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Quem disse que sonhar não paga imposto?

Por:   •  16/3/2016  •  Ensaio  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  283 Visualizações

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Quem disse que sonhar não paga imposto?

Algumas crianças, como eu, sabem bem pouco dos problemas que muitos adultos enfrentam. Mas ao ouvir os meus pais falando durante horas sobre as inúmeras taxas que eles precisam pagar e sobre a tão comentada "carga tributária", fiquei muito intrigado, havia tantos papéis, era taxa disso e taxa daquilo... Taxas sem fim! Passei tanto tempo olhando as taxas aterrorizantes, que semana passada eu acordei bastante perturbado, sonhei que um monstro, no formato de um papel gigante, com a palavra: “IMPOSTO”, impressa nele, se aproximou de mim e levou embora boa parte das minhas moedas. No outro dia, eu pensei muito naquilo, até que chamei meu pai e contei-lhe sobre o sonho, após alguns minutos, ele ficou sério e pensativo, suspirou fundo e disse: - Já passou o tempo em que sonhar não pagava imposto. Eu, é claro, não entendi nada, que negócio é esse de pagar imposto? Sou apenas uma criança, será que eu preciso pagar também? Pensando nisso, eu fui pesquisar...

Depois de uma busca na internet, descobri que os impostos comem um pedacinho de tudo o que compramos. Poxa vida, desde a luz elétrica que me iluminava até o pequeno (e baratinho) chiclete que eu mascava, tinha imposto. Percebi que os percentuais estão em tudo... No tênis que eu ganhei de presente de Natal, nos brincos da mamãe, nos tijolos das paredes e até no lápis de cor que deixa os meus desenhos coloridos. Realmente, é de assustar! Por isso, eu passei horas pesquisando tantas possibilidades de cobranças, até que... Ufa!!! Não aguentei! Cansei de ver o quanto esse tal de imposto já abocanhou dos meus lanches e das minhas moedinhas, até do meu sorvete ele aproveita.

Mas, não haveria problema nenhum em pagar essa dinheirama de imposto, se nós soubéssemos para qual lugar ele está indo. Penso que o imposto pode ter viajado para a Europa. Ou passa os seus dias em praias e balneários. Estaria ele debaixo de algum colchão? Quem sabe ele esteja dentro das meias ou cuecas de alguém... Ou, sei lá, brincando de esconde-esconde por aí, em algum lava jato talvez. Enfim, aonde andará o imposto??? Pensei tanto em uma provável resposta, que entrei em pânico, e as palavras do meu pai ressoaram de forma insistente em minha mente: - Já passou o tempo em que sonhar não pagava imposto. Dizia ele repetidamente, como um sino em minha cabeça. Eu fiquei desesperado e decidi que nunca mais iria dormir, pois eu sonho quase todas as noites, se for obrigado a pagar por isso, estarei bem encrencado. Porém, naquele dia, quando a noite chegou, com ela veio o sono... E que sono! Segurei o quanto pude, mas não teve jeito, a última coisa em que eu pensei, antes de dormir profundo e ter vários pesadelos, é que se os impostos não seguirem em um trenzinho direto para a educação, saúde... E tudo mais que é preciso, mesmo eu sendo ainda um menino, nem em sonho deixarei de pagar tantas taxas.

E ainda há quem diga que sonhar não paga imposto...

Leide Nogueira

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