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Trabalho Almicar De Castro

Artigo: Trabalho Almicar De Castro. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/11/2014  •  1.684 Palavras (7 Páginas)  •  242 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende focalizar questões do ensino de Arte Visuais.

A vida e as obras do artista Almicar Castro, o papel do professor/artista nas artes visuais.

Destaca-se a importância da experiência da docência para a transmissão do conhecimento aos docentes e a própria sabedoria adquirida e conceituada ao logo do tempo de faculdade, e na realização de suas obras numa forma tridimensional e única, no âmbito das artes.

Na medida em que o nosso olhar se detém na nossa época, o ensino de arte não poderia seguir normas rígidas como em épocas anteriores, nas quais havia inúmeras regras e etapas pré-estabelecidas. Afinal, arte exige trabalho, dúvidas, pensamentos, em síntese, trata-se de uma construção de linguagem visual.

Num mundo repleto de imagens, de mudanças rápidas, as noções da finitude do tempo implicam um universo onde o precário, o passageiro, o efêmero participam da construção artística e tanto o aluno como o professor e os cursos ,têm que estar atentos a essas transformações.

“A percepção e o pensamento precisam um do outro. Completam mutuamente as suas funções.” (Rudolf Arnheim).

Aprender a entender e a gostar de arte, não só ajuda o educando mas também ao educador , pois ambas as partes vão possuir senso crítico ao visualizar tais bens culturais. Por meio da arte , ampliamos os nossos conhecimentos e nossa maneira de ver o mundo que nos rodeia, somos seres humanos mais sensíveis e aptos a conviver com diversas situações cotidianas e a passar por elas de maneira sábia e humanista.

“A educação que não se apoia na vida e nos problemas mais vitais e imediatas de sua época,não é educação é apenas sufocação e sabotagem.” (Ezra Pound).

Na realidade, o fazer e o pensar caminham juntos e é impossível separá-los. A nossa educação, fragmenta as áreas, como se o fazer pudesse existir sem um pensamento, e vice-versa.

Um dos desafios de um artista é conciliar a sua ideia, o seu projeto inicial, com a escolha dos materiais adequados, enfrentando novos desafios e estando aberto e atento às coisas, ao mundo em geral.

Estabelecer em sala de aula diálogos, reflexões, olhares críticos é fundamental. O exercício da crítica e da autocrítica impulsiona para frente, assim como o contato com a História da Arte abre perguntas e dúvidas: qual o caminho a seguir, no meio de tantas opções?O que eu quero expressar na arte?

Estas e outras perguntas Almicar Castro respondeu ao executar suas obras, ele expressa o simples,o direto, na qual sua matéria prima é o ferro, um material diferente de ser trabalho levando em consideração suas propriedades químicas e físicas, mas, que ao mesmo tempo é único e extraordinário.

Almicar Castro cita:“gosto do prazer em ser construtivo , organizado,gosto de fazer esculturas que não deixem restos, que não apresentem nenhum pedaço sem solução .”

2 DESENVOLVIMENTO

Desde a época em que habitava as cavernas, o homem vem manipulando cores e formas com a intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros.

Para nos apropriarmos de uma linguagem, entendermos, interpretarmos e darmos sentido a ela é preciso que aprendamos a utilizar seus códigos. Do mesmo modo que existe na escola um espaço destinado à alfabetização na linguagem das palavras, a linguagem da arte também possui seus próprios códigos, e o professor através de um trabalho formativo e informativo tem a possibilidade de contribuir, através do conhecimento desses, no fazer e pensar a disciplina. Possibilitando assim, que à arte seja atribuída a devida importância no contexto escolar, principalmente porque é importante fora dela.

Amilcar Augusto Pereira de Castro, nasceu em Minas Gerais, ele foi escultor, professor,diagramador ,gravador, desenhista e cenógrafo. Almicar foi um dos fundadores do Grupo Neoconcreto e em suas obras, apresentadas nos anos entre 1959 a 1961, pode-se notar o trabalho do artista, principalmente em sua esculturas, de se manter a matéria sem fragmentos.

Ele parte de um plano geométrico, Almicar corta e dobra chapas de ferro criando um objeto tridimensional que dialoga com o meio físico (espaço).

Estudou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, de 1941 a 1945. A partir de 1944, frequenta curso livre de desenho e pintura com Guignard (1896 - 1962), na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, e estuda escultura figurativa com Franz Weissmann (1911-2005).

O artista assume alguns cargos públicos mas logo abandona , como também deixa sua carreira de advocacia para se dedicar a arte.

Realizou sua primeira escultura construtiva, exposta na Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Participa de exposições do grupo concretista, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1956, e assina o Manifesto Neoconcreto em 1959. No ano seguinte, participa em Zurique da Mostra Internacional de Arte Concreta, organizada por Max Bill. Em 1968, vai para os Estados Unidos, conjugando bolsa de estudo da Guggenheim Memorial Foundation com o prêmio de viagem ao exterior obtido na edição de 1967 do Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM). De volta ao Brasil, em 1971, fixa residência em Belo Horizonte. Torna-se professor de composição e escultura da Escola Guignard, na qual trabalha até 1977, inclusive como diretor. Leciona na Faculdade de Belas Artes da UFMG, entre as décadas de 1970 e 1980. Em 1990, aposenta-se da docência e passa a dedicar-se com exclusividade à atividade artística.

O professor virou referências para artistas brasileiros , como também para seus alunos , e ficou conhecido como escultor de metais, resaltando que o ferro é um composto químico, metálico.

Suas obras são basicamente corte e dobras,ou seja, o material passa do plano, para o volumétrico, não há soldas em suas peças, pois, tal ato, lhe conferiria artificialidade.

Se os concretistas, principalmente Max Bill, partem de uma ideia e sublimam a matéria de que é feita a escultura, Amilcar de Castro mantém sua ligação com o solo e com a natureza.

Segundo o historiador Rodrigo Naves, "nessas esculturas as Minas Gerais vão muito além de um localismo geográfico e anedótico. Algo do esforço insano de extrair riqueza do solo permanece nelas".

As esculturas de Amilcar querem explodir, e a explosão está latente no movimento

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