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SPECTOS CULTURAIS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS DO AMAZÔNIA

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Por:   •  19/4/2014  •  Artigo  •  831 Palavras (4 Páginas)  •  196 Visualizações

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ASPECTOS CULTURAIS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS DO AMAZÔNIA

O desenvolvimento da Amazônia é uma questão multidisciplinar que requer mudança de postura de todos os elos da cadeia social, se é que pretendemos a sua inclusão na agenda nacional. Qualquer que seja a postura, entretanto, deverá ter em conta que a Amazônia se espalha por quase 55% do território nacional, uma área maior que a Europa; abriga cerca de 10% da população brasileira, isto é, cerca de 20 milhões de brasileiros, metade dos quais com acesso irregular ou sem acesso a energia elétrica; possui baixo nível de infra-estrutura para atender os diferentes requisitos sociais; gera perto de 8% do PIB brasileiro; detém uma diversidade sócio-cultural sem paralelo no país e sofre uma enorme demanda por alternativas para seu desenvolvimento que sejam compatíveis com a preservação ambiental. Além disso, a Amazônia não é só brasileira; a região se estende por outros países que, evidentemente, têm posturas diferenciadas em relação às várias questões que a afligem. Este rosário de características não tem sido considerado nas equações propostas para a Amazônia. Pelo contrário, posturas atabalhoadas, políticas equivocadas ou mesmo a ausência de ações têm cada vez mais limitado o uso do potencial que a região detém. Definitivamente, o futuro do mundo depende das regiões tropicais e, sem dúvida, o futuro promissor do Brasil passa pela Amazônia.

A consciência acerca desses aspectos cresce e serve de alerta para a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e para os governantes de cada país membro. As preocupações principais referem-se neste momento a quatro eixos temáticos: conservação e uso sustentável dos recursos naturais, gestão do conhecimento e transferência tecnológica, integração e competitividade regional e, ainda, fortalecimento institucional. Ocorre que, independentemente do eixo em tela, falta profissionais de alto nível, competitivos, aptos para produzir as informações requeridas e treinar pessoal capaz de arcar com as atividades e que possam se envolver eficientemente com os referidos temas.

Na Amazônia brasileira há pouco mais de mil doutores, boa parte deles envolvida com a administração de suas instituições. O tamanho desse grupo de profissionais é infinitamente reduzido diante da dimensão do que é necessário para a inclusão da região e sua gente na agenda nacional e internacional. Na realidade falta gente até para ajudar a decodificar o que vem sendo produzido sobre a região nos vários campos do saber. Apenas nos primeiros quatro meses desse ano de 2004, por exemplo, são listados no ISI-Web of Science cerca de 600 artigos científicos envolvendo a Amazônia, dos quais menos de 20% têm pelo menos um autor vivendo no Brasil. Os demais artigos foram produzidos integralmente por autores vivendo em outros países e a probabilidade de que boa parte deles não foi lida por pesquisadores brasileiros é alta.

Mas onde estão os oito mil doutores formados no Brasil a cada ano, oito vezes mais do que existe em todas as Instituições de ensino e pesquisa da Amazônia? Vinte por cento deles, pelo menos, encontra-se subempregada na região sudeste. Falta uma política clara para fixação desse contingente de profissionais no país e, em particular, um programa para a fixação de recursos humanos qualificados

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