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TEORIA DO SERVIÇO SOCIAL

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Por:   •  29/4/2014  •  1.356 Palavras (6 Páginas)  •  369 Visualizações

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TEORIA DO SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social surgiu em 1930 como forma de caridade e filantropia praticadas pela Igreja Católica. Por volta de 1950 o Brasil começa a se desenvolver devido à industrialização e as cidades começam a crescer devido à migração dos moradores da zona rural em busca de melhores condições de vida nas cidades urbanizadas, devido essas contradições, começaram a ocorrer às lutas reivindicativas onde a classe trabalhadora passa a solicitar do governo melhores condições de trabalho e é nesse momento, quando o Estado precisa se colocar diante dos problemas que se apresentam na sociedade, através de um papel pacificador que o Serviço Social se institucionaliza, buscando atuar e se posicionar a “questão social” que é apresentada diante de todos, onde a Classe dominante, a Igreja e o Estado precisam tomar uma decisão e a partir de 1960 começa o Movimento de Reconceituação, que foi um processo complexo e cheio de conflitos.

O Serviço Social se apresenta envolvido com os interesses da classe dominante, mas também está sujeito a classe subalterna, inferior, sendo o mediador entre ambas as classes. A profissão propõe uma ação educativa e preventiva dos problemas sociais através de sua ação junto às famílias trabalhadoras e o Serviço Social passa a orientar a individualização da proteção legal fazendo com que a religião perca a sua influência sobre as variadas esferas da vida social, ampliando o suporte técnico-científico da profissão, devida o desenvolvimento das escolas e faculdades de Serviço Social, sob a influência das Ciências Sociais no marco do pensamento conservador.

Com a ruptura, que não causou a transformação esperada, houve uma separação entre o materialismo histórico e lógico dos métodos profissionais e dialéticos e o Serviço Social Tradicional se moderniza aos moldes da herança do conservadorismo tendo sempre como objetivo a união social no qual suas experiências e conhecimentos estão sempre à disposição dos indivíduos, grupos e comunidades em uma sociedade onde o objetivo principal é modelar o comportamento humano, dando-se a entender que os padrões e/ou modelos da profissão foram reforçados e atualizados.

No período entre 1950 e 1960, o Assistente Social é preparado para ser a principal ponte no quesito de colocar em prática os programas sociais, assumindo um papel muito importante no avanço do novo modelo desenvolvimentista assumido pelo país e com a implantação das duas pioneiras escolas de Serviço Social no país, sob a influência fundamental da Igreja Católica, de acordo com SILVA (1995) são definidos os três eixos para a formação profissional do Assistente Social, que são:

1- Formação científica, no qual era necessário o conhecimento das disciplinas como Sociologia, Psicologia, Biologia, Filosofia, favorecendo ao educando uma visão holística do homem, ajudando-o a criar o hábito da objetividade;

2- Formação técnica, cujo objetivo era preparar o educando quanto sua ação no combate aos males sociais; e a

3- Formação moral e doutrinária, fazendo com que os princípios inerentes à profissão sejam absorvidos pelos alunos.

No período da Ditadura Militar, foram realizados dois seminários de Teorização do Serviço Social, o documento de Araxá (MG) e o documento de Teresópolis (RJ).

No documento de Araxá, elaborado em 1967, o Comitê Brasileiro de Conferencia Internacional de Serviço Social (CBCISS) define a ação profissional do Serviço Social como um instrumento de desenvolvimento humano.

No documento de Teresópolis, de 1970, o Serviço Social deve buscar atenuar situações de carência e adequar-se às formas de mudança e de crescimento estabelecidas pelos grupos hegemônicos.

Os documentos tratam dos encontros regionais de Araxá (1967) e Teresópolis (1970), que foram momentos marcantes no histórico do Serviço Social, pois possibilitaram revisão de conceitos, práticas e reflexões sobre o regime situacional e político enfrentado pelo profissional de assistente social.

No documento de Araxá foi apresentada o Serviço Social como um “tipo-ideal”, isto é, como deve ser o Serviço Social; trata-se, portanto, de um “modelo conceitual”.

O documento de Araxá não contestava o serviço social da época, pois parecia ser válida, porque ocasionou estudos e reflexões dos assistentes sociais em âmbito local e regional, representando um roteiro para posteriores aprofundamentos. Embora surgissem opiniões contrarias nos encontros regionais, pois era inseguro nas formulações teóricas. Neste documento havia o objetivo de estudar a possibilidade de “teorização do Serviço Social”.

Para o documento de Araxá a ideia não era, portanto, procurar um novo Serviço Social, nem mesmo uma reconceituação do atual, mas partir do que se conhecia, do que já tinha sido experimentado, identificar os conhecimentos que o embasavam, transformar o saber empírico para esclarecer o significado e encontrar uma base segura e científica no que já existia: uma teoria específica do Serviço Social ou a teoria sobre a qual se alicerçava.

Até aqui o documento de Araxá não tinha o interesse de profundas transformações sobre o que já se praticava na rotina do assistente social, mas tão somente aprimorando a atividade; atribuindo sentido a uma situação perturbadora, interpretar, criticar; aceitar as práticas e técnicas aplicadas; e olhar objetivamente a prática profissional para corrigir suas distorções.

O relatório dos encontros regionais reconheceu que

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