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Resumo Cap Iv E V Historia Do Pensamento Economico

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Por:   •  21/3/2015  •  3.495 Palavras (14 Páginas)  •  2.028 Visualizações

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Os Sombrios Pressentimentos do Pároco Malthus e David Ricardo

Após o falecimento de Adam Smith, a Inglaterra se encontrava em situação de extrema pobreza, e, ao contrário de seus vizinhos/inimigos naturais, estava convencida do declínio de sua população.

Contudo o primeiro recenseamento foi feito em 1801, e, antes disso, Gregory King, em 1696, fazia tais cômputos por registro de batismo e pagamento de dízimos, e especulava a duplicação da população em 2300.

Já Richard Price apontava um declínio da população em 30%. Isso ocorreu na época de Adam Smith, e resultou em propostas de auxílios aos pobres e incentivo ao aumento da população como políticas públicas.

William Godwin publicou em 1793 “Political Justice”, aonde pensava em um futuro melhor, otimista, de completa igualdade – chamado de comunismo anárquico.

Em contrapartida a tal otimismo emergiu Thomas Robert Malthus, quem em 1798 publicou “Ensaio sobre o Princípio da População e como Ele Afeta o Futuro Desenvolvimento da Sociedade”.

Ali desenhava um futuro, a respeito da população, sobre sua tendência de ultrapassar todos os meios possíveis de subsistência.

No mesmo escalpo, surge David Ricardo, prevendo o fim da teoria que todos se movimentam juntos numa escada rolante ascendente de progresso. A “escada” produzia diferentes efeitos a diferentes classes. Considerava que aqueles que mantinham a escada rolando não subiam por ela, e os que se beneficiavam nada faziam por merecer.

Adam Smith: a sociedade era uma grande família.

David Ricardo: a sociedade era apenas um campo internamente dividido.

A Inglaterra estava dividida em duas:

- Os Indústriais em ascensão, ocupados com suas fábricas, lutando por representação parlamentar e prestígio social.

- Os proprietários de terras, ricos aristocratas, com domínio do parlamento, contrários aos novos ricos da indústria.

Nessa época, devido ao crescimento populacional, a Inglaterra precisava importar comida, levando a uma alta nos lucros agrícolas (88 libras em 1790 para 160 em 1803).

Os proprietários de terra, aristocratas que dominavam o parlamento, aprovaram a Lei dos Cereais, que criou impostos para os grãos estrangeiros.

A soma desses impostos com a guerra contra Napoleão, que gerou colheitas ruins, provocou verdadeiros preços de fome.

Ao contrário dos proprietários de terra, os industriais queriam os grãos baratos, pois o preço da comida determinava o que eles deveriam pagar a seus funcionários.

Com a derrota de Napoleão os preços dos grãos de deslocaram para preços mais normais, e, ainda assim, tardou 30 anos para que a Lei dos Cereais fosse extinta.

Sob tais parâmetros histórico-sociais, Adam Smith considerava que havia bons motivos para acreditar que todos podiam partilhar os benefícios de uma providência benigna.

O corretor de valores, David Ricardo, e seu turno ponderava que não apenas havia um claro antagonismo na sociedade que batalhava entre si, como também parecia evidente que os industriais iriam perder o conflito, mesmo que, em sua opinião merecessem a vitória, e que os únicos a se beneficiarem com o progresso da sociedade eram os donos de terra.

Assim, se a sociedade não se afogasse no pântano de fome malthusiano, iria despedaçar-se na perversa escada rolante sectária de David Ricardo.

Malthus, era membro da classe média superior inglesa, educado em uma Universidade, com pai com mente filosófica, passou a vida entre pesquisas acadêmicas, foi o primeiro economista profissional, nunca foi abastado.

Ricardo, era filho de um judeu comerciante-banqueiro, começou a trabalhar com o pai quando tinha 14 anos, aos 22 já negociava por conta própria, aos 26 era financeiramente independente e aos 42 aposentou-se.

Tal exploração é interessante se considerarmos que Malthus, o acadêmico, fosse interessado nos fatos do mundo real, e, com seus modestos ganhos defendesse a riqueza dos proprietários de terras.

Enquanto Ricardo, o homem de negócios, fosse teórico, e como o homem rico e proprietário de terras, lutou conta o que seriam seus próprios interesses.

Malthus era um homem que defendia a varíola, a escravidão e o infaticídio – censurava a sopa dos pobres, os casamentos precoces e as concessões de paróquias (apesar dele mesmo ter casado após as críticas à família). Na verdade sua aparente insensibilidade estava eivada de embasamento lógico, posto que, acorde sua teoria o problema do mundo era que tinha pessoas demais.

Apesar de Malthus e Ricardo terem preponderantemente discordâncias, estavam de comum acordo acerca das teorias de Malthus sobre o excesso de população e sua pobreza.

Malthus entendia que “é a quantidade de alimentos que regula o número da espécie humana”. Para ele o ser humano duplicaria seu número em 25 anos, e a terra não se multiplicaria, teria seu progresso limitado, lento, e, deste modo, o número da população iria ultrapassar a capacidade de produção de alimentos necessário para mantê-la. Trate que “A fome parece ser o último, o mais horrível recurso da natureza”.

Ao questionar se as previsões pessimistas de Malthus tinham razão, há que se considerar que no tocante ao crescimento populacional foi confirmado com exatidão de suas expectativas, mas têm-se, de outra face, um cauteloso otimismo sobre a produção de alimentos devido aos avanços tecnológicos, e, portanto, a aritmética de Matlthus embasada sobre a oferta e a demanda, já não é olha como um prognóstico realista.

Mas a preocupação do crescimento populacional já traz a defesa de controle populacional, frente ao cálculo dos peritos que apontam a explosão populacional Iminente. Exs.: em 50 anos a Índia terá a população atual da China, Bangladesh triplicará sua população e o Quênia quintuplicará. De outra face na Europa ocorreu ZPG – “Zero Population Growth” – Crescimento Populacional Zero – descartados os imigrantes. É dizer, os ricos já vivem uma considerável redução no crescimento populacional, diferente dos países pobres.

Acaba restando o conceito que os ricos têm riquezas e os pobres têm filhos. Isso porque o Ocidente aplicou o controle de natalidade, denominado de neo-malthusianismo.

Por fim, a pior das previsões de Malthus não se tornou realidade para a Inglaterra, ocorrendo tão somente às regiões onde a riqueza e o progresso atrasaram.

David Ricardo – Principles

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