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Relatorio Instrumentação Em Microbiologia

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Por:   •  10/1/2015  •  1.124 Palavras (5 Páginas)  •  459 Visualizações

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Instrumentação Em Microbiologia - Prática Coloração De Gram e Microscopia

Introdução

Microscopia

A curiosidade humana e o fantástico mundo científico apresentaram, dentre inúmeras outras descobertas, o microscópio, aparelho que é capaz de ampliar a imagem de estruturas minúsculas. Tal capacidade de ampliação é, sem dúvida, de suma importância ao desenvolvimento da ciência, uma vez que esta consiste na compreensão do mundo que nos cerca a partir da observação e experimentação e, sem os microscópios, estaríamos limitados à capacidade de observação do olho humano. Tal artefato constitui importante instrumento, principalmente no ramo da Biologia, tendo em vista que as estruturas básicas dos seres vivos (células) bem como os microorganismos (que são objeto de estudo da Microbiologia) são tão pequenos que não podem ser vistos a olho nu.

A história da microscopia começa com o fabrico das primeiras lentes óticas, através do polimento do vidro, pelo fiorentino Salvino d´Amato, em 1285. A idéia de combinar lentes para aumentar o tamanho dos objetos mais pequenos data de 1590 e deve-se a Zacharias Janssen, sendo, o primeiro microscópio por ele desenvolvido capaz de uma ampliação de cerca de 30x. A capacidade de ampliação foi evoluindo em consequência do aperfeiçoamento das lentes. No séc. XVII o holandês Antonie van Leewenhoek construiu microscópios de apenas uma lente, pequena e quase esférica, entre duas placas de cobre, aperfeiçoando o instrumento. Ele foi o primeiro a utilizar o microscópio visando o entendimento da natureza e por isso estudou materiais como água estagnada, embriões de plantas, sangue, esperma e visualizou microorganismos. Em 1665, o inglês Robert Hooke usou um microscópio para observar uma grande variedade de pequenos objetos, além de animais e plantas que ele mesmo representava em fiéis ilustrações, tendo sido ele o primeiro cientista a observar, numa amostra de casca de carvalho, o que viria a denominar por células. No entanto, conforme eram obtidas maiores ampliações, a qualidade das imagens se tornava gradativamente inferior, devido às dificuldades em eliminar as aberrações cromáticas e distorções resultantes de imperfeições das lentes. Apenas no século XIX, com o aperfeiçoamento dos sistemas de fabricação de lentes, conseguiu-se atingir o limite de resolução máximo possível utilizando luz visível.

Assim como a melhoria nas lentes, foram também fulcrais para o desenvolvimento da Microbiologia os desenvolvimentos verificados no campo da preparação do material biológico para observação, nomeadamente, as técnicas de coloração específica de organelas e estruturas celulares, de fixação, de inclusão e de corte. Dentre os métodos de preparação de material biológico podemos destacar, por exemplo, a coloração de Gram.

Coloração De Gram

A coloração de Gram é um método de caracterização de bactérias desenvolvido pelo bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram (1853-1838) em 1884, que permite a diferenciação das amostras bacterianas submetidas a esse procedimento em dois grupos, denominados Gram-positivas (grupo de bactérias que se cora de roxo após aplicada a coloração) e Gram-negativas (grupo de bactérias que se cora de vermelho após finalizada a coloração), bem como a determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas. Essa técnica consiste num dos mais importantes e rotineiros métodos de coloração utilizados em laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias, dadas sua simplicidade, rapidez e capacidade de resolução. A técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa caracterização permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis.

O procedimento desenvolvido por Gram consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com uma bateria de corantes/reagentes, intercalados obrigatoriamente pela lavagem com água corrente (no intuito de remover os resíduos de reagentes não fixados pelas células analisadas entre as adições de corantes/reagentes, afim de evitar possíveis interações indesejadas entre estes que venham a prejudicar a análise) conforme especificado a seguir:

1 - Em uma lâmina contendo o esfregaço seco a ser analisado, pingam-se gotas de cristal violeta (violeta-de-metila) suficientes para cobrir as células e deixa-se agir por 15 segundos;

2 - Lava-se o esfregaço com água corrente, no intuito de retirar os resíduos não fixados do primeiro corante e evitar possíveis interações deste com os demais reagentes;

3 - Cobre-se a lâmina com lugol ou Iodo de Gram, e deixa-se agir por 60 segundos;

4 - Lava-se o esfregaço com água corrente, no intuito de retirar os resíduos não fixados do segundo reagente e evitar possíveis interações deste com os demais reagentes;

5 - Aplica-se solução etanol-acetona (ou álcool etílico a 95%) para descorar

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