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Trabalho De TDA

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Por:   •  17/9/2014  •  2.959 Palavras (12 Páginas)  •  248 Visualizações

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Aula 09 – Relatório IX

O Fórum Social Mundial (FSM) é movimento que se caracteriza por ser um espaço aberto a ampla difusão de ideias de organizações e movimentos de todo mundo, que se mostram contra as políticas neoliberais e todas as formas de imperialismo e opressão existente atualmente, contra a globalização hegemônica.

A globalização hegemônica pode ser caracterizada como um movimento econômico, cultural e político, e que defende uma concepção economicista das relações humanas e do bem público. E é hegemônica porque defende estes postulados de maneira dominante, sem questionamentos ou críticas a eles no que diz respeito aos diferentes contextos culturais e históricos.

Depois da realização do primeiro fórum mundial, que ocorreu em Porto Alegre de 25 a 30 de janeiro de 2001, o resultado do evento criou expectativas que fizeram dele um movimento permanente, inclusive se fazendo necessária uma Carta de Princípios. Tal documento tem o propósito de orientar aos organizadores e participantes que darão continuidade ao processo, para que não se extraviem dos princípios fundamentais que deram origem ao movimento, bem como o motivo de sua criação.

Para apoiar o movimento, existe um Conselho Internacional (CI) que é formado por 129 organizações e diversas comissões: Metodologia, Conteúdo e Temáticas, Expansão, Estratégias, Recursos, Comunicação. Ele é responsável por questões políticas do movimento, decisões de local de realização e rumos que o mesmo irá seguir, e também a metodologia que será adotada.

Entre os dias 21 e 26 de janeiro de 2014, a cidade de Porto Alegre (RS) sediou mais uma edição do Fórum Social Mundial Temático (FST), com o tema "Crise Capitalista, Democracia, Justiça Social e Ambiental".

No contexto do fórum, foram realizados eventos com identidade própria, mais diretamente ligados ao processo mundial e local, como o Fórum Mundial de Educação, o projeto Conexões Globais, que promove debates com participação à distância por meio de telões instalados na Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre, um seminário internacional do Fórum Mundial de Mídia Livre e Espaço Mundo do Trabalho que ocuparam a Usina do Gasômetro, o Espaço Ubuntu, no Largo Zumbi dos Palmares, o Acampamento da Juventude no Parque Harmonia, além da tradicional Feira da Economia Solidária, oferecendo não apenas produtos, mas também debates sobre esse conceito de economia que ganha adeptos pelo mundo mas especialmente no Brasil.

Hoje já é um consenso de que a Globalização neoliberal ampliou a exclusão social, estimulando ao extremo a competitividade e o individualismo. Esta própria situação de exclusão social vem trazer também o seu oposto, com novas esperanças para as lutas dos povos destes países. Multiplicam-se as organizações sociais e populares que trazem propostas alternativas na luta contra a secular situação de injustiça e desigualdade. Surge com grande vitalidade a luta dos povos indígenas, de camponeses, de mulheres, de negros e de tantos outros grupos, que estão construindo novas formas de economia solidária, de mobilizações pela Paz e por Direitos Humanos.

Os críticos do Fórum Social Mundial costumam ridicularizar o lema "outro mundo é possível", dizendo que é uma bandeira de sonhadores militantes de esquerda, contaminados por um romantismo utópico que não tem mais lugar em um mundo onde a competitividade e a eficiência são as ferramentas fundamentais para se conseguir uma boa posição no mercado. Não é à toa que o Fórum Econômico Mundial de Davos, adaptando-se e reconhecendo o crescimento do Fórum Social Mundial, criou o seu próprio lema, "um mundo melhor é possível". A exclusão da palavra "outro", neste caso, é reveladora das diferenças entre os dois fóruns. Falar de outro mundo é falar de um outro modelo social, político e econômico, radicalmente distinto do que está aí.

No atual processo de globalização econômica, vem ocorrendo uma verdadeira divisão econômica e geopolítica do mundo, que distingue centros de inovação tecnológica, áreas de difusão de indústria e agroindústria avançadas, áreas em desindustrialização, áreas com economia tradicional em decadência e áreas a serem preservadas. Sob o comando dos grandes agentes econômicos capitalistas transnacionais, o território dos países é utilizado intensivamente, afetando o poder dos Estados e alienando a vida das sociedades que vivem nesses territórios. Para funcionar, o mercado precisa realmente de um agente catalizador, que é invisível, que é a confiança. Sem esse agente, o mercado não funciona. Durante esses anos todos, os governos foram permitindo que a imaginação ampliasse os negócios, que se criassem derivativos, se criassem novas instituições.

Apesar de todas as derrotas da esquerda no século 20, derrotas práticas e teóricas, a esperança de construir "outro mundo" continua acesa. Como explicar isso? Há, pelo menos, duas linhas de explicação. Uma delas consiste em dizer que alimentar esse tipo de esperança é uma estratégia de desajustados sociais - normalmente pertencentes à classe média - que insistem em negar o mundo tal como ele é, preferindo construir fantasias tolas de um paraíso na terra. A caracterização é esquemática, mas razoavelmente fiel a um certo tipo de crítica aos ativistas do FSM. Outro tipo de explicação afirma que essa esperança, essa insatisfação com o que é apresentado como "realidade", é indissociável do espírito humano. O "real", neste caso, seria desde sempre uma tarefa a ser construída e reconstruída.

A globalização, o crescimento populacional e a urbanização estão causando significativas dificuldades à infra-estrutura em todo o mundo. Economias industriais avançadas como a dos Estados Unidos e a da Europa Ocidental estão focadas em consertar e substituir suas envelhecidas infra-estruturas. O mundo em desenvolvimento, porém, enfrenta uma tarefa ainda mais desanimadora: criar novas redes de transportes, comunicações, abastecimento de água e energia para promover o crescimento econômico, melhorar os sistemas públicos de saúde e reduzir a pobreza.

O desenvolvimento de infra-estrutura é um componente vital no estímulo ao crescimento econômico de um país. O desenvolvimento de infra-estrutura melhora a produtividade de uma nação e, consequentemente, torna as empresas mais competitivas e dá novo impulso à economia da região. A infra-estrutura por si só não apenas melhora a eficiência na produção, no transporte e nas comunicações, como também ajuda a fornecer incentivos econômicos aos participantes dos setores público e privado. A acessibilidade e a qualidade da infra-estrutura

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