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Trabalho

Por:   •  18/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  127 Visualizações

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A prisão é uma pena bastante severa, pois um dos bens mais importantes do ser humano é a sua liberdade, o seu direito de ir e vir. Ela é uma solução que a sociedade não pode abrir mão, pois impõe medo aos criminosos e contraventores. Uma das funções principais das prisões é a transformação do individuo e a sua re-socialização. Para tal objetivo, é importante que os presos participem de exercícios úteis, pratiquem bons hábitos, tenham uma ocupação, pois assim eles vão ocupar suas mentes com outras coisas. Por exemplo, se os presos desenvolverem uma atividade, um trabalho, eles poderiam desenvolver habilidades desconhecidas por eles próprios e assim ao sair dessa prisão poderem se reintegrar a sociedade.

Na França no século XVII os detentos exerciam trabalho remunerado, entretanto o governo começou a usar esse trabalho dos detentos como forma de baixar o salário de trabalhadores de certas áreas. O que foi gerando um descontentamento por parte da população da época. O salário seria como uma forma para que ele adquira amor e habito ao trabalho. “O trabalho penal deve ser concebido como sendo por si mesmo uma maquinaria que transforma o prisioneiro violento, agitado, irrefletido em uma peça que desempenha seu papel com perfeita regularidade.” – pág. 216 Capítulo 1(Instituições completas e austeras) Livro Vigiar e Punir.

No capitulo podemos perceber que o autor apresenta formas para que a pena seja imposta da melhor forma possível, no sentido da re-socialização do condenado. Podemos ver esse ponto na apresentação de prisões como a Cherry Hill e a de Alburn. Prisões que presavam o “silêncio” e o isolamento do detento.

As prisões são uma forma de pena que está vinculada ao delinqüente (“manifestação singular de um fenômeno global de criminalidade, se distribui em classes quase naturais, dotadas cada uma de suas características definidas e a cada uma cabendo um tratamento especifico”). “A técnica penitenciaria se exerce não sobre a relação de autoria, mas sobre a afinidade do criminoso com o seu crime.” pág. 224 Capítulo 1(Instituições completas e austeras) Livro Vigiar e Punir.

Podemos concluir assim que as prisões são necessárias na sociedade e que estão ligadas indiscutivelmente com o delinqüente. Essa tentativa de reintegração do sujeito na sociedade não ocorre muitas vezes por culpa da própria sociedade que é uma sociedade preconceituosa e que não acredita na re-socialização do sujeito.

É possível também ser feita uma série de analogias com o sistema prisional brasileiro. Os presídios brasileiros hoje funcionam como uma “universidade do crime”, não sendo utilizadas com o seu propósito inicial. As instalações, o modelo e a condição de vida que levam os encarcerados na sociedade contemporânea brasileira é completamente desumano. Isso incentiva a continuidade de um sentimento de desprezo e raiva por uma sociedade que não da oportunidades a maioria de seus cidadãos, e muito menos é um ambiente propicio para a reflexão dos seus atos, ocorrendo exatamente o contrario. É necessária uma reforma estrutural e ideológica completa, semelhante à proposta por Michel Foucault.

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