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Rangers Volume 11

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Por:   •  26/3/2014  •  10.692 Palavras (43 Páginas)  •  182 Visualizações

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Morte de um herói

Capítulo 1

Tinham sido três longos e duros dias.

Will tinha estado em um tour pelas aldeias ao redor do Castelo Redmont. Isso era algo que ele fazia regularmente, ter contato com os aldeões e seus chefes, mantendo o controle dos acontecimentos do cotidiano. Ele tinha aprendido que às vezes pequenos trechos de fofocas, algo trivial no momento, poderiam ser úteis na hora de problemas e atritos dentro do feudo.

Isso era parte de ser um Arqueiro. Informação. Não importa o quão insignificante possa parecer à primeira vista, mas era um elemento vital para a Ordem.

Agora, no final da tarde, enquanto cavalgava cansado para a sua cabana junto às árvores, ele ficou surpreso ao ver luzes acesas e a silhueta de alguém sentado na pequena varanda.

A surpresa tornou-se prazer quando reconheceu Halt. Nestes dias, o mentor de Will era um visitante pouco frequente na cabana, passando a maior parte do tempo em quartos fornecidos para ele e Lady Pauline no castelo.

Will desmontou da sela e esticou os músculos cansados com gratidão.

— Olá! — ele cumprimentou. — O que te traz por aqui? Espero que tenha trazido café.

— O café está pronto — respondeu Halt. — Cuide de Puxão e depois venha se juntar a mim. Preciso falar com você. — Sua voz soou tensa.

Com a curiosidade atiçada, Will levou Puxão ao estábulo atrás do chalé, tirou a sela, escovou o pelo de cima para baixo e deu comida e água fresca. O pequeno cavalo sacudiu a cabeça como forma de gratidão. Ele deu um tapinha no pescoço de Puxão e voltou para a cabana.

Halt ainda estava na varanda. Ele tinha conseguido duas xícaras de café em uma mesa pequena e Will sentou em uma das cadeiras lona, bebericando com gratidão a bebida refrescante. Ele sentiu o fluxo de calor através de seus músculos rígidos e gelados. O inverno estava chegando e o vento tinha sido frio e cortante o dia inteiro.

Ele olhou para Halt. O arqueiro de barba grisalha parecia estranhamente desconfortável. E apesar da alegação de que deveria conversar com Will, uma vez que os comprimentos de costume estavam fora do caminho, ele parecia estar relutante em começar a conversa.

— Você tem alguma coisa para me dizer? — Will solicitou.

Halt se mexeu desconfortavelmente na cadeira. Então, com um esforço óbvio, ele começou.

— Tem algo que você deveria saber. Algo que eu provavelmente deveria ter lhe dito a muito tempo. É só... O momento nunca pareceu o certo.

A curiosidade de Will cresceu. Ele nunca tinha visto Halt tão inseguro. Ele esperou, dando tempo para seu mentor organizar os pensamentos.

— Pauline acha que é hora de eu lhe dizer. Assim como Arald. Ambos sabem disso já faz um tempo. Então, talvez eu deva... ir em frente.

— É algo ruim? — Will perguntou, e Halt olhou diretamente para ele pela primeira vez em vários minutos.

— Eu não tenho certeza. Você pode achar que sim.

Por um momento, Will se perguntou se queria mesmo ouvir, o que quer que fosse. Então, vendo o desconforto no rosto de Halt, ele percebeu que, bom ou ruim, era algo que o seu mestre tinha que tirar do peito. Ele gesticulou para Halt continuar.

Halt parou por alguns segundos, então começou.

— Suponho que começou logo após as batalhas contra as forças de Morgarath, em Hackham Heath. Elas estiveram em retirada durante vários dias. Então pararam e ficaram em posição. Nós tínhamos rechaçado o ataque principal e estávamos forçando-os para trás. Mas eles foram se reunindo no lado direito, onde acharam um ponto fraco na nossa linha...

Capítulo 2

Sul de Hackham Heath

— MAJESTADE! O FLANCO DIREITO ESTÁ EM PERIGO!

Duncan, o jovem Rei de Araluen, ouviu o arauto gritar acima do barulho da terrível batalha. O som de armas e escudos, os gemidos e soluços dos feridos e moribundos, os gritos de ordens dos comandantes para suas tropas se reagruparem e os gritos involuntários e inarticulados dos soldados enquanto eles cortavam, esfaqueavam e se lançavam, implacavelmente, sobre a formação inimiga. Uma quase ensurdecedora mistura de sons a seu redor.

Duncan deu mais uma estocada no Wargal que rosnava diante dele, sentiu a espada trespassar a carne e viu o rosnado mudar para uma expressão intrigada quando a criatura percebeu que já estava morta. Então ele deu um passo para trás, desvencilhando-se imediatamente da batalha – física e mentalmente.

Um jovem cavaleiro da Escola de Guerra de Araluen rapidamente tomou o seu lugar na linha, com a espada já se movendo em um arco assassino quando ele deu um passo a frente, cortando de um lado a outro a linha de frente dos Wargals, como uma foice em meio a grama alta.

Duncan descansou por um momento, apoiado em sua espada, respirando com dificuldade. Ele sacudiu a cabeça para clareá-la.

— Majestade! O flanco direito! — o arauto recomeçou, mas Duncan já acenava com a mão para pará-lo.

— Eu ouvi o que disse.

Já havia se passado três dias desde a batalha de Hackham Heath, onde o exército de Morgarath tinha sido acuado em um ataque surpresa, liderado pelo arqueiro Halt em sua retaguarda. Os inimigos estavam em plena retirada. Morgarath já deveria ter se rendido. Mas ele continuou resistindo, o que custava mais e mais baixas para ambos os lados. Mas o Lorde da rebelião nunca se preocupou em preservar vidas. Ele sabia que fora derrotado, mas ainda queria infringir a Duncan e seus homens o máximo de dano possível. Se eles tivessem de sair vitoriosos, que então pagassem muito caro por isso.

Com relação as suas próprias forças, ele pouco se importava com as perdas. Eram nada mais do que ferramentas para ele, e ele estava disposto a continuar jogando-os para cima do exército real, sacrificando centenas de tropas, mas causando centenas de mortes no processo.

Depois de três dias, ele recuou para sudoeste, onde o terreno passou a favorecê-lo, proporcionando uma série de selvagens e custosas batalhas. Ele havia selecionado muito bem o local para esta última batalha. Uma estreita planície entre duas colinas escarpadas, onde a chuva, recentemente, tinha afofado o terreno e impedido que

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