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Qualidade De Vida E Medicina No Trabalho

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Por:   •  21/9/2014  •  1.986 Palavras (8 Páginas)  •  481 Visualizações

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Qualidade de vida e medicina no trabalho

Qualidade de vida no trabalho

Com a nova perspectiva do terceiro milênio, marcada pela preocupação com o bem-estar físico, mental e espiritual das pessoas, a qualidade de vida dentro e fora do trabalho evidência um novo rumo às relações de trabalho.

As empresas atualmente procuram verificar o grau de satisfação e participação de seus colaboradores nas atividades organizacionais. Como forma de mensurar tais itens a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) vem auxiliar as organizações trazendo elementos que permitam conhecer o que as pessoas sentem em vários aspectos, tanto internos como externos à organização. A necessidade de estar sempre atenta às novas tendências e necessidades de seus clientes, estes, sempre mais exigentes, faz com que as organizações busquem por qualidade nos seus serviços e produtos oferecidos, o que as levam a cobrar cada vez mais de seus colaboradores resultados satisfatórios, porém a organização deve atender não só as necessidades de seus clientes mais também de seus colaboradores fazendo com que estes se sintam satisfeitos em desenvolver suas atividades, tornando-se peça-chave da organização.

Origem e evolução na qualidade de vida no trabalho

O termo qualidade de vida têm se evidenciado nos últimos anos no Brasil, mas este tem sido estudado em todo o mundo desde meados do século XX. O interesse pela Qualidade de Vida evidenciou-se principalmente depois da segunda guerra mundial, quando as pessoas passaram a se preocupar mais com seu bem-estar e buscar condições melhores de vida.

Hoje se valoriza a satisfação pessoal, no qual as pessoas precisam ter sua auto-estima desenvolvida no intuito de se sentirem motivadas a realizar suas expectativas pessoais. A World Health Organization Quality of life group – WHOQOL – (1995), define Qualidade de Vida como:

A percepção universal do posicionamento do indivíduo frente à vida, no contexto da cultura e sistemas de valores no qual ele está inserido, em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e daquilo que lhe diz respeito.

Com esse novo olhar as organizações passam também a se preocupar com a Qualidade de Vida de seus colaboradores no exercício de atividades e fora do ambiente de trabalho, o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) surge assim para consolidar a satisfação pessoal dos colaboradores com as atividades praticadas na organização. Segundo Chiavenato (2008), “a saúde e segurança das pessoas são um dos principais apoios para se manter a força de trabalho que a organização deseja”, ou seja, as organizações devem oferecer a seus colaboradores condições saudáveis para que estes possam desenvolver suas atividades, assegurando-os assim o pleno exercício de suas funções, levando em consideração o seu bem-estar físico e mental.

São muitas as contribuições para o estudo da satisfação do indivíduo no trabalho. Destacamos Mayo, que segundo Rodrigues (1999), contribui com seus estudos relevantes sobre o comportamento humano, da motivação dos indivíduos para a obtenção de metas organizacionais e da Qualidade de Vida no Trabalho. Lembramos também de Abrahan H. Maslow que segundo Chiavenato (2008), contribui com sua hierarquia das necessidades humanas, onde estas estão arranjadas em uma pirâmide de importância no comportamento humano, sendo a base composta pelas necessidades primárias (necessidades fisiológicas e de segurança); enquanto no topo estão as necessidades secundárias (necessidades sociais, de estima e auto-realização)

Limongi-França (2001), conclui a evolução da QVT, da seguinte forma:

Qualidade de Vida no Trabalho está além dos motivos do movimento sindical após a grande crise dos anos 30, que se centraram na segurança e salubridade do trabalho, no tratamento dispensado ao trabalhador e no aumento dos salários. É também mais amplo que o enfoque dos psicólogos, surgido na década de 50, em que se considerava a existência de uma correlação positiva entre o estado de ânimo e a produtividade afirmando-se que é possível elevá-los mediante a melhoria das relações humanas. Ultrapassam as novidades da década de 60, como a igualdade de oportunidade e os inumeráveis esquemas de enriquecimento do trabalho. Pode-se definir QVT como a junção desses movimentos reformistas, mais as necessidades e aspirações humanas, como o desejo de trabalhar para um empregador que possui sensibilidade social por exemplo.

Destacamos que a QVT, torna-se a partir de seus pesquisadores uma ferramenta de gestão que auxilia as organizações a manter seus colaboradores, com um clima organizacional favorável ao exercício de suas atividades.

Conceito de QVT

O conceito de QVT é muito abrangente, pois envolve não somente as condições físicas, mas também todo um conjunto de condições psicológicas e sociais do ambiente de trabalho. Segundo Fernandes e Gutierrez apud Limongi-França (2008) a QVT se interessa, ainda, por questões comportamentais que dizem respeito às necessidades humanas e aos tipos de comportamentos individuais no ambiente de trabalho, de alta importância, como, entre outros, variedade, identidade de tarefa e retroinformação.

Walton apud Chiavenato (1999) conceitua a QVT como o atendimento de necessidades e pretensões humanas, com base na idéia de humanização e responsabilidade social. Propõe ainda um modelo com oito categorias conceituais que devem ser consideradas na QVT:

Compensação adequada e justa: deve-se adotar um padrão de honestidade que considere uma remuneração adequada, equidade interna e equidade externa;

Condições de segurança e saúde no trabalho: devem-se considerar horários razoáveis de trabalho de acordo com as normas estabelecidas resultando no bem-estar do trabalhador e no trabalho realizado por este;

Oportunidade imediata para a utilização e desenvolvimento da capacidade humana: consideram-se os aspectos de autonomia no trabalho, habilidades múltiplas, identidade da tarefa, informações e perspectivas;

Oportunidade futura para crescimento contínuo e segurança: valorização do trabalhador destacando-se dimensões de oportunidade de carreira, perspectivas da aplicação dos conhecimentos, desenvolvimento pessoal e segurança;

Integração social na organização de trabalho: ênfase as relações interpessoais no qual assume uma dimensão importante da qualidade de vida no trabalho;

Constitucionalismo na organização de trabalho: destacam-se os aspectos de privacidade, liberdade, equidade no tratamento

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