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Reconceituacao Do Servico Social

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Por:   •  17/4/2014  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  269 Visualizações

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movimento de reconceituação do serviço social

O movimento de reconceituação

Durante os anos de 1960, observou-se uma profunda erosão do Serviço Social tradicional em muitos países, que historicamente se explicava por uma crise do capitalismo nesse período. Crescia, também, a onda de movimentos reivindicatórios das classes subalternas que se opunham à ordem burguesa, inclusive a categoria do Serviço Social.

O Serviço Social então começa a se aproximar do pensamento crítico das Ciências Sociais e do movimento estudantil e deixa de lado o que antes era a sua fundamentação: as vertentes psicológicas e a vinculação instituicional com a Igreja.

O Movimento de Reconceituação do Serviço Social estava diretamente ligado com a generalizada recusa do imperialismo norteamericano. A América Latina como um todo se une ideologicamente e a categoria de assistentes sociais se mostra favorável a uma renovação profissional e a uma luta contra o conservadorismo.

Dessa “grande união” formam-se dois blocos: os reformistas-democratas (que propunham projetos desenvolvimentistas) e os radical-democratas (que propunham uma radical ruptura com o conservadorismo profissional e a exploração imperialista). Porém, ambas as propostas não puderam ser efetivadas, devido à intensa repressão das ditaduras e o Movimento de Reconceituação se viu inconcluso por enquanto.

A Reconceituação proporcionou e conquistou grandes coisas: a necessidade de intercâmbio entre os países da América Latina e uma grande união em reivindicações entre eles; explicitou a tão necessária dimensão política da ação profissional; permitiu ao Serviço Social se aproximar do aspecto crítico das ciências sociais (inclusive com o marxismo); o pluralismo profissional, ou seja, a influência de diversas fontes do conhecimento; e, principalmente, a reivindicação da categoria pelo poder de planejar e pesquisar as políticas sociais e não apenas executá-las. Isso trouxe nova imagem ao Serviço Social, que estava trilhando o caminho como profissão intelectual.

Assim como conquistas, o Movimento de Reconceituação cometeu equívocos também: o ativismo político da categoria não diferenciou profissão de militantismo; a recusa cega de qualquer teoria que não fosse latinoamericana; o “confusionismo ideológico”, onde procurou-se unir pensamentos de ideologias totalmentes diversas entre si, como por exemplo a união do marxismo com o cristianismo.

No Brasil, a Reconceituação se deu de uma forma diferente dos demais países da América Latina, já que a ditadura militar brasileira realizou uma “modernização conservadora”. Portanto, a renovação do Serviço Social brasileiro foi no sentido de se incorporar na lógica desenvolvimentista. Somente com a crise da ditadura, na década de 1970, o Serviço Social no Brasil vai se direcionar para uma ruptura radical com o tradicionalismo.

Durante as ditaduras militares, patrocinadas pelos EUA, há 40 anos, o Serviço Social latinoamericano atentou para a urgência de se desvincular do conservadorismo e tradicionalismo profissionais. Afinal, o momento era propício para reivindicações democráticas e revolucionárias, diante de tamanha repressão do governo militar burguês. A Reconceituação foi obrigada a estacionar durante a ditadura, mas não se findou definitivamente

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