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TURISMO GLBT

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Por:   •  29/10/2013  •  1.130 Palavras (5 Páginas)  •  253 Visualizações

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Antes de iniciar este estudo é importante esclarecer que orientação sexual não é opção sexual, mas sim parte da personalidade do indivíduo. O segmento GLBT agrega os gays, pessoas do sexo masculino que tem atração sexual por homens, as lésbicas, pessoas do sexo feminino que tem atração sexual por mulheres, bissexuais, pessoas que sentem atração sexual por ambos os sexos e transgêneros, pessoas que apresentam diferentes graus de transição entre os dois gêneros, como travestis, transformistas, transexuais e crossdressers. Portanto no decorrer do trabalho será usado o termo homoerotismo e homoerótico em substituição a homossexualidade e homossexual.

Alguns autores acreditam que o turismo GLBT surgiu com a retomada do Movimento Homoerótico, na década de 80. A década de 90 representou um importante momento para as comunidades gays, principalmente do Brasil. A maior conscientização da população em relação aos direitos das minorias, superando, em parte, velhos preconceitos, e uma tomada de posição dos membros dos diversos grupos homoeróticos, assumindo sua condição, foi fundamental para impulsionar o crescimento da atividade.

O público GLBT sentia uma necessidade latente de freqüentar ambientes em que não fosse agredido, de estar em locais nos quais sua orientação sexual não fosse questionada e principalmente, onde a simples presença já fosse indício de sua escolha, tornando os contatos mais francos e livres de agressões.

No entanto, Ansarah (1999), apresenta outra versão para este fato. Ela acredita que o turismo GLBT, surgiu da oportunidade inexplorada do mercado das agências de turismo tradicional. Ao perceberem que vários de seus amigos tinham necessidade de encontrar alternativas aos equipamentos turísticos direcionados aos heterossexuais, Kevin Mossier e Jack Sroka, profissionais norte-americanos de turismo, fundaram em 1992 a Minneapolis, primeira agência de turismo voltada exclusivamente ao turista GLBT.

O turismo GLBT é um segmento do mercado turístico voltado para atender ao público homoerótico. Segundo a EMBRATUR, estima-se que 10% da população brasileira seja homoerótica, o que resulta em aproximadamente 18 milhões de pessoas. Há tempos que vários países movimentam e incrementam sua economia com esse segmento. De acordo com a IGLTA (International Gay & Lesbian Travel Association), somente nos EUA o turismo GLBT movimenta cerca de US$ 54 bilhões, e lá existem inúmeros hotéis e resorts voltados para esse público. Nunan (2003) salienta que no Brasil o mercado para atender esse segmento do turismo ainda é tímido porque os empreendedores continuam temendo a perda dos clientes heterossexuais devido ao preconceito que estes podem apresentar.

Beni (2003) acredita que muitos desses grupos caracterizados como minorias, que no passado se mantinham isolados do resto da sociedade devido aos preconceitos sofridos, hoje encontram maior liberdade para participar do mercado de turismo, viagens, lazer e entretenimento. Muito embora seja importante salientar que o segmento de mercado GLBT vem conquistando seus direitos e garantindo maior respeito do cliente heterossexual, mas ainda encontra-se longe de se tornar um exemplo de conquista de respeito e cidadania. Ainda hoje, as agências de turismo que operam com o público GLBT correm o risco de espantar clientes mais conservadores já que algumas pessoas ainda são guiadas por preconceitos.

O turismo oferece inúmeras oportunidades para os empreendedores, e estes necessitam marcar presença entre os consumidores homoeróticos através de constantes ações de marketing. O turismo GLBT é uma grande oportunidade de mercado, no entanto é importante que o empresário se mantenha atualizado sobre seu público alvo e seu objetivo, para evitar erros e fracassos no futuro.

Quebrar paradigmas requer ousadia, inovação e conhecimento. O turismo GLS é, portanto, uma grande fonte de conhecimento, pois nos possibilita rever conceitos morais, sociais, etc., tendo como base de estudo, diversos pontos de vista (ANSARAH, 1999, p. 185).

Percebe-se então a necessidade de inovação e adequação às mudanças sócio-culturais decorrentes da evolução e transformação da população mundial, e mudanças requerem coragem e ousadia. Como exemplo de mudança considerável da população mundial, Oliveira (2002, p. 31), destaca que, nas últimas duas décadas do Século XX, as famílias apresentaram uma mudança em relação aos filhos. Muitos casais heterossexuais passaram a não desejar mais filhos, naturais ou adotivos. Considerando

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