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Rotinas Administrativas

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Por:   •  13/9/2014  •  1.154 Palavras (5 Páginas)  •  314 Visualizações

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O presente trabalho, inspirado pelo desejo de contribuir com o contexto vinculado a Ciência Contábil, tem como intenção:

1. evidenciar a importância dos procedimentos operacionais da Contabilidade enquanto recurso expositivo das mutações patrimoniais.

2. destacar a necessidade de uma clara compreensão de seu processo, quer perante agentes vinculados ao meio contábil — que por vezes enfocam apenas a técnica, o “jeito de fazer” — quer perante os usuários não-contadores, que merecem um tratamento especial;

3. disponibilizar uma síntese conceitual aos usuários da Contabilidade para colaborar com a composição e/ou ampliação de uma/sua visão estrutural e analítica em relação ao processo e informes contábeis para, assim, otimizar a leitura e interpretação dos relatórios que lhe são postos a disposição e que alavancarão decisões e ações.

4. tecer considerações de ordem geral e que possam estimular outros estudos, discussões e análise crítica do processo contábil, em suas especificidades.

INTRODUÇÃO

Ao iniciarmos qualquer projeto ou empreendimento temos por obrigação deixar claro quais os seus objetivos, o que busca atingir e os meios para chegar até os resultados desejados.

A contabilidade busca, além de identificar e mensurar , transformar os dados em informações, mediante procedimentos próprios, origem de todo o processo contábil, que após compilados são apresentados ao usuários por intermédio de relatórios.

Portanto, um dos objetivos principais da contabilidade, é buscar a partir de fatos econômicos, dados que nos dêem suporte para a escrituração, os quais são processados mediante técnica própria e transformados em informações para os usuários, visando atender seus interesses.

Não bastam os relatórios e suas mensagens ou comunicados. É necessário conhecer o processo metodológico de sua geração.

A temática desenvolvida tem como foco uma estrutura que procura evidenciar três linhas norteadoras: num primeiro momento são tratados alguns aspectos históricos e firmados alguns conceitos; seguindo-se a fase de tratamento do processo propriamente dito e suas interfaces com o mundo dos usuários como instrumento informativo.

O PROCESSO CONTÁBIL E SEUS VÍNCULOS COM A HISTÓRIA

Ao se estudar, hoje, o Processo Contábil não se pode prescindir de grandes fatos que lhe vinculam à história.

Em meados do século XIX, na localidade de Aurignac (Garona – França), foi encontrada uma urna funerária da idade da pedra. Nesta urna foi achada uma lâmina de chifre de rena, com duas faces lisas, contendo anotações em duas séries de linhas transversais e eqüidistantes, em cujos bordos estão marcados com cortes profundos, deduzindo-se que tais linhas eram sinais de numeração e contabilidade. Este é o testemunho mais antigo que se tem sobre documentos históricos.

Da civilização egípcia, o testemunho nos é dado através de hieróglifos existentes nas pirâmides “A CONTA” – enquanto o rebanho desfila perante seu proprietário, um escriba enumera e registra as cabeças de gado.

Na Caldéia, região entre os rios Tigres e Eufrates, foram encontradas pedras em que se esculpiram contas, inventários e verificações de bens provenientes de saques ou tributos de guerra.

Guardado nos arquivos do Vaticano, um livro datado de 1279, escrito em língua latina, registra a contabilidade do Pontificado de Urbano III. Nesse livro eram registrados os controles da riqueza: creditar o Pontífice (Donno Papa) pelas entradas de dinheiro e debitar pelas saídas, com as respectivas expressões – dé avere e dé dare.

Muitos outros fatos poderíamos continuar narrando, visto que nossa fonte básica é rica em relatos, entretanto, somente em meados do século XV é que encontramos o TRACTATUS de COMPUTIS et SCRIPTURIS, escrito por Fra Luca Paciolo e publicado em 1494, como parte da obra a Summa de Arithmética, Geometria, Proportione et Proportionalita. Esta obra está dividida em duas partes principais: a Aritmética e a Geometria; cada parte é subdividida em duas distinctiones e estas em Tractatus na Aritmética e Capitula na Geometria.

Dois fatores concorreram para que Fra Luca Paciolo escrevesse essa obra: o de ser Frade da “Ordem dos Mínimos de São Francisco” e matemático.

A Igreja em decorrência do poder temporal que exercia havia acumulado um grande patrimônio e a necessidade de registrar os fatos de cada entidade levaram os frades a aprender contabilidade para registrar a produção de gêneros e criações dos conventos.

Valendo-se dos conhecimentos de matemática, Paciolo expõe uma metodologia sobre as Partidas-Dobradas, o uso do Memoriale (Borrador), do Giornale (Diário) e do Quaderno (Razão), não apresentando postulações que embasassem a teoria do sistema, porém dava os primeiros passos nesse sentido.

Vicenzo Gitti, em estudos realizados, transcreveu o Tractatus

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