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Teorias Umberto Eco

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Por:   •  30/3/2014  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  1.770 Visualizações

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Características da teoria

Umberto Eco criou diversas teorias sobre os fenômenos da comunicação da cultura em massa. Juntamente com Roland Barthes e Michael Foucault, segue uma corrente que valoriza o texto para o entendimento das mensagens e do conteúdo transmitido através de códigos, regras e signos lingüísticos específicos carregados de simbolismos.

Umberto Eco procura entender em suas obras o processo de criação dos símbolos e de suas regras de combinação. Assim, o escritor também leva em consideração o tempo e o espaço para entender a comunicação. Isso faz com que a evolução da tecnologia esteja diretamente relacionada com a evolução da comunicação.

Dentro do contexto da comunicação, um bom exemplo é a publicação de Obra Aberta (1962), em que afirma que a música moderna, a poesia e a literatura despertam nos ouvintes e leitores a vontade de participar do processo de criação e interpretação.

Uma dessas teorias é a semiótica. Semiótica é o estudo de signos e processos de sinais (semiose), a indicação, semelhança, analogia, simbolismo e significação. A semiótica possui uma ligação com a área da linguística, que por sua vez estuda a estrutura e o significado da linguagem mais especificamente. Porem, diferente da linguística a semiótica estuda também os sistemas de signos não linguísticos.

A semiótica é frequentemente vista como tendo dimensões antropológicas importantes, por exemplo, Umberto Eco propõe que todo fenômeno cultural pode ser estudado como uma comunicação. Porém alguns estudiosos da área focam nas dimensões lógicas da ciência. Em geral, as teorias da semiótica tem signos ou sistemas de sinais como objeto de estudo: a comunicação de informações nos organismos vivos.

Em Apocalípticos e Integrados, de 1967, Eco realiza uma crítica a duas grandes teorias da comunicação. Uma delas, defendida pelos funcionalistas norte-americanos (denominados “integrados”), prega que o “bom” é sempre o que está em alta: a música do momento, o programa com maior audiência e visibilidade. Ou seja, a produção de material pré-condicionado pelos produtores da cultura de massa.

A outra vertente, a dos “apocalípticos”, mais radical quanto à produção em cultura é da Escola de Frankfurt. Para eles, a indústria cultural manipula os indivíduos, induzindo à compra de produtos e gostos por certas músicas, produtos e programas. Os apocalípticos consideram o sucesso popular como um indício de baixa qualidade.

O autor critica os mass media pela apresentação da cultura como uma forma homogênea,utilizando fórmulas com resultados esperados, evitando a originalidade, entregando o produto e a emoção já prontos, considerando o receptor passivo, sem ter como escolher e aceitando aquilo que lhe é imposto.

Em defesa dos meios de comunicação, Eco argumenta que a cultura de massa não é um privilégio do sistema capitalista, mas pode nascer em qualquer sociedade do tipo industrial.,O processo de divulgação dentro da massa, é o responsável pelo processo de industrialização da arte, em uma sociedade sem acesso aos bens de cultura.

Até certo ponto, as acima afirmações são válidas. Contudo, o problema são as mudanças controladas por grupos econômicos que visam apenas ao lucro e não a divulgação de uma cultura verdadeira e de boa qualidade.

Outro tema abordado pelo autor é o “mau gosto”, sobre como a sociedade sabe o que é “bom”, mas não consegue defini-lo racionalmente. Umberto Eco utiliza o termo kitsch para falar sobre isso. A palavra, de origem alemã define algo inferior, um produto cultural com apelo exclusivamente emocional. Para o autor algo “é Kitsch não só porque estimula efeitos sentimentais, mas porque tende a sugerir a ideia de que, com esses efeitos, o leitor esteja aperfeiçoando uma experiência estética privilegiada”

Com todos esses destaques, é possível perceber aspectos positivos e negativos da indústria cultural. Ela difunde bens culturais antes inacessíveis à grande massa, tornando-os mais próximos da população ao difundi-los. Porém, ao mesmo tempo que pode nos cegar e diminuir nossa percepção de cultura, uma espécie de um efeito narcotizante que nos torna passivos a situação pode ocorrer.

Eco afirma que todo o conhecimento que a internet pode nos oferecer faz mal, porém, afirma que é perigosa para o leitor ignorante e útil para o sábio, mas ainda assim, diz que deve-se filtrar as informações. Ainda sobre internet, Umberto Eco diz ser colaborador do Wikipédia e incentiva as pessoas a conhecerem e buscarem informação no site. Tal a veracidade da informação que em um dos seus artigos no site do jornal italiano La Republica, o teórico afirma em tom de brincadeira: "Casei com a Wikipédia?"

Mesmo com um relacionamento que vai do receio ao amor pela internet, o teórico se mostra temeroso com as redes sociais afirmando não ter um microblog no Twitter ou mesmo uma pagina no Facebook. Ainda falando de tecnologias recentes e comunicação,

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