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SERVIÇO SOCIAL EM RELAÇÃO Á MORTE

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Por:   •  18/9/2014  •  3.459 Palavras (14 Páginas)  •  211 Visualizações

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... podemos afirmar que a partir do Código de Ética, o profissional tem a possibilidade de desenvolver um trabalho, mediante o reconhecimento do seu caráter investigativo e de sua capacitação crítico-analítico, que possibilite a construção de seus objetos de ação, conforme as particularidades socioinstitucionais e comprometidas com as proposições ético-políticas do projeto profissional. (SILVA, 2004, p. 122).... podemos afirmar que a partir do Código de Ética, o profissional tem a possibilidade de desenvolver um trabalho, mediante o reconhecimento do seu caráter investigativo e de sua capacitação crítico-analítico, que possibilite a construção de seus objetos de ação, conforme as particularidades socioinstitucionais e comprometidas com as proposições ético-políticas do projeto profissional. (SILVA, 2004, p. 122).prolongamento da vida ou, simplesmente, por alguns dias sem ter que enfrentar a dor física.

A depressão, característica do quarto estágio, acontece quando a negação, raiva e a barganha cedem lugar a um sentimento grande de perda. Nessa fase, tudo perde a razão de ser: a família, o trabalho e os amigos não são mais encarados como importantes, pois o paciente sente que está prestes a perder tudo e todos que ama.

O último estágio, definido como sendo o da aceitação, é aquele no qual o paciente, já tendo passado por todos os outros estágios, para de lutar, de ter raiva, de barganhar. Fisicamente ele sente-se mais debilitado, mostrando desejo de ficar sozinho e de dormir por mais tempo. Apesar disso, emocionalmente, ele se sente melhor. Pacientes terminais que atravessam períodos mais longos de negação são os que apresentam mais dificuldade para chegar ao estágio de aceitação. Os pacientes que passam mais facilmente por todos os estágios são aqueles encorajados a extravasar a raiva, chorar ou falar de seus sentimentos.

Ao tratar dos diferentes estágios vivenciados pelo paciente terminal, Kü-bler-Ross (1981) também desenvolve algumas considerações sobre o papel da família no processo da morte. Um dos argumentos é de que, em geral, a família não sabe como lidar com a morte. Neste sentido, a autora ressalta que, ao receber a notícia da provável morte de um ente querido, a reação manifesta pela família tanto pode contribuir para que o mesmo se revolte ou aceite sua condição. Quanto a isso, ela coloca que:

Se não levarmos em conta a família do paciente terminal, não poderemos ajudá-lo com eficácia, os familiares desempenham um papel preponderante, e suas reações muito contribuem para a própria reação do paciente. (Kübler-Ross, 1981, p. 163)

Nesse contexto, cabe à equipe de profissionais que atua junto a pacientes terminais contribuir para que as famílias e os pacientes compartilhem seus senti-mentos uns com os outros e fortaleçam os laços que existem entre eles. Em geral, há uma tendência de afastamento, pois, de um lado, o paciente não quer incomodar a família e, de outro, a família não quer acompanhar o paciente para que ele não sinta que seu fim está próximo. Tal situação gera ansiedade, dúvidas e normalmente faz com que a família se sinta muitas vezes culpada por não poder fazer algo para salvar o outro.

Nos anos de 1990 surgem formas alternativas para amparar não só o paciente como também sua família. Uma delas, talvez a que mais tem crescido ao longo dos anos em todo o mundo, é a que envolve cuidados paliativos, ou seja, a denominada medicina paliativa. Esta nova abordagem do paciente terminal e de sua família nasceu da necessidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes para os quais a cura não é mais possível. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1990, cuidado paliativo podia ser definido da seguinte forma:

O cuidado ativo total de pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. Controle da dor e de outros sintomas e problemas de ordem psicológica, social e espiritual são prioritários. O objetivo dos cuidados paliativos é proporcionar a melhor qualidade de vida para os pacientes e seus familiares

Alguns anos após, mais precisamente em 2002, a OMS reviu e ampliou tal conceito, enfatizando não somente a questão da qualidade de vida, mas também a questão da prevenção do sofrimento. Nessa nova versão, cuidado paliativo passou a ser definido como

uma abordagem que aprimora a qualidade de vida, dos pacientes e famílias que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meios de identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual.

Os cuidados paliativos não prolongam a vida, nem tampouco aceleram a morte. Na verdade, eles são implementados para atender, de forma mais humanizada possível, ao paciente e à sua família. Os profissionais que adotam essa postura procuram estar presentes nas diferentes fases do processo de doença e dando não somente suporte físico, mas também assistência emocional, social e espiritual durante a fase terminal e de agonia do paciente. Além disso, esses profissionais também procuram auxiliar a família e os amigos a lidar com a questão. Nesse cenário emerge a questão: quais as possibilidades de atuação do assistente social junto aos pacientes terminais e seus familiares?

O assistente social na saúde e sua atuação junto ao paciente terminal

No Brasil, a busca pela ampliação e garantia dos direitos relativos aos serviços e ações de saúde é um movimento contínuo e que vem se fortalecendo desde a Constituição Federal e a implantação do Sistema Único de Saúde, em 1988. A partir dessa época, uma série de exigências vem se colocando aos setores da comunidade científica e profissional que se dedicam às questões relacionadas com a saúde. Uma delas diz respeito à forma de abordar as questões relativas à saúde, a qual deve levar em conta não somente aspectos físicos dos indivíduos, mas também fatores socioeconômicos, culturais e ambientais que influenciam e determinam as condições de vida e saúde dos mesmos. Saúde não significa apenas a ausência de doença. Nogueira e Mioto (2006), citando Cecílio, afirmam que os fatores que determinam a saúde podem ser divididos em quatro conjuntos, a seguir explicados:

O primeiro são as boas condições de vida, entendendo-se que o modo como se vive se traduz em diferentes necessidades. O segundo diz respeito ao acesso às grandes tecnologias que melhoram ou prolongam a vida. É importante destacar que, nesse caso, o valor do uso de cada tecnologia é determinado pela necessidade de cada pessoa, em cada momento. O terceiro bloco refere-se à criação de vínculos efetivos

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