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Qimica Organica

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Por:   •  5/3/2014  •  4.364 Palavras (18 Páginas)  •  298 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Desde os tempos antigos as plantas medicinais vêm sendo utilizadas pelo homem para tratar diversas doenças e ajudar a preveni-las. Foram relatados vários efeitos terapêuticos dessas fontes vegetais.

O uso das plantas medicinais é tão antigo quanto a humanidade, são muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas pessoas, a população possui muitos conhecimentos de diversas plantas que contribuem consideravelmente para divulgação do potencial terapêutico dos vegetais (MACIEL et al., 2002).

Segundo Oliveira et al. (2007) na medicina popular as plantas são usadas para tratar as mais diversas doenças, sendo preparadas na forma de chás, sucos, tinturas, banhos, cataplasmas e ungüentos. Atualmente, os insumos farmacêuticos vegetais têm sido utilizados pelas farmácias de manipulação na preparação de produtos homeopáticos, nas indústrias farmacêuticas para a obtenção de medicamentos fitoterápicos e pelas indústrias cosméticas na obtenção de produtos voltados para a higiene pessoal e beleza.

A partir do uso popular das plantas medicinais, se iniciam pesquisas que podem levar a descoberta de novos princípios ativos. Estudos visam a comprovação da autenticidade das informações fornecidas pela população, de forma que ao longo do tempo uma variedade de drogas que eram consideradas tóxicas estão sendo usadas para fins terapêuticos (PARENTE et al., 2002).

É dever do farmacêutico, buscar a manipulação de produtos que contenham extratos padronizados e de qualidade, pois assim será possível estar seguro da concentração das substâncias ativas, da disponibilidade dessas no organismo e da atividade do produto por qualquer via de administração, desde que a forma farmacêutica atenda aos preceitos farmacotécnicos (OLIVEIRA et al., 2007).

Este trabalho teve como objetivo buscar na literatura, informações referentes à Calendula officinalis L., uma planta muito utilizada pela população em diversas enfermidades, e também pela indústria farmacêutica e cosmética.

2 CALÊNDULA

A Calêndula é uma planta muito utilizada nas indústrias farmacêuticas, de cosméticos e de alimentos e também pela população em geral.

Segundo Moreira et al. (2005) o nome científico da planta é Calendula officinalis L.SEGUIR REGRA DE NOMENCLATURAREVISARPARA TODOS

As partes da planta mais usadas para ação terapêutica são as folhas ou capítulos florais, que apresentam coloração variando entre amarelo e alaranjado (MOREIRA et al., 2005).

É originária da Europa Meridional e regiões mediterrâneas, sendo cultivada em todo o mundo inclusive no Brasil (SILVEIRA, VILLELA e TILLMANN, 2002). NORMA ABNT VERIFICAR NO MANUAL DO TIDIR

A Calêndula (figura 1) é também conhecida por outros nomes como: malmequer, maravilha, malmequer-dos-jardins, maravilha-dos-jardins e margarida-dourada, bonina, flor-de-todos-os-males, verrucácia, Calêndula-hortense, bem-me-quer-de-todos os meses (LORENZI e MATOS, 2002; MOREIRA et al. 2005).

Figura 1: Foto da flor de Calêndula

Fonte: wikipedia

2.1 Uso na medicina popular

A Calêndula tem um amplo espectro no tratamento de diversas afecções, entre as quais podemos citar: no tratamento de queimaduras, contusões, cortes e erupções, o chá das flores é usado contra icterícia, escorbuto e inflamação nos olhos, as folhas são usadas externamente em inflamações purulentas, e por via oral são utilizadas no tratamento de artritismo e doenças nervosas, em aplicações locais destroem calos e verrugas (CRUZ, 1965; GUTERRES e ZIEGLER, 2002).

Segundo Parente et al. (2002) a Calêndula é indicada também nos casos de eczema seborreico, crosta láctea, foliculite, vulvovaginite, dermatite por monília e estreptococcos, feridas de mamas e brotoeja.

De acordo com Valdès e Garcia (1999) a Calêndula é usada, pela população, para cicatrizar feridas, no tratamento de gastrite, de úlceras e outras doenças gastrointestinais; no tratamento de hipertensão, taquicardia e arritmia, assim como no tratamento de vários distúrbios do sistema urinário.

2.2 Presença em Monografias Oficiais

A Calêndula é uma planta que esta contemplada nas Farmacopéias Brasileira, Européia e inglesa.

Simões et al. (2007) diz que há monografia da planta na Farmacopéia Francesa, mas a mesma não foi encontrada em tal Farmacopéia.

3 CONSTITUINTES QUÍMICOS

A composição química das plantas pode diferir em relação às partes da planta, e também de acordo com fatores ambientais tais como o clima, tipo de solo, época da coleta, dentre outros, diante disso, em pesquisas com plantas medicinais é importante determinar a data e caracterizar o local da coleta.

A Calêndula possui ampla diversidade de constituintes químicos, o que confere a planta uma variedade de ações terapêuticas.

Segundo Gazim et al. (2007) os principais constituintes químicos da Calêndula, são saponinas triterpênicas, flavonóides, hidroxicumarinas, carotenóides, triterpenos pentacíclicos trihidroxiálcoois, taninos; poliacetilenos; esteróis; sesquiterpenos glicosídeo, e óleo volátil (0,1-0,2%) que são ricos em sesquiterpenos hidrocarbonetos e alcoóis.

Outros componentes já foram isolados, como: cumarinas, dentre elas a escopoletina,

umbeliferona e esculetina. E ainda, ácido málico, mucilagem, resina, goma (calendulina), substância amarga (calendeno e calendina), tanino, poliacetilenos, esteróis sitoesterois, estigmasterol, isofucosterol, campesterol, metil-(enecolesterol e colesterol). Ácido salicílico e inulina também já foram isolados (VALDÈS e GARCIA, 1999; PARENTE et al., 2004).

Os flavonóides glicosídicos são os principais constituintes que dão a Calêndula o efeito antiinflamatório. Na Calendula officinalis são encontrados flavonóides, derivados do quercetol (quercetin-3-o-glicídio) e do isorramnetol, e ainda outros tipos como isoramnetina neohesperidosídeo, quercitina neoheperidosídeo, rutina 2G-ramnosilrutinosídeo, isorhamnetina-3-O-rutinorhamnosídeo. Já foram isolados da planta derivados flavônicos como calendoflasídeo, calendoflavosídeo e calendoflavobiosídeo. Os flavonóides podem ser encontrados nas flores e nas folhas da planta (PARENTE et al., 2004; VOLPATO, 2005).

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