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Roberto Marinho

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Por:   •  12/5/2014  •  4.485 Palavras (18 Páginas)  •  320 Visualizações

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Roberto Pisani Marinho (Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 1904 — Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2003) foi um jornalista e empresário brasileiro. Proprietário das Organizações Globo de 1925 a 2003, foi um dos homens mais poderosos e influentes do país no século XX.1 2 Seu empreendedorismo levou à constituição de um dos maiores império de comunicação do planeta e o fez figurar diversas vezes entre os homens mais ricos do mundo.nota 1 Com sua família atrelada ao jornalismo, herdou ainda jovem o jornal O Globo, fundado pelo pai Irineu Marinho, em 1925.5 Começou a formar o conglomerado de veículos de comunicação, mais tarde chamado de Organizações Globo, com a inauguração da Rádio Globo em 1944, e a primeira concessão pública de TV no Rio de Janeiro, a TV Globo, em 1957.5

Conservador na política, liberal na economia, Marinho fazia com que seus veículos de comunicação sempre tomassem posição política alinhada com seu pensamento e harmonizada com seus interesses.6 Aproximou-se inicialmente do regime de Getúlio Vargas durante o Estado Novo, inaugurando um convívio com todos os presidentes da República pelo anos seguintes que o transformaria no grande interlocutor dos principais políticos brasileiros do século XX.1 Nos anos seguintes, passou a apoiar a UDN, opondo-se aos governos de Vargas e Juscelino Kubitschek, e com a renúncia de Jânio Quadros, presidente que teve o apoio irrestrito de Marinho, fez oposição ferrenha contra João Goulart e apoiou o Golpe Militar de 1964.5 1 Com seu apoio a ditadura militar brasileira, Roberto Marinho pôde expandir ainda mais seu conglomerado durante o regime autoritário com a inauguração da TV Globo em 1965nota 2 , que se tornou o principal canal de televisão do Brasil e uma das maiores do mundo.7 , e a ampliação do Sistema Globo de Rádio nos anos seguintes.5 1 Embora tenha ignorado inicialmente o movimento popular de Diretas-Já, apoiou mais tarde Tancredo Neves e José Sarney na Nova República.5 Na eleição presidencial de 1989, Marinho apoiou Fernando Collor de Mello.

Fã de esportes, praticou automobilismo, hipismo e caça submarina ao longo da vida. Também ligado às artes, foi um grande colecionador de obras, tendo patrocinado algumas exposições com seu grande acervo.8 Publicou seu único livro, "Uma Trajetória Liberal", em 1992, e em 1993, candidatou-se e foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. O magnata dedicou-se ainda a Fundação Roberto Marinho, organização de apoio a iniciativas educacionais criada por ele em 1977.

Índice [esconder]

1 Vida pessoal

2 Carreira jornalística e empresarial

2.1 Início

2.2 A expansão das Organizações Globo nas ondas do rádio

2.3 Fundação da Rede Globo e a hegemonia televisiva

2.4 Redemocratização e consolidação do poder de Marinho

3 Notas

4 Referências

5 Ver também

6 Ligações externas

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Filho do jornalista Irineu Marinho Coelho de Barros e Francisca Pisani Barros, Roberto Pisani Marinho nasceu no dia 3 de dezembro de 1904, no bairro carioca de São Cristóvão5 , e teve cinco irmãos: Heloísa, Ricardo, Hilda, Helena (falecida com 1 ano de idade) e Rogério.9 Fez seus estudos primários em escolas públicas, depois estudou na Escola Profissional Sousa Aguiar e nos Colégios Anglo-Brasileiro, Paula Freitas e Aldridge, onde concluiu o ensino secundário em 1922.2 8 Ainda muito jovem, participou do movimento tenentista, mais especificamente da primeira revolta, a dos 18 do Forte de Copacabana, ocorrida em 1922, porém foi um dos primeiros a sair do local.[carece de fontes] Católico, se posicionava contra a teologia da libertação o que rendeu a ele intensos debates com seu colega Dom Helder Câmara[carece de fontes].

Em 1933 disputou sua primeira prova automobilística com o carro Voisin, na corrida do Quilômetro Lançado, na estrada de Petrópolis. No final da década de 1930, começou a participar de provas hípicas, iniciou sua coleção de obras de arte e comprou a casa do Cosme Velho, onde viveu até o fim da vida.8

Conquistou sua primeira vitória hípica montando o cavalo Arisco, no Clube Hípico Fluminense em 1940 e, no ano seguinte, venceu a prova Páreo de Amadores, no Hipódromo da Gávea, com o cavalo uruguaio Plumazo. Conheceu Cândido Portinari em 1942, de quem se tornou amigo, e comprou do artista os quadros "Floresta" e "Circo". Em 1945, obteve o recorde brasileiro de salto com o cavalo Joá, na prova Clóvis Camargo, no Quitandinha, em Petrópolis.8

Casou-se com Stella Goulart Marinho em 1946. No ano seguinte, nasceu Roberto Irineu Marinho, primeiro dos quatro filhos do casal, seguido por Paulo Roberto Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, respectivamente nascidos em 1950, 1952 e 1955. Foi nomeado em delegado do Brasil na comissão dedicada aos direitos humanos da VII Assembleia Geral da ONU, em 1952. Começou a praticar caça submarina em 1956, mergulhando regularmente até os 80 anos.8

Em 1970 perdeu o filho Paulo Roberto em um acidente de carro na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro e se separou de Stella. Em 1974, sofreu acidente hípico e fraturou três costelas, mas quatro meses depois, venceu a prova General Lindolpho Ferraz, na Sociedade Hípica Brasileira, com o cavalo Tupã.8 Em 1977, criou a Fundação Roberto Marinho, organização que apoia iniciativas educacionais, e passou a se dedicar formulação dos programas educativos Telecurso 1o Grau e Telecurso 2o Grau. Em 1979 casou-se com Ruth de Albuquerque Marinho.1

Em 1980 conquistou a prova Cinco Tríplices-General Mário Vital Guadalupe Montezuma, no Centro Hípico de Exército, com o cavalo Laborioso.8 Em 1983 recebeu o prêmio Emmy de Personalidade Mundial da Televisão, nos Estados Unidos.1 Em 1985 organizou a exposição Seis Décadas de Arte Moderna na coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, levada depois a Buenos Aires em 1987 e a Lisboa em 1989. Separou-se de Ruth de Albuquerque Marinho no final daquela década.8

Seu último casamento, o terceiro, foi com Lily de Carvalho Marinho, em 1991. No ano seguinte, lançou em parceira com Francisco Pinto Balsemão a Sociedade Independente de Comunicação e publicou seu único livro: Uma trajetória liberal, 1992.10 Candidatou-se a ocupar a cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras em 1993,

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