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Trabalho De Nutrição

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Por:   •  12/5/2014  •  Seminário  •  882 Palavras (4 Páginas)  •  135 Visualizações

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Mastite é um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama (o mais comumente afetado é o quadrante superior esquerdo) que pode ou não progredir para uma infecção bacteriana. Ela ocorre mais comumente na segunda e terceira semanas após o parto e raramente após a 12ª semana. Inicialmente, há um aumento da pressão intraductal por estase do leite (um ducto bloqueado com freqüência é o precursor da mastite), com conseqüente achatamento das células alveolares e formação de espaços entre as células. Por esse espaço passam alguns componentes do plasma para o leite (particularmente imunoproteínas e sódio) e do leite para o tecido intersticial, em especial citocinas, induzindo uma resposta inflamatória e, na maioria das vezes, envolvendo o tecido conjuntivo interlobular. O leite acumulado, a resposta inflamatória e o dano tecidual resultante favorecem a instalação da infecção, comumente pelo Staphylococcus (aureus e albus) e ocasionalmente pela Escherichia coli e Streptococcus, sendo as fissuras, na maioria das vezes, a porta de entrada da bactéria.

Qualquer fator que favoreça a estagnação do leite materno predispõe ao aparecimento de mastite, incluindo mamadas com horários regulares, redução súbita no número de mamadas, longo período de sono do bebê à noite, uso de chupetas ou mamadeiras, não esvaziamento completo das mamas, freio de língua curto, criança com sucção débil, produção excessiva de leite, separação entre mãe e bebê e desmame abrupto. A fadiga materna é tida como um facilitador para a instalação da mastite. As mulheres que já tiveram mastite na lactação atual ou em outras lactações são mais susceptíveis a desenvolver outras mastites, em função do rompimento da integridade da junção entre as células alveolares.

Na mastite, a parte afetada da mama encontra-se dolorosa, hiperemiada, edemaciada e quente. Quando há infecção, há manifestações sistêmicas importantes, como mal-estar, febre alta (acima de 38 ºC) e calafrios. Há um aumento dos níveis de sódio e cloreto no leite e uma diminuição dos níveis de lactose, o que deixa o leite mais salgado, podendo ser rejeitado pela criança. Geralmente, a mastite é unilateral, mas também pode ser bilateral.

Nem sempre é possível distinguir a mastite infecciosa da não-infecciosa apenas pelos sinais e sintomas. Sempre que possível, recomenda-se a contagem de células e de colônias no leite para um diagnóstico mais preciso. Uma amostra com mais de 106 leucócitos e mais que 103 bactérias por ml de leite caracterizam infecção; mais que 106 leucócitos e menos que 103 bactérias por ml, inflamação não-infecciosa; e menos que 106 leucócitos e menos que 103 bactérias por ml, apenas uma estase de leite. Sempre que possível, também, recomenda-se cultura do leite para determinar o microrganismo infectante, quando presente. Se a cultura não for viável como rotina, ela deve ser feita nas seguintes circunstâncias: não resposta ao tratamento com antibióticos, mastite recorrente, mastite adquirida em ambiente hospitalar e nos casos graves. A amostra do leite para cultura deve ser colhida com o mesmo rigor com que são colhidas outras amostras, como urina, por exemplo. Após lavagem da mama com água corrente e lavagem rigorosa das mãos com água e sabão, deve-se ordenhar o leite tendo cuidado para que o mamilo não toque no vidro de coleta, que deve estar esterilizado. Os primeiros 3 a 5 ml de leite devem ser descartados.

Sintomas da mastite da lactação

• Febre

• Área vermelha no seio, normalmente bem delimitada e endurecida.

• Seio quente e dolorido.

• Dor durante a amamentação

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