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RESENHA DO CAPÍTULO 1 E 2 DO LIVRO HISTÓRIA E FOTOGRAFIA- BÓRRIS KOSSOY

Trabalho Escolar: RESENHA DO CAPÍTULO 1 E 2 DO LIVRO HISTÓRIA E FOTOGRAFIA- BÓRRIS KOSSOY. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/10/2013  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  4.046 Visualizações

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FOTOGRAFIA E HISTÓRIA

Cleusi T. Bobato Stadler

Em uma viagem pela história da fotografia. É assim que o leitor se sente ao iniciar a leitura do livro Fotografia e História de Bóris Kossoy, principalmente em seu capítulo 1 e 2, Fotografia e História e Fundamentos Teóricos, onde vai tratar dos seguintes temas: O advento da Fotografia – um novo meio de conhecimento do mundo; o documento fotográfico – descaso e preconceito; a “revolução documental” e a nova posição da fotografia; fundamentos teóricos da fotografia.

Boris Kossoy inicia o capítulo fazendo referência a Revolução Industrial como movimento que traz o desenvolvimento de várias ciências e dando origem a novas invenções. Entre elas está a fotografia, como possibilidade inovadora de informação e conhecimento, também como instrumento de apoio à pesquisa e forma de expressão artística.

Sabemos que a fotografia como uma nova invenção criou um novo tipo de olhar sobre a arte de registrar as imagens, os fatos que aconteciam no mundo. Ela veio como uma nova arte, inaugurando uma estética própria, um novo profissional da imagem.

De 1820 a 1860 foi o período de pesquisas de diversos processos físico-químicos com o objetivo de captar e fixar imagens, de aceitação, consumo crescente, ocasionando o aperfeiçoamento da técnica fotográfica. Mas é a partir de 1860 que se propiciou o surgimento de verdadeiros impérios industriais e comerciais da atividade fotográfica.

Tudo passa a ser registrado e documentado pelas câmeras dos fotógrafos, os fatos sociais e políticos, costumes, habitação, monumentos, paisagens urbanas e rurais, a arquitetura das cidades, as obras de implantação das estradas de ferro, os conflitos armados e as expedições científicas. Os retratos de estúdios foi o gênero que provocou a maior demanda para os fotógrafos da segunda metade do século XIX.

Segundo Kossoy, com a descoberta da fotografia e sua reprodução em larga escala, o homem passa a ter uma nova visão de mundo. Ele passa a ter acesso a um conhecimento mais amplo e preciso de outras realidades, à informação visual dos hábitos e fatos de povos distantes, que antes só eram retratados pela tradição escrita, verbal e pictórica.

A fotografia passa a ser uma possibilidade de autoconhecimento e recordação, de criação artística, documentação e denúncias (de natureza testemunhal) e são passíveis de manipulação, pois os que recebem a fotografia passam a vê-la como única verdade absoluta, sem, contudo fazer sua devida interpretação. Desta forma, a História ganha uma nova fonte histórica – as fotografias.

Até a primeira metade do século XIX a fotografia era utilizada apenas como ilustração, através de reunião e exposição das imagens coletadas. Ocorria uma negação do uso da fotografia como fonte histórica, não sendo analisada em todas suas particularidades. Mas Kossoy afirma, que a fotografia é um intrigante documento visual, pois seu conteúdo é a um só tempo revelador de informações e detonador de emoções. Elas podem despertar sentimentos profundos de afeto, ódio, nostalgia para alguns e trazer informações e conhecimentos para outros. Mas com certeza, a fotografia, pode sim, fornecer um amplo painel de informações visuais do passado em seus múltiplos aspectos, para nossa melhor compreensão do mesmo.

Sabemos, entretanto, que a fotografia não alcançou plenamente o status de documento no século XIX. Havia certo preconceito cultural quanto ao uso da fotografia como documento histórico. Primeiramente a transmissão do saber científico sempre foi através da escrita, do documento escrito, portanto a fotografia não preenchia os requisitos, porque era um documento visual. Também havia a resistência em aceitar, analisar e interpretar informações registradas visualmente, pois não está codificada em um sistema de signos em conformidade com a comunicação escrita.

Com a Revolução Documental das últimas décadas e com o termo “documento” compreendido de forma mais amplo, passa-se a ter um crescente interesse nas fontes fotográficas, como fonte histórica. Seus conteúdos não devem apenas ser entendidos como meras “ilustrações ao texto”, mas sim explorados e analisados através da sistematização de informações e metodologias adequadas de pesquisa.

Kossoy trata em outro capítulo dos fundamentos teóricos do uso da fotografia. Neste ele tratará sobre os componentes fundamentais de todos os processos destinados à produção de imagens de qualquer espécie: o, homem, o tema e a técnica específica. E para a realização de uma fotografia ele destaca: o assunto, o fotógrafo e a tecnologia, num preciso e definido espaço e tempo, através de todo um processo. Kossoy afirma: “O produto final, a fotografia, é portanto resultante da ação do homem, o fotógrafo, que em determinado espaço e tempo optou por um assunto em especial e que, para seu devido registro, empregou os recursos oferecidos pela tecnologia.”

Concorda-se com Kossoy quando ele explica a criação de uma fotografia através de um modelo dos seus elementos constitutivos. Neste modelo ele trabalha com o assunto (tema), o fotógrafo (agente do processo), a tecnologia (equipamentos e técnicas), as coordenadas de situação – o espaço (local do registro), tempo (cronológico), e o produto final – fotografia ( registro visual, elementos icônicos que compõem o conteúdo). São os componentes a serem detectados nos estudos históricos específicos, constantes em todos os processos.

Compreende-se que o processo

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