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Relatório De Carboidratos

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Por:   •  27/9/2014  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  738 Visualizações

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FAM - Faculdade de Americana

Bioquímica - Farmácia 3º semestre

Profª. Maristella C. Anazetti

AULA 4 – CARACTERIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS

Claúdia RA:20130216

Erica Lima RA: 20131179

Jaciane de Oliveira RA:20130219

Juliana V. Costa RA: 20130870

Patrícia Ap. M. Capovila RA:20131074

Introdução

O grupo de compostos conhecido como carboidratos recebe este nome geral devido à observação de sua frequente fórmula CX(H2O)Y, isto é, eles parecem ser “hidratos de carbono”. Carboidratos simples são também conhecidos como “açúcares” ou sacarídeos e a terminação do nome da maioria dos açúcares é –ose.

Carboidratos (ou glicídios) são definidos normalmente como polihidroxialdeídos e polihidroxicetonas ou substâncias que podem ser hidrolisadas para produzir polihidroxialdeídos ou polihidroxicetonas. Os carboidratos mais simples, que não podem ser hidrolisados em carboidratos menores, são chamados monossacarídeos. Carboidratos que quando hidrolisados produzem somente duas moléculas de monossacarídeos são chamados dissacarídeos; aqueles que produzem três são chamados trissacarídeos e assim por diante. Carboidratos que quando submetidos à hidrólise produzem 2 a 10 moléculas de monossacarídeos são normalmente chamadas de polissacarídeos. Carboidratos que produzem um grande número de monossacarídeos (>10) são denominados polissacarídeos.

Os monossacarídeos contendo um grupo aldeído são chamados aldoses; aqueles que contêm grupamentos cetônicos são chamados cetoses. Em soluções aquosas, os monossacarídeos com 5 ou mais átomos de carbono ocorrem, predominantemente, como estruturas cíclicas (anel) nas quais o grupo carbonila forma uma ligação covalente com o oxigênio de um grupo hidroxila ao longo da cadeia, formando derivados chamados hemicetais ou hemiacetais

Os açúcares podem ainda ser classificados como açúcares redutores e não-redutores. Os açúcares redutores contêm grupamentos hemiacetais ou hemicetais. Carboidratos que contêm somente grupos cetais ou acetais são chamados açúcares não-redutores.

Mais da metade de todo o carbono orgânico do planeta Terra está armazenado em apenas duas moléculas de carboidrato: amido ecelulose. Ambos são polímeros de um monômero de açúcar, a glicose. Os carboidratos, na forma de açúcar ou amido, representam a maior parte da ingestão calórica do homem, da maioria dos animais e também de muitos micro-organismos. Também ocupam posição central no metabolismo das plantas verdes e de outros organismos fotossintetizantes que utilizam a energia solar para sintetizar carboidratos a partir de CO₂ e H₂O.

Os animais, incluindo o homem, possuem uma enzima que reconhece a conformação helicoidal do amido e pode degrada-la em suas unidades de glicose. A glicose oxidada em dióxido de carbono e água, é nossa principal fonte de energia.

Os carboidratos têm outras funções biológicas importantes. O amido e o glicogênio servem de depósitos temporários de glicose. Polímeros insolúveis de carboidratos atuam como elementos estruturais e de sustentação nas paredes celulares de plantas e bactérias e, também, no tecido conjuntivo e no revestimento celular dos animais. Outros carboidratos lubrificam as juntas esqueléticas, provém adesão entre células animais.

Os carboidratos modificados fazem parte das paredes celulares bacterianas onde estão interligados por pequenas cadeias polipeptídicas.

Objetivo

O objetivo deste trabalho foi identificar e caracterizar carboidratos (monossacarídeos dissacarídeos e polissacarídeos) através de suas reações químicas características.

Experimento 1 – Identificação de Carboidratos – Reação de Molisch

Parte Experimental

Reação de Molisch: esta reação é utilizada para a pesquisa de carboidratos, em geral. O reagente de Molisch (solução etanólica de αnaftol 5g/100 ml) sob a ação de ácido sulfúrico concentrado leva a formação de compostos furfúricos a partir dos carboidratos. Os compostos furfúricos reagem com o naftol formando um produto condensado colorido. Foram pipetados 2 ml de cada solução de carboidratos (glicose,frutose,sacarose,leite,suco de fruta,mel e batata,) em seu respectivo tubo de ensaio. Em seguida, foram adicionadas 5 gotas de reagente de Molisch em cada solução, sob leve agitação. Posteriormente, foram adicionados 2 ml de ácido sulfúrico concentrado a cada solução, de forma que o ácido escorresse pela parede do tubo. O mesmo procedimento foi realizado em um tubo com solução de água destilada ao invés da solução de carboidratos (controle).

Tubo (1) (Glicose): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (2) (Frutose): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (3) (sacarose): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (4) (amido): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (5) (Água): Não há formação de anel na interface.

Indicando resultado negativo.

Tubo (6) (leite): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (7) (suco de fruta): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (8) (mel): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Tubo (9) (suspensão de batata): Ocorre a formação de um anel vermelho na interface da reação.

Indicando resultado positivo.

