Teatro

Repórter 1: Luz em resistência no plano de alucinação. Três mesas, três mulheres escandalosamente pintadas, com vestidos berrantes, decotes. Duas delas dançam ao som de uma vitrola invisível. Alaíde, uma jovem senhora, vestida com sobriedade e bom gosto aparecem no centro da cena. Vestido cinzento e uma bolsa vermelha.

Cena 1

Repórter 2:Uma senhora foi atropelada na glória e a assistência já levou, atravessou na frente do bonde mais ou menos no relógio; o chofer fugiu e a moça era tão bonita e bem vestida.

Repórter 1: De repente chega uma moça discreta ,bonita e super assustada na cena ,é Alaíde que chega perto de um homem que fica indignado com sua afeição,perguntado-lhe:

Homem: É nova aqui?

Alaíde (Modificando a atitude inteiramente...): Não, não sou nova. Não tinha me visto ainda?

Homem (sério): Não!

Alaíde (cortante): Bufão!Eu devia esbofeteá-lo!

Homem: Você é louca?

Alaíde (Numa transição inesperada): ...mas não quero (passa de violência para doçura): Estou sorrindo viu? Aquilo não foi nada (sorri docemente).

Repórter 2: Em um gesto nada esperado pelo homem, Alaíde passa de um estado de louca para um estado de doçura, e o homem ficou sem entender nada naquela misteriosa cena.

Cena 2

Repórter 1: Entra o plano da alucinação, em um local desconhecido Alaíde tem outro ataque de loucura e não sabe onde está.

Alaíde: Deus! Não sei o que é que eu tenho. É uma coisa, não sei. Por que é que eu estou aqui?

Madame Clessi: É a mim que você pergunta?

Alaíde