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Teoria do Risco Beck

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Por:   •  6/11/2014  •  Resenha  •  398 Palavras (2 Páginas)  •  419 Visualizações

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Teoria de Beck sobre o risco

A teoria de Ulrick Beck propõe uma outra leitura do risco: considera que o risco tradicional foi rompido e que o risco atual não tem mais uma dimensão ditada por suas consequências.

Diferentemente de alguns autores que falam de uma “pós-modernidade”, ele acredita que ainda vivemos uma modernidade, mas um modernidade reflexiva, em que Beck se preocupa em entender e descrever as características dessa realidade. A autora do artigo ressalta que Beck teve como grande preocupação a conceituação do risco, a apresentação da sociedade contemporânea como uma Sociedade do Risco Global, bem como entender como os problemas ambientais se inserem nessa nova dinâmica.

A autora ressalta, ainda, o cenário composto por duas modernidades:

a) A primeira baseia-se na categoria dos Estados-Nação, cujas relações sociais, redes e comunidades entendem-se em um sentido territorial;

b) A segunda, chamada de modernidade reflexiva, verificável desde a década de 70 extrapola o sentido da anterior e requer que a sociedade responda simultaneamente a cinco desafios: a globalização, a individualização, a revolução de gêneros, os subempregados e os riscos globais (como a crise ecológica e o colapso dos mercados financeiros). A autora do artigo analisa a sociedade do risco global e a modernidade reflexiva.

Para Beck, ainda que ao longo da primeira modernidade os problemas de degradação ambiental tenham se multiplicado, seus efeitos se limitavam a determinadas regiões e tais problemas podiam ser compreendidos de forma isolada, permitindo-se ser avaliados e ressarcidos.

Na segunda modernidade, o desenvolvimento científico passa a ser percebido como a principal causa da exposição da humanidade a riscos e formas inéditas de contaminação. Agrava o problema a percepção de que os riscos gerados hoje não se limitam à população atual, uma vez que as gerações futuras também serão afetadas.

Segundo Beck, a multiplicação das ameaças de natureza socioambiental faz com que a clássica sociedade industrial (caracterizada pelos conflitos em relação a produção e distribuição de riqueza) seja aos poucos substituída pela nova Sociedade do Risco (baseada no conflito em torno da produção e distribuição de riscos).

Uma vez que vivemos em uma Sociedade do Risco, para analisar e compreender o significado desse processo de mudança social, Beck defende que seria mais apropriado utilizar como categoria analítica o conceito de “modernidade reflexiva”, não na ideia de reflexão, mas de autoconfrontação com as consequências da Sociedade do Risco que não puderam ser resolvidas de forma adequada no sistema da sociedade industrial.

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