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Tonus de tecido muscular liso vascular

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Por:   •  23/11/2014  •  Tese  •  4.102 Palavras (17 Páginas)  •  481 Visualizações

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‘’O tônus do músculo liso vascular é regulado por receptores adrenérgicos. Por conseguinte, as catecolaminas são importantes no controle da resistência vascular periférica e da capacitância venosa. Os receptores α aumentam a resistência arterial, enquanto os receptores 2 promovem o relaxamento do músculo liso. Existem diferenças importantes nos tipos de receptores encontrados nos vários leitos vasculares. Os vasos cutâneos apresentam receptores predominantemente  e sofrem contração na presença de adrenalina e noradrenalina, o mesmo ocorrendo com os vasos esplâncnicos. Os vasos no músculo esquelético podem contrair-se ou dilatar-se, dependendo de serem ativados os receptores  ou  ” (KATZUNG, 2007).

“Os efeitos diretos sobre o coração são determinados, em grande parte, pelos receptores 1, embora estejam também envolvidos os receptores 2 e, em menor grau, os receptores . A ativação dos receptores  resulta em aumento do influxo de cálcio nas células cardíacas. Isso possui conseqüências tanto elétricas quanto mecânicas. Ocorre aumento na atividade marca-passo tanto normal (nó sinoatrial) quanto anormal (por exemplo, fibras de Purkinje) (efeito cronotrópico positivo). A velocidade de condução no nó atrioventricular aumenta e, verifica-se uma diminuição do período refratário. A contratilidade intrínseca apresenta-se aumenta (efeito inotrópico positivo), enquanto o relaxamento é acelerado. Em conseqüência, a resposta de contração do músculo cardíaco isolado tem a sua tensão aumentada, porém a sua duração abreviada. Na presença de uma atividade reflexa normal, os efeitos diretos sobre a freqüência cardíaca podem ser dominados por uma resposta reflexa a alterações da pressão arterial” (KATZUNG, 2007).

O uso de noradrenalina provocou taquicardia, vasoconstriçao dos vasos e aumento da pressão arterial (TABELA 01 e GRÁFICO 01). Segundo BRUNTON (2006), a noradrenalina é o principal mediador químico liberado pelos nervos adrenérgicos pós-ganglionares, difere da epinefrina apenas a ausência da substituição metil no grupo amino. É um potente agonista dos receptores α , enquanto exerce relativamente pouca ação sobre os receptores β ; todavia, é um pouco menos potente que epinefrina sobre os receptores α da maioria dos órgãos. No coração a noradrenalina ativa os receptores 1 (principal receptor adrenérgico expresso nesse órgão), provocando inicialmente o aumento da freqüência e da força de contração cardíaca, conforme explicado anteriormente. Nos vasos cutâneos e esplâncnicos ocorre vasoconstrição, porque os receptores adrenérgicos por eles expressos são do tipo  e a noradrenalina ativa tais receptores promovendo a contração muscular desses vasos. Nos vasos musculares a noradrenalina tem o mesmo efeito (vasoconstrição), pois apesar de a expressão de receptores 2 , essa substância tem fraca atuação sobre receptoresnesses vasos ser maior que a de receptores 2. A pressão arterial aumenta por conta do aumento da resistência periférica total devido à vasoconstrição vascular.

Em seguida, como resultado do aumento da pressão arterial, há ativação dos barorreceptores com bradicardia reflexa (TABELA 01). “Reflexos vagais compensatórios tendem a sobrepujar os efeitos cronotrópicos positivos diretos da noradrenalina; os efeitos inotrópicos positivos sobre o coração, todavia, são mantidos” (KATZUNG, 2007). Assim, o debito cardíaco não é alterado significativamente, e como os vasos viscerais e musculares continuam contraídos pela noradrenalina, a pressão arterial continua a subir. Depois de algum tempo os parâmetros analisados retornaram aos valores basais (TABELA 01), pois a droga é degradada pela MAO e pela COMT.

A adrenalina (potente estimulador dos receptores α e β-adrenérgicos) provocou aumento da pressão arterial, vasoconstrição visceral e vasodilatação muscular (TABELA 02). Segundo Katzung (2007), a adrenalina é um vasoconstritor e estimulante cardíaco muito potente. A elevação da pressão arterial sistólica, que ocorre após a liberação ou administração da adrenalina, é causada por suas ações inotrópica e cronotrópica positivas sobre o coração (predominantemente pelos receptores 1) e pela vasoconstrição induzida em muitos leitos vasculares (receptores ). O aumento do débito cardíaco causado pelo efeito inotrópico positivo e pela taquicardia contribui especialmente para a elevação da pressão sistólica. A pressão diastólica cai porque diminui a resistência periférica (efeito vasodilatador 2). Dessa forma, a pressão arterial média registrada não aumenta significativamente, não havendo ativação dos barorreceptores e consequente bradicardia reflexa (GRÁFICO 02) como ocorre com o uso de noradrenalina.

Num segundo momento o diâmetro dos vasos viscerais voltou ao normal contribuindo, junto com a dilatação pronunciada dos vasos musculares, para a queda da pressão arterial (TABELA 02). “A administração de pequenas doses de adrenalina pode determinar a queda da pressão arterial. O efeito depressor de pequenas doses e a resposta bifásica a doses mais elevadas são decorrentes da maior sensibilidade dos receptores β2 vasodilatadores à adrenalina do que dos receptores α constritores” (BRUNTON, 2006). Isso ocorre porque nos vasos sanguíneos da musculatura esquelética, a concentração limiar para a ativação dos receptores β2 pela adrenalina é menor que a dos receptores α; todavia quando ambos os tipos de receptores são ativados com altas concentrações de adrenalina, predomina a resposta aos receptores α. Num terceiro momento, os efeitos cessaram e os parâmetros voltaram ao normal (TABELA 02) devido à metabolização pela MAO e COMT.

De acordo com Brunton (2006), a efedrina é um agonista tanto α quanto β-adrenérgicos. Além disso, aumenta a liberação de norepinefrina dos neurônios simpáticos. A efedrina não contém catecol e mostra-se eficaz na administração oral, estimula a frequência e o débito cardíaco e aumenta de modo variável a resistência periférica, consequentemente elevando a pressão arterial e sendo um potente estimulante do SNC. Após administração oral, os efeitos do fármaco podem persistir por várias horas.

Na administração de efedrina observou que como não é uma catecolamina, tem pequena ação estimulante nos receptores α (vasos viscerais) e pequena ação α e β2 (vasos musculares), não é metabolizada pela COMT e nem pela MAO e não é capturada pelos tecidos. No coração o receptor β1 é pouco ativado ocorrendo uma pequena e duradoura hipertensão. Após a remoção da

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