Resultados e Discussão

Na reação de Molisch, os monossacarídeos presentes em solução são submetidos à ação de um forte agente desidratante (ácido sulfúrico concentado) originando hidroximetilfurfurais e furfurais a partir de hexoses e pentoses, respectivamente. O ácido sulfúrico também rompe facilmente as ligações glicosídicas de oligo e polissacarídeos, resulatando em pentoses e hexoses. Os compostos furfúricos resultantes reagem com o naftol presente no reativo de Molisch formando um produto de condensação colorido.

A presença do anel violeta característico da condensação dos compostos furfúricos com o naftol foi observado em todos os tubos de ensaio que continham solução de carboidratos. A solução preparada com água destilada no lugar da solução de carboidratos não apresentou tal coloração.

Experimento 2 - Caracterização de Carboidratos Redutores – Reação de Fehling

Parte experimental

Foram adicionados 2mL das substâncias descritas abaixo em cada tubo de ensaio, acrescentou – se 1,0 mL do Reativo de Fehling a mais 1,0mL do Reativo de Fehling B em cada tubo em seguida foi feita a homogeneização. Foram aquecidos em banho-maria fervente, por aproximadamente 5 minutos.

Tubo (1) 2,0 mL de solução de glicose 1g% = Avermelhado. A reação é considerada monossacarídeo redutor de controle positivo.

Tubo (2) 2,0 mL de solução de frutose 1g% = Laranja claro. A reação é A reação é considerado monossacarídeo redutor de controle positivo.

Tubo (3) 2,0 mL de solução de maltose 1g% = (Material Indisponível na aula)

Tubo (4) 2,0 mL de solução de sacarose 1g%= Laranja, é considerado um dissacarídeo não redutor.

Tubo (5) 2,0 mL de solução de amido 1g% = Azul ligeiramente claro. É um polissacarídeo não redutor.

Tubo (6) 2,0 mL de leite = Marrom – Não redutor.

Tubo (7) 2,0 mL de suco de fruta = Vermelho Tijolo = Controle positivo, redutor.

Tubo (8) 2,0 mL de mel = Amarelado = Não redutor

Tubo (9) 2,0 mL de suspensão de batata = Amarelado Claro. = Não redutor.

Resultados e Discussões

Polissacarídeos não são redutores. Os carboidratos redutores resultam em cor. Carboidratos redutores vermelho (tijolo) + têm OH – livres.

Formação de um precipitado para açúcares redutores.

Experimento 3 – Caracterização de Polissacarídeos – Reação de Lugol

O iodo metálico presente no lugol formam complexos com a cadeia de alfa amilase do amido que é um polissacarídeo formado um composto de cor roxo a azulado dando assim um resultado positivo, que comprova a presença de amido.

Monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos mais lugol formam cor amarela indicando resultado negativo, ou seja, que não tem a presença de amido.

Tubo (1) colocou-se 2mL de solução de glicose 1g%, adicionou-se 5 gotas de lugol, resultado negativo, pois é um monossacarídeo.

Tubo (2) colocou se 2mL de solução de frutose 1g%,adicionou-se 5 gotas de lugol, resultado negativo, pois é um monossacarídeo.

Tubo (3) maltose 1g% (material indisponível na aula)

Tubo (4) colou-se 2 mL de solução de sacarose 1g%, adicionou-se 5 gotas de lugol, resultado negativo, pois é um dissacarídeo.

Tubo (5) colocou-se 2 mL de solução de amido 1g, adicionou-se 5 gotas de lugol, mudança de cor da solução transparente ou leitosa para uma cor azul intensa, resultado positivo, pois é um polissacarídeo.

Tubo (6) colocou-se 2mL de leite, adicionou-se 5 gotas de lugol, mudança de cor laranjada, resultado negativo, não tem presença de amido.

Tubo (7) colocou-se 2mL de suco-de-fruta, adicionou-se 5 gotas de lugol, mudança de cor azulado roxo, presença de amido, resultado positivo.

Tubo (8) colocou-se 2 mL de mel, adicionou-se 5 gotas de lugol, resultado negativo, não tem presença de amido

Tubo (9) colocou-se 2mL de suspensão de batata, adicionou-se 5 gotas de lugol, mudança de cor roxa, resultado positivo, pois identificou amido.

Resultado e Discussões

Com o uso do Lugol foi possível constatar que o suco de fruta e a suspensão de batata possuem o amido (após a aplicação do Lugol a cor resultante foi roxa da batata e azulado roxo para o suco de fruta, assim constatando que havia amido nos alimentos) enquanto o Leite e o mel não possuem.

Conclusão

Concluiu-se que a glicose e a frutose são monossacarídeos de caráter redutor. Contudo, diferenciam-se estruturalmente, sendo classificadas como poliihidroxialdose e poliihidroxicetose respectivamente. A sacarose é um dissacarídeo, sendo classificada como um açúcar não redutor. Já o amido é um polissacarídeo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 SOLOMONS, T.W.G. Fundamentals of Organic Chemistry. 4ª edição. b) NELSON, D.L.; COX, M.M. Lehninger Princípios de Bioquímica. 3ª edição. São Paulo, 2002. c) http://www.ebah.com.br/relatorio-de-glicidios-doc-a50049.html;

 Aula prática Fam (Faculdade de Americana);

 LEHNINGER, A.L., NELSON, D.L. & COX, M.M. Princípios de Bioquímica. 2ª ed., Editora Sarvier, São Paulo, 1995.

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