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Resumo Cap.2 O Segredo De Luisa

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Por:   •  7/7/2013  •  1.992 Palavras (8 Páginas)  •  15.042 Visualizações

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Capítulo 2

No mês de dezembro Luísa resolveu, mesmo estando em férias retornar a Belo Horizonte para dar andamento aos seus planos, ela procuraria um professor da universidade que ministrava cursos sobre empreendedorismo para se inteirar melhor sobre seus propósitos.

Antes disso Luísa passou na mercearia para as compras habituais, e se sentiu tentada em perguntar ao vendedor se ele tinha goiabada-cascão, ficou surpresa quando ele lhe informou que tinha. Chegando em casa resolveu fazer teste com Tina, sua irmã mais nova, deixou que comesse sem revelar que não era de fabricação de Fernanda, a menina deu a primeira mordida, e reclamou, acho que a Fernanda usou goiabada estragada, está ruim, Luísa se sentiu segura para abrir seus planos para a irmã. Na manhã seguinte procurou o professor Pedro, estava ansiosa para mostrar sua idéia, a conversa durou duas horas aproximadamente, mas ao contrário do que imaginou o professor conseguiu encher mais de perguntas do que fazer explanações claras sobre o que Luísa precisava saber. Mas o professor explicou o motivo de tantas perguntas sobre seu comportamento, sua facilidade em convencer as pessoas, sua perseverança, vontade e capacidade, ele explicou que para o empreendedor, ser é mais importante do que saber, o empreendedorismo é visto como algo relacionado com o processo de entendimento e construção da liberdade humana, Luísa nunca havia pensado dessa maneira, que a empresa é a projeção do ego. Após muitas perguntas, algumas até em um tom desafiador, o professor percebeu que Luísa não tinha o menor conhecimento do mercado, e afirmou que ela ainda não estava em condições de abrir empresa alguma, precisava de muita pesquisa e muito estudo, e aconselhou que a mesma fizesse um plano de negócios, considerando que hoje o mais importante não é ter o melhor produto, isso não basta, precisa conhecer o mercado a tecnologia que envolve a fabricação de qualquer produto, para se alcançar a tão procurada qualidade.

Segundo o professor para conseguir o que ele chama de necessário ao bom empreendedor, é preciso conhecimento profundo do negócio, dos clientes, dos fornecedores, da concorrência, das tendências e sinalizações sobre o futuro do produto, além da gerência e da administração financeira.

O professor Pedro colocou temas como a energia do empreendedor, ele é um trabalhador incansável, e na verdade o empreendedor aprende fazendo e com os erros que comete, isso é importante porque a criatividade só aflora em um ambiente de total liberdade, onde se pode errar, portanto a empresa é vista como um laboratório para o empreendedor. Luísa começou a pensar como conseguiria energia para gastar na empresa estando no último ano de faculdade, mas as descrições do professor sobre o empreendedorismo a deixavam cada vez mais entusiasmada com a idéia de criar sua própria empresa. Ganhou forças quando analisou as outras características do empreendedor, afinal confiança em si mesmo era o que ela tinha de sobra. Só não conseguia entender porque o governo ainda não havia criado uma política de apoio as novas empresas. Após analisar tudo o que o professor havia falado, a teimosia de Luísa não deixou que ela fosse embora sem fazer a pergunta que a levou até ali: “mas a fábrica de goiabada-cascão é uma grande idéia, não é professor?”, ele sorriu e disse que já esperava por esta pergunta, explicou que existe uma grande diferença entre uma idéia e uma oportunidade, atrás de uma oportunidade sempre existe uma idéia, mas somente um estudo de viabilidade, indicará o seu potencial de transformar-se em um bom negócio, além disso é necessário que a viabilidade mercadológica, financeira e todas as atividades envolvidas sejam compatíveis com as características pessoais do empreendedor, sua visão do mundo, seus valores e suas expectativas sobre o negócio, sobre quanto pretende ganhar, em quanto tempo, e principalmente qual o ritmo de vida que pretende para si. Luísa reunindo teimosia e ansiedade, insistiu com o professor, querendo saber se as goiabadas Maria Amália dariam certo, e ele respondeu que ninguém poderia lhe precisar com certeza pois só ela mesma poderia responder a esta pergunta. O professor continuou recomendando a Luísa que fizesse um plano de negócios, para conseguir a resposta, pois o plano de negócios visa diminuir os riscos de uma empresa e afirmou que enquanto ela estiver na dúvida sobre o que as outras pessoas pensam do seu projeto, não deveria iniciar o seu negócio, Luísa ficou paralisada, apesar de entender tudo o que o professor lhe expôs, sentia-se desamparada, sentiu uma esperança quando o professor lhe falou que o empreendedor é alguém muito criativo, que consegue ver coisas onde os outros nada veem, as oportunidades. Mas logo se sentiu só novamente quando o professor lhe perguntou qual era o diferencial de seu produto. Queria saber qual era a característica única do produto que Luísa pretendia lançar no mercado, e a resposta de Luísa foi imediata; a goiabada-cascão de Ponte Nova é a melhor do mundo! O professor concordou, mas retomou perguntas sobre como ela pretendia efetuar sua produção, quanto ao investimento, e a maneira de promoção de seu produto, e Luísa começou a sentir que quanto ao produto havia voltado á estaca zero. Não encontrava respostas para o professor e nem para si mesma. Continuou pensando na conversa que tivera com o professor Pedro, e lembrou que ele lhe aconselhara a procurar um empresário que pudesse lhe prestar assessoria no novo negócio, Luísa pensou em sua madrinha para lhe ajudar a fazer o plano de negócios, que poderia não garantir o sucesso do negócio, mas evitaria que muitas decisões fossem tomadas erradas por falta de análise.

Duas semanas após conversar com o professor Pedro, Luísa ainda não havia encontrado coragem para contar para Fernanda que seu sonho estava criando asas, mesmo assim continuou lendo tudo o que encontrava sobre o assunto, realizou visitas ao Sebrae, mas lhe faltava o entusiasmo inicial. Uma idéia lhe estourou na mente, e de repente imaginou a criação de uma goiabada-cascão na versão diet para atletas, crianças e pessoas que vivem saudáveis, pensou nas modificações que poderia realizar na goiabada, inclusive com embalagens pequenas que coubessem em lancheiras de crianças, isso seria o diferencial de seu produto, a visão de seu produto apareceu num estalar de dedos.

Seis meses depois de ouvir os conselhos do Professor Pedro, e ler diversos artigos e livros sobre seu negócio, Luísa estava fazendo contato com nutricionistas, esteticistas e profissionais do esporte e academias de ginástica, visitou fabricantes de embalagens para ficar a par de todos os custos que poderia despender, e finalmente procurou o departamento de química da

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