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Trabalho Pensamento Crítico

Por:   •  3/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.380 Palavras (14 Páginas)  •  230 Visualizações

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Trabalho Final Pensamento Critico

Tema: O debate sobre a droga Fosfoetanolamina

Professor: Renato Kinouchi

Nome: Camila Nascimento Silva                                        RA 21015915

Nome: Isabela Chiquetto                                                RA

Nome: Silene de Alvarenga Souza                                        RA 11101311

Nome: Thaís Mendes                                                        RA 21070115

O debate sobre a droga fosfoetanolamina

Descoberta na década de 90, a fosfoetanolamina, conhecida popularmente como “a droga que cura o câncer”, tem causado controvérsias entre pesquisadores, médico, equipes técnicas de órgãos públicos como a ANVISA e, atualmente, envolveu na discussão políticos, juízes e a mídia do país, levando a discussão para um novo patamar.

O centro da questão coloca a maior universidade do país no foco de agencias de monitoramento de drogas ilegais: A Universidade de São Paulo, localizada no campus de São Carlos, foi o cerne da criação da fosfoetanolamina. O professor Gilberto Orivaldo Chierice do  Grupo de Química Analítica e Tecnologia de Polímeros da USP, foi quem, estudando de forma independente com outros pesquisadores, conseguiu sintetizar um hormônio já conhecido como forte indicador na ajuda da cura do câncer. Após isso, o professor realizou testes em animais e, com o sucesso, tentou a próxima fase que era testar a droga em seres humanos.

O debate fica acalorado nessa questão, já que, de um lado os pesquisadores afirmam que testaram tal composto durante certo período de tempo em um Hospital Amaral Carvalho de Jaú e que não obtiveram retorno dos testes. Entretanto, não há registro do feito. A substância só pode ser considerada um medicamento seguro e eficaz se mostra, em métodos científicos e seguindo alguns passos pré-estabelecidos pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, quais são os danos de uma alta dosagem, o que ocorre com pacientes diabéticos ou com hipertensão, qual a dose segura, o que fazer em caso de superdosagem… Medidas que só se consegue fazendo testes clínicos em humanos. Como não há nenhum registro de tal passo, não há como a ANVISA considerar a substancia um medicamento.

O caso começou a ter espaço nas redes sociais, e daí, às grandes mídias, após uma Portaria do Instituto de Química da USP informar que, para fazer a distribuição de qualquer substância sintetizada para a população, era necessário um selo/licença da ANVISA. Com isso, os pesquisadores pararam de produzir a fosfoetanolamina, que já chegava a uma produção de 50 mil cápsulas por mês (em 2013), um número muito superior ao de outras drogas produzidas por universidades. Entretanto, para quem usava o produto e sentia os efeitos, tal resolução foi inaceitável e muitos recorreram à justiça para revogar tal clausula. Tendo em vista as regras da ANVISA, o Tribunal de Justiça de São Paulo reiterou a Portaria feita pela USP, proibindo a distribuição da droga quando requisitada pela população,

Entretanto, há depoimentos de pessoas que dizem sentir os efeitos curativos da droga quase imediatamente após começar a usá-la. Eram tantos relatos, que, com o tumulto causado pela resolução do Tribunal de Justiça, que o desembargador José Renato Nalini, reconsiderou no começo de outubro o pedido de suspensão de liminares que autorizavam a entrega da fosfoetanolamina sintética para pacientes com câncer, embasado no Direito à Saúde.

A universidade afirma que não é contra a pesquisa, mas não tem capacidade para produzir a substância em larga escala e reforça que a regulamentação é necessária, mesma opinião da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e que continua produzindo agora por ordem judicial. O caso chegou a roda dos debates políticos quando os pesquisadores detentores da patente da fosfoetanolamina se reuniram com o senador Ivo Cassol (PP-RO) e os deputados estaduais Roberto Massafera (PSDB-SP) e Rodrigo Moraes (PSC-SP) para discutir a apresentação da substância em uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT).

Legalizar – O que diz quem é a favor

Os relatos a favor da legalização parte, em sua maioria, de pessoas que afirmam ter sidos curadas fazendo o uso da droga. Entretanto, recentemente muitos políticos passaram a defender a causa. Abaixo há um depoimento de uma paciente com câncer e sua neta a cerca do uso da fosfoetanolamina:

O depoimento:

"Droga da USP contra câncer fez minha avó desenganada voltar a viver. Ela vomitava demais, tinha muita diarreia e foi baixando de peso depois que começou a quimioterapia. Mas o tumor no intestino não diminuiu e o do fígado dobrou de tamanho. A médica falou que ela não teria nem um ano de vida; chorei muito", lembra a enfermeira Fabricia Boni, 39, quando ouviu este ano que a avó estava desenganada.

A catarinense Lacy Cordeiro da Silva, 79, luta contra um câncer metastático que começou no intestino e hoje atinge o fígado, o pulmão e os gânglios linfáticos. Mesmo se submetendo a cirurgia e a quimioterapia, ela sofria com dores abdominais intensas porque um dos tumores praticamente fechou o intestino.

A idosa dependia da neta para se levantar e tomar banho e só conseguia se alimentar com duas colheres de sopa por dia. Passava o dia deitada no quarto e estava pesando apenas 29kg. 
Sem saber o que fazer, Fabricia buscou na internet o que poderia melhorar a qualidade de vida da avó. Achou informações sobre a fosfoetanolamina sintética produzida na USP de São Carlos e optou pelo tratamento alternativo. Ela entrou na Justiça com pedido de liminar que lhe custou R$ 300 de honorários e um mês e meio depois um pacote de cápsulas com a substância chegou a sua casa em Curitiba (PR).

Segundo Fabricia, a saúde da avó, que abandonou a quimioterapia para tomar as cápsulas, começou a melhorar poucos dias depois de ela ter começado a tomar o composto diluído em iogurte e azeite. Dona Lacy voltou a comer, ganhou peso e agora fala bastante e quer "até dar umas voltas”

"Em seis dias ela engordou, parou de sentir dor. Eu estou espantada, chorei de alegria. Ela se levanta, senta, toma banho sozinha. Só a ajudo a se trocar", conta.  Questionada se não tem medo de efeitos colaterais, Fabricia diz que neste primeiro mês de uso da fosfoetanolamina dona Lacy não mostrou nenhuma reação adversa.

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