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Risco Ergonomico

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Por:   •  31/8/2014  •  1.110 Palavras (5 Páginas)  •  373 Visualizações

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RISCOS OCUPACIONAIS DO TRABALHO EM ENFERMAGEM: UMA ANÁLISE CONTEXTUAL

Cleonice Andréa Alves Cavalcante * Bertha Cruz Enders ** Rejane Maria Paiva de Menezes * Soraya Maria de Medeiros **

RESUMO Partindo da realidade prática, observamos no cotidiano do trabalho dos profissionais de Enfermagem certo desconhecimento em relação ao processo de trabalho e sua correlação com o processo saúde/doença, muitas vezes ocasionado pelo despreparo desses profissionais em reconhecer o trabalho como um possível agente causal nos agravos à saúde, somado à falta de informações sobre os riscos ocupacionais aos quais estão susceptíveis. Nosso propósito, neste artigo, é analisar os aspectos contextuais do fenômeno riscos ocupacionais do trabalho em Enfermagem para melhor compreendermos a inter-relação entre trabalho, o processo saúde/doença do trabalhador e os fatores que o determinam. Para tanto, utilizamos, como método, a Revisão Integrativa da Literatura Científica e como referencial os aportes teóricos de Hinds, Chaves e Cypress (1992) que caracterizam o contexto em quatro camadas interativas – contexto imediato, contexto específico, contexto geral e metacontexto – que se distinguem entre si e que vão desde o significado totalmente individualizado até o significado universal. Este estudo nos permitiu conhecer e refletir acerca da realidade dos riscos ocupacionais aos que estão expostos os profissionais de saúde, especialmente os trabalhadores de Enfermagem, contribuindo para que essa discussão seja ampliada e seja refletida em ações verdadeiramente voltadas para a busca de condições dignas de trabalho para essa categoria, visando a uma melhor qualidade de vida dos seus profissionais. Palavras-chave: Riscos ocupacionais. Processo saúde-doença. Trabalho. Enfermagem.

* Enfermeiras. Mestrandas em enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Professoras da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). E-mail Cleonice A.A.Cavalcante: cleoandrea@bol.com.br ** Enfermeiras. Professoras Doutoras da Pós-graduação do Departamento de Enfermagem da UFRN.

INTRODUÇÃO

O trabalho tem um papel fundamental na inserção dos indivíduos no mundo, contribuindo para a formação de sua identidade – a construção da subjetividade − e permitindo que os mesmos participem da vida social, sendo elemento essencial para a saúde. Entretanto, na forma como esse trabalho está organizado e é executado por um grande contingente de profissionais, na sociedade atual, são maximizados seus efeitos negativos,

entre eles o adoecimento e a morte (MENDES; DIAS, 1999). Sendo assim, o homem moderno encontra dificuldade em dar sentido à vida senão pelo trabalho. Esse moderno ambiente laboral, contudo, representa um risco para a saúde, ou seja, suas condições passam a ser fundamentais na relação entre saúde e trabalho. É importante destacarmos que o processo de reestruturação produtiva tem modificado substancialmente o perfil de trabalho e dos

Riscos ocupacionais do trabalho em enfermagem 89

Ciência, Cuidado e Saúde Maringá, v. 5, n. 1, p. 88-97, jan./abr. 2006

trabalhadores, os determinantes de saúde/ doença e, conseqüentemente, o quadro de morbidade/mortalidade relacionado ao trabalho, à organização, às práticas de saúde e à segurança no trabalho. Para a saúde do trabalhador, a explicação do adoecer e morrer extrapola os fatores presentes em seu ambiente de trabalho e incorpora o significado cultural, político e econômico que a sociedade lhe atribui, o que determina também o seu caráter de subjetividade (MENDES; DIAS, 1999). Em nossa sociedade, o processo de trabalho está de tal modo fragmentado, burocratizado e mecânico, imbuído de normas e rotinas, com exigências, às vezes ultrapassadas ou exageradas, que inúmeras vezes impedem o homem de transformar-se durante a sua realização (MARTINS, 1999). Partindo da realidade prática, observamos no cotidiano dos profissionais de Enfermagem certo desconhecimento em relação ao processo de trabalho e sua relação com a saúde/doença, ocasionado muitas vezes pelo despreparo desses profissionais em reconhecer o trabalho como um possível agente causal nos agravos à saúde, aliado à falta de informações sobre os riscos ocupacionais aos quais estão

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