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Teoria Política - Urich Beck

Por:   •  11/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  730 Palavras (3 Páginas)  •  141 Visualizações

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     No Capitulo 2, Urich Beck faz uma analogia entre a sociedade moderna, que seria esta que estamos vivendo com os riscos ocasionados pela mesma. No inicio do capitulo ele mostra que sua tese vai se aprofundar no campo do técnico-químico-biológico-médico e fazer uma relação com o campo social, fazendo alguns questionamentos como: qual o efeito da industrialização na nossa sociedade? Os danos ambientais são levados em consideração pelo ramo cientifico, quando são desenvolvidos novos projetos de pesquisa? A população está realmente ciente dos riscos que permeiam entre eles? E como a modernização está intrínseca em todos estes questionamentos

     Ele aborda sobre os aspectos sociais e politicos para explicar a pauperização de classes, o autor esclarece que essa pauperização seria provindo que toda uma conjuntura de fatores sociais, políticos e econômicos, onde a sistematização do consumo deliberado teria contribuído para o mesmo, as pessoas recorrem ao sistematicamente produzido, e mesmo tendo uma breve consciência dos riscos elas não se permitem a conhece-los e estuda-los, Urich afirma que existe uma certa negação em relação aos risco, em seguida ele dá o exemplo da Alemanha, onde não vai existir uma pauperização de materiais e sim o seu oposto: As pessoas não estão tão empobrecidas: ao invés disto, vivem frequentemente na afluência, numa sociedade de consumos de massa e abundancia (o que pode de todo modo ser acompanhado lado a lado por um  aprofundamento das desigualdades sociais), são no mais das vezes bem formadas e informadas, mas tem medo, sentem-se ameaçadas e mobilizam-se para não permitir, para deliberadamente impedir que chegue a ocorre a única verificação possível de suas visões de um futuro realístico-pessimistas. (pag. 63)  

     Uma produção exacerbada de materiais acaba formando um "desequilíbrio" social e ambiental, tendo interferência direta com as condições de existência do indivíduo. Um dos parâmetros utilizados para fazer essa relação em questão é a conexão entre a cientificização e comercialização dos riscos, onde haveria esse impulsionamento desses perigos. Onde as industrias cientificas não levariam em conta o campo ambiental, colocando em evidencias apenas as bases e métodos para as suas pesquisas, assim corroborando pra um maior desequilíbrio, expondo a população a toxinas, gases poluentes, o que ocorre é que as industrias produzem os riscos, e ao mesmo tempo produzem “soluções” contra os mesmos, mas de uma forma imediatista,  não definitiva, de uma forma ou outra o sistema industrial acaba lucrando com as ameaças civilizacionais produzidas. Em seguida, o livro vai estar focado na credibilidade dada as ciências naturais, que é vista como impecável, inexistente de erros, e vai expor a sua critica em relação a isso, afirmando que existe uma cegueira em relação aos riscos produzidos: no esforço pelo aumento da produtividade, sempre foram e são deixados de lado os riscos implicados. A primeira prioridade da curiosidade cientifico-tecnológica remete a utilidade produtiva, e só então, num segundo passo, e as vezes nem isto, é que se consideram também as ameaças implicadas. (pag. 73)

Esses riscos produzidos podem gerar impactos intensos a gerações futuras e atuais, podendo produzir doenças ou baixa qualidade de vida para as civilizações, porém para os cientistas esse “descobrimento” do risco pode até ser louvável. O termo limite de tolerância vai ser utilizado sobre a percepção de que vai existir uma certa legitimação em relação a esse conhecimento dos riscos, até onde essas pesquisas em prol de uma causa seriam admissíveis? Urich alega que os limites de tolerância podem até evitam o pior, mas eles nem por isso deixam de ser um “álibi” para envenenar um pouquinho a natureza e o ser humano. A partir disso o “pouquinho” citado pelo autor pode ter tornar natural, então ocorreria uma normalização dos riscos, pois onde há uma legitimação também há uma permissão para que ocorra. Sendo que é evidente que vai ocorrer uma diferença entre a teoria e a práxis, experimentos são feitos em animais, porém esses testes não são compatíveis a reações que podem ter em seres humanos, os seres humanos são seus próprios testes, e enquanto os riscos não forem cientificamente reconhecidos, eles não existem. A partir disso acabam sendo criadas ameaças invisíveis. Por fim, é estabelecida novamente a relação entre natureza e sociedade, em que uma está intrínseca a outra e elas não deveriam ser postas individualmente, e quaisquer decisões tomadas sobre  uma vai ter efeito e reação sobre a outra.

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