta pessoas que moram em uma determinada área e revela uma principal diferença; o atendimento e oferecido a partir das necessidades encontradas e não pela demanda. O imperativo e buscar encontrar as soluções para os problemas no próprio local, afim de evitar encaminhamentos. Desta forma, a equipe passa a ser a referencia pioneira de implantação do programa em São Paulo.

O autor destaca que essa noção introduz a dimensão de que cada tratamento e singular, devendo ser avaliado caso a caso, e a todo momento. O projeto terapêutico individual descreve o percurso de tratamento do usuário e as metas do trabalho. Através desse documento, e possível analisar as demandas e necessidades, verificar quais recursos dispomos e quais se revelam mais adequados para compor a pratica do cuidado oferecido.

Os agentes comunitários de saúde , técnicos de referencia dos usuários do CAPS ou cuidadores dos serviços residenciais terapêuticos, devemos somente nos ater ao fato de que, muitas vezes, e necessário nos deslocarmos para onde o problema esta. A fim de participarmos da situação vivida e produzir acontecimentos. Talvez esta pratica traduza o que Deleuza descreve como clinica cartográfica.

Na saúde mental trabalhamos no campo das ideias, são nossas convicções reflexões e enfrentamentos que determinam os tempos e ritmos das transformações que almejamos. Fala-se de estratégias que possam traduzir um sentido, uma direção de responsabilidade. Fazendo o que e possível no momento, porem nossa ações traduzem um sentido, uma direção e um posicionamento. O que propomos não e a formação e capacitação de novos paramendicos ou novos agentes de saúde. Esta se propondo táticas que promovam a formação de alianças, conexões diretas com aqueles que são objeto do nosso cuidado. Sejam eles pessoas longamente internadas que estão aguardando sua alta, pessoas que passaram por uma crise em decorrência de um transtorno mental ou do uso abusivodo álcool ou das drogas, pessoas que irão morar em serviços residenciais terapêuticos, usuários que estão sendo inseridos no serviço, ou mesmo aqueles que deixaram de frequenta-lo.

Como nos diz Carrozzo; “ O problema é podermos aquentar a singularidade deste paciente, poder validar o que é que ele gostaria de construir como seu cotidiano , seja dentro ou fora da instituição. Neste sentido, os acompanhantes terapeuticos necessitam ser pessoas que lutem pela não formalização de conceitos, ou seja, que não reconheçam a realidade dada como natural. A aposta de que para além da crise, ali há um sujeito aguardando para se pronunciar, ajuda a nos despir de preconceitos e nos colocar em posição de disponibilidade e comprometimento frente a singularidade destes sujeitos. Pensamos que é necessário oferecer um olhar curioso e humano para que possamos trabalhar como formigas operarias, sem a preocupação de consertar as coisas e sim acompanha-las, construindo jogos possíveis a partir

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