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Resumo Estilo

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Por:   •  19/4/2013  •  373 Palavras (2 Páginas)  •  1.035 Visualizações

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RESUMO

MARTINS, Nilce Sant’anna. A conceituação de estilística. In: MARTINS, Nilce Sant’anna. Introdução à estilística. 3ª ed. São Paulo. T. T. Queiroz Editor, 2000.

Stênio Gardel Maia

A Estilística é a disciplina de estudo da linguagem que se ocupa do estilo. Definição breve que faz transparecer uma falsa simplicidade se considerarmos a complexa delimitação e conceituação de estilo. Inúmeras definições e classificações estão presentes nos manuais de linguística e nas obras de grandes pensadores da linguagem. O estilo pode ser uma escolha de expressão, um desvio da norma linguística, o resultado de relações entre entidades linguísticas ou mesmo o próprio pensamento, como afirma Rémy de Gourmont, ou o próprio homem, na visão de Buffon. Para o linguista e estilicista brasileiro, Mattoso Câmara, “estilo é a linguagem que transcende o plano intelectivo para carrear a emoção e a vontade”. Cada uma das definições está relacionada a um método e um corpus diferente - para alguns teóricos, essa ciência deve estudar o estilo na obra literária, enquanto outros o consideram nos diversos usos da língua - dificultando ainda mais a compreensão do escopo da Estilística.

Essa multiplicidade de entendimentos sobre a Estilística é encontrada até mesmo na sua origem, marcada, nas primeiras décadas do século XX, pelos estudos de Charles Bally (1865-1947), defensor de uma Estilística da língua, e de Leo Spitzer (1887-1960), doutrinador da Estilística literária.

Para a Estilística da língua de Bally, o objetivo da Estilística deve ser a descrição dos mecanismos expressivos do sistema linguístico em seus variados usos. Nos ensaios reunidos em Le langage et la avie e Traité de stylistique française, o discípulo de Ferdinand de Saussure distingue duas faces da linguagem - a intelectiva ou lógica e a afetiva - e examina como aquela se converte nesta, ou seja, como o conteúdo linguístico é atualizado em conteúdo estilístico na matéria viva da fala. Alguns continuadores de Bally, como J. Marouzeau e M. Cressor, mudam o foco de estudo da Estilística da língua, deslocando-o do sistema para o individual e do uso comum para o literário, que acaba se tornando o principal domínio da Estilística. No âmbito da língua portuguesa, entre as obras ligadas a essa corrente, destacam-se Estilística da língua portuguesa, de Manuel Rodrigues Lapa e Contribuição à estilística do português, de Mattoso Câmara.

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