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Tempos Modernos

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Por:   •  12/1/2014  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  573 Visualizações

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TEMPOS MODERNOS

Tempos Moderno é um filme do cineasta britânico Charles Chaplin, lançado em 1936, em que o protagonista, interpretado por Chaplin tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. O filme trata das relações de trabalho no sistema Fordista, cuja principal característica é a fabricação em massa e o objetivo é reduzir ao máximo os custos de produção e assim, baratear os produtos. Sob meu ponto de vista, o personagem de Chaplin representa o operário alienado por conta das árduas horas de trabalho apertando parafusos e puxando alavancas, sem saber ao certo o que estava produzindo, pois é impedido de participar das outras diversas etapas da linha de montagem. Além de ser monitorado em tempo real pelo presidente da empresa até mesmo dentro do banheiro. Em sua crítica bem humorada, Chaplin mostra que o homem está tão atrelado e dependente da máquina que chega a ser engolido por ela. Após intermináveis turnos de trabalho, os funcionários estão condicionados ao modo de operação do sistema e ficam quase “robotizados”, como se seus movimentos estivessem sendo controlados involuntariamente pelo cérebro, dado o número de repetições. O ápice da comédia é a apresentação da máquina auto alimentadora que seria usada para as refeições dos funcionários e que reduziria o horário de almoço, aumentado a produtividade, se a engenhoca não fosse um desastre total. Fica evidente nesse episódio a desumanização do funcionário, que era tratado como máquina de um único propósito: enriquecer ainda mais a burguesia capitalista. Acredito que a monotonia frenética do trabalho levou o personagem à loucura, o que resultou em sua internação em um sanatório, de onde, depois de um longo período, sai curado de seu colapso nervoso. Simultaneamente, uma jovem, órfã de mãe, com duas irmãs pequenas e o pai desempregado, tem que realizar pequenos furtos para sobreviver. Após a morte do pai em uma manifestação, dois agentes do governo vão buscá-las para adoção, mas a jovem foge. Carlitos se envolve numa confusão onde é confundido com um líder grevista e acaba sendo preso. Depois de uma breve estadia na prisão e sem arrumar emprego, o personagem tenta assumir a culpa por um roubo que não cometeu, no lugar da pequena órfã. Essa passagem sintetiza o desespero do personagem que perdeu as regalias de um prisioneiro e teve que voltar a sua dura realidade. O que é uma constante no filme: a fuga da realidade. No entanto, uma senhora viu o que acontecera e estraga seus planos. A solução é tentar um novo emprego, mas ele não se adapta a nenhum serviço, seja de vigia noturno de uma loja de departamentos ou de garçom em um bar. Usando sua expressão corporal e arte circense, Charles Chaplin demonstra fielmente a situação de segregação social pela qual passou, e passa até os dias de hoje, a classe operária. Afinal, ainda vivemos dias em que trabalhadores braçais são facilmente substituídos por máquinas que desempenham suas funções muito mais rápidas e com um custo infinitamente menor para o empregador, pois máquinas não necessitam de descanso nem cobra direitos trabalhistas. A cena inicial mostra um rebanho de ovelhas em disparada, ao mesmo tempo em que inúmeros operários adentram os portões de uma fábrica. Artifício que, a meu ver, simboliza a luta pela sobrevivência, quase beirando o instinto animal. Genialmente encaminhado, o filme culmina com a partida do operário e sua amiga em busca de novos horizontes, alheios a conturbada situação em que se encontram e sem grandes pretensões, querendo apenas viver. O filme tem muitas relações com os princípios da administração cientifica desenvolvida por Taylor como a divisão do trabalho e especialização do operário. Estes princípios são evidenciados nas cenas em que aparece um rapaz trabalhando sem camisa e podemos notar sua grande capacidade física, diferentemente na linha de produção vemos funcionários menores haja vista a não necessidade de empregar tanta força, mas sim agilidade no desempenho das funções. No tocante a divisão do trabalho muito abordada por Taylor, ou seja, a quebra de um processo complexo em diversas etapas porém mais simples, no filme isso é mostrado também na linha de produção onde um funcionário aperta parafusos enquanto outro bate neste mesmo parafuso.

Neste filme vemos funcionários passivos e obedientes ausente de decisões, estas características também fazem parte do Taylorismo, no filme isto é identificado com o teste da máquina de alimentação, o funcionário não foi consultado se aceitaria

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