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Relatório da Organização Mundial de Saúde (2010)

Por:   •  11/12/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.064 Palavras (9 Páginas)  •  201 Visualizações

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INTRODUÇÃO

        2:

De acordo com o relatório da Organização Mundial de Saúde (2010), menos de dois terços da população mundial não possuem acesso ao saneamento básico, correspondendo a 2,6 bilhões de pessoas. No Brasil, a parcela de domicílios que possui saneamento básico apropriado subiu de 45,3% em 1991 para 61,8% em 2010 (IBGE, 2010).

Historicamente, os investimentos em saneamento básico para comunidades rurais no Brasil, são inferiores aos destinados aos grandes centros urbanos. A cada dez pessoas que não possuem acesso ao saneamento básico, sete residem em área rural. As discrepâncias vão desde a qualidade do serviço oferecido até diversidades na oferta entre as classes sociais.

3:

Segundo o IBGE apenas 34% da população rural possui suas casas ligadas a redes de abastecimento de água com ou sem canalização interna.

4:

Em relação à destinação do esgoto, 5,1% dos domicílios estão ligados à rede de coleta, 2,7% usam a fossa séptica ligada a rede coletora e 23,5% fossa séptica não ligada a rede coletora. O restante lança os dejetos em fossas rudimentares, em cursos d’agua ou a céu aberto (PNAD,2014).

5: Lixo: Quanto a coleta de resíduos sólidos, há uma diferença significativa entre áreas urbanas e rurais. De acordo com a PNAD/2014, 92,2% dos domicílios urbanos tem acesso à coleta direta e apenas 27,0% dos rurais são atendidos por esse serviço. Segundo LIMA (et al.,2005) não há uma seleção correta do lixo, e sua destinação é realizada indiscriminadamente, contaminando o solo onde é disposto e causando a proliferação de vetores de doenças que atingem homens e animais. Este descarte inapropriado causa diversos problemas socioambientais, entre eles tendo maior impacto à saúde humana.

Saúde: Segundo dados da FUNASA (1998), cerca de 29 pessoas morreram por dia de doenças causadas pela falta de infraestrutura sanitária no ano de 1998. Comunidades que possuem sistema de saneamento adequado apresentam melhores condições de vida e saúde, como o aumento da expectativa de vida, diminuição da ocorrência de doenças de veiculação hídrica e promoção de hábitos higiênicos.

         6:               

Identificar os principais problemas acerca do saneamento básico e propor alternativas viáveis para as formas de disposição dos resíduos sólidos, destinação do esgoto e manuseio correto dos recursos hídricos disponíveis, que sejam de fácil aplicabilidade, baixo custo de implantação, manutenção e operação, e que essas ações promovam melhoria na qualidade de vida da população rural.

  • Especificos: Implantar métodos alternativos de tratamento de esgoto que satisfaçam a necessidade da comunidade, evitando o despejo do mesmo nos corpos hídricos;

8: Area de estudo: A comunidade rural Lajinha, localizada na cidade de Teófilo Otoni , no KM 290 da BR 116, distante 12 KM do centro da cidade. O clima da área é tropical, a vegetação predominante é o cerrado e o relevo é parcialmente montanhoso. A região é subdividida em treze microáreas e possui aproximadamente 200 famílias. A comunidade é organizada por uma associação de moradores que tem como presidente a Sra. Maria Cristina ( NOME COMPLETO), responsável pela decisão de assuntos de interesse da comunidade. A principal atividade econômica local é o cultivo e comercialização de laranjas, flores e plantas ornamentais, além de artesanato em pedras semipreciosas e gemas brutas, abundantes na região.

12:

A primeira etapa foi composta por visitas de campo, nas quais ocorreram levantamento de informações com os moradores e representantes legais sobre a atual situação do saneamento básico na comunidade e reconhecimento das áreas críticas. Além dessas informações, foram coletados dados complementares oriundos de órgãos públicos como Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2014), Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS 2014) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2015).

           A partir do conhecimento dos principais problemas, deu-se início a fundamentação teórica, segunda etapa do trabalho, que proporcionou uma melhor compreensão do caso em estudo, e consequentemente as soluções cabíveis. Uma das principais vantagens da pesquisa bibliográfica “reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 1999, p. 65).

Agua: possível constatar que não há qualquer tipo de tratamento de água. Nesta área está presente um rio (.Nome do rio, confirmar com os moradore), mas este não é usado para captação de agua, pois seu volume é baixo e apresenta uma alta quantidade de contaminantes. A comunidade utiliza água retirada de poços artesianos para consumo doméstico, e para as atividades agrícolas são oriundas de poços artesianos, semiartesianos e cisternas. Em períodos de escassez de chuva e pela má distribuição da agua, a irrigação é realizada com a parcela líquida do esgoto. Segundo os moradores, não são realizados tratamentos alternativos nas residências, a água é consumida da mesma forma que é captada, bruta. Essa utilização indiscriminada provoca vários problemas à saúde dos moradores.

  • Pré-Filtro: Usualmente é instalado junto das captações, como um pré-tratamento para a filtração. Remove parte das impurezas presentes em agua bruta, principalmente

sólidos e carga bacteriológica.

  • Filtração Lenta: É uma tecnologia de tratamento caracterizada como eficiente barreira microbiológica, diminuindo a quantidade de sólidos suspensos e dissolvidos, bactérias, vírus entéricos e protozoários. Realizado em água bruta, utiliza um meio granular poroso, geralmente constituído de camadas de pedregulho, areia e antracito.

  • Cloração: realizada através da adição de produtos químicos a base de cloro, como Hipoclorito de Sódio e Hipoclorito de Cálcio, na agua em um recipiente adequado após ser realizada a captação nos poços artesianos. Consiste na inativação dos micro-organismos patogênicos e contêm o crescimento microbiológico nestes recipientes. Esse processo deve ser realizado por profissionais qualificados. Recomenda-se que este processo seja efetuado após a filtração lenta.
  • . Captação da agua da chuva: A água proveniente da chuva apresenta uma ótima qualidade, embora não seja potável, podendo ser reutilizada reduzindo o consumo de água potável na propriedade. Pode ser empregada em lavagens de instalações, descarga de vasos sanitários, irrigação das plantações e limpezas em geral. É uma forma ambientalmente correta e economicamente viável de aproveitar um recurso em escassez. São etapas do processo: a agua da chuva cai no telhado e percola pelas calhas; há uma tubulação que liga a calha ao recipiente que será usado para armazenamento; a água percolada segue para o recipiente.

Esgoto: Em relação ao esgoto a situação é mais alarmante. A população não tem acesso ao tratamento, os dejetos domésticos são despejados em fossas negras, que consistem em buracos cavados em cada propriedade que servem de depósito. Com o tempo, estes dejetos desaparecem e os usuários interpretam que o sistema é limpo e seguro. Na realidade o material não desaparece, ele infiltra e dissipa em regiões profundas, infectando o solo e lençóis freáticos impossibilitando a perfuração de poços próximos a esses locais. Segundo Maria Cristina, há alguns anos foi iniciada a implantação de uma estação de tratamento pela empresa Copanor, subsidiária da Copasa, mas esta foi interrompida sem motivo aparente. Uma pequena parcela dos moradores possui instalações sanitárias domiciliares, porém os dejetos são lançados no rio sem qualquer tratamento prévio. A ausência do tratamento desses efluentes lançados em corpos receptores causam danos ao meio ambiente. Em decorrência desses lançamentos o rio possui uma grande concentração de contaminantes tornando-o fétido, importunando assim os moradores que residem próximo ao curso d’agua. De acordo com esses moradores o odor torna-se mais acentuado durante a noite. Há algum tempo houve um acúmulo de esgoto nas manilhas, utilizadas para direcionar o fluxo para o rio, entupindo-as e causando transtornos aos moradores da comunidade. Para solucionar esse problema foi necessário rompe-las para evitar o refluxo de esgoto nas residências.

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