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Transporte De Pacientes Critico

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Por:   •  12/2/2014  •  3.674 Palavras (15 Páginas)  •  443 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A procura continua pela melhoria da qualidade de vida, as pesquisas na área da saúde e a evolução da medicina têm, como um dos seus pilares, garantirem aos pacientes uma melhora nas condições de diagnostico, assistência e tratamento. Provocando assim uma reorganização nas estruturas hospitalares, com isso as tornando mais especializadas e autossuficientes em suas funções, mas sistematizando de acordo com sua complexidade, de forma que os recursos a elas reservados sejam mais bem aproveitados, conforme a demanda de pacientes.

Nessa nova conjuntura o atendimento aos pacientes também se modificou uma vez que os recursos chegavam ao local de internação ou aos próprios pacientes, hoje o usual é que os mesmos se desloquem para estas áreas, quando necessário independentemente da gravidade ou de seu quadro clínico.

Portanto surge a necessidade de transportar esses pacientes sem prejudicar seu tratamento ou seu quadro clínico, ou seja, deve ser indicado, planejado e executado procurando reduzir os riscos os transportados. Contudo Botani (2011) afirma que o lugar mais seguro para os pacientes críticos é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), monitorado e conectado a aparelhos ventilatórios, bombas de infusão que controlam o gotejamento de soros e dosagem medicamentosa, supervisionados continuamente por um enfermeiro, conforme a resolução do COFEM (379/2011) alicerçada na Lei nº 7.498/1986, onde diz:

Art. 11 O Enfermeiro exerce todas as atividades de

enfermagem, cabendo-lhe:

I- privativamente :

...

l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;

m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de bases científicas e capacidade de tomar decisões imediatas;

...”

O guia para transporte de doentes críticos da sociedade portuguesa (1997) define como doente crítico aquele que, por disfunção ou falência profunda de um ou mais órgãos ou sistemas, a sua sobrevivência depende de meios avançados de monitorização e terapêutica. Portanto o transporte destes doentes envolve alguns riscos, mas justifica-se, entre hospitais e entre serviços de um mesmo hospital, pela necessidade de proporcionar ao paciente um nível medico\assistencial superior, ou para realização de exames complementares de diagnóstico e/ou terapêuticos não fornecidos no serviço ou instituição onde o doente se encontra internado.

De acordo com a Carta dos direitos e deveres dos doentes, (2004) O paciente tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde e é um dever dos serviços de saúde estar acessíveis e prestarem, em tempo útil, os cuidados técnicos e científicos que assegurem a melhoria da condição do doente, colocando integralmente ao seu dispor os recursos que possuem

Contudo, mesmo esgotando os recursos disponíveis, os hospitais nem sempre têm capacidade de resposta para as diferentes necessidades dos doentes, sendo muitas vezes necessário recorrer ao transporte intra ou mesmo inter hospitalar para instituições de saúde mais diferenciadas, a fim de garantir melhores condições de tratamento e para a realização de tratamentos ou de exames complementares de diagnóstico não realizável no hospital de origem do paciente.

Desenvolvimento

Podemos definir de acordo com Lacerda, Cruvinel e Silva (2008) transporte intra-hospitalar é a transferência temporária ou definitiva de pacientes por profissionais de saúde dentro de ambiente hospitalar. Já transporte inter-hospitalar como a transferência de pacientes entre unidades não hospitalares ou hospitalares de atendimento às urgências e emergências, unidades de diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de saúde que funcionem como bases de estabilização para pacientes graves ou como serviços de menor complexidade, de caráter público ou privado.

Portanto o transporte de doentes em estado crítico é um dos momentos mais delicados dos cuidados de enfermagem, pois exige que seja mantido o suporte das funções vitais, com um nível semelhante ao que é ministrado no serviço de origem. A preocupação com o transporte do paciente crítico tem surgido de forma consistente na última década.

Houve alguns documentos que demonstraram tal preocupação, porém nenhum era brasileiro tanto o documento escrito pela Intensive Care Society (2002) e o do American College of Critical Care Medicine (2004), onde apresenta normas de boa prática no transporte secundário de pacientes. Mas na mesma linha existe de raciocínio também existe o exemplo da Sociedade Americana de Cuidados intensivos, a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) investiu na sistematização da boa prática médica em relação ao transporte secundário de pacientes e em 1997 elaborou e divulgou o Guia de Transporte de Pacientes Críticos, documento que viu a sua atualização em 2008, numa parceria entre essa sociedade e a Ordem dos Médicos.

De acordo com a Ordem dos Médicos e a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos, (2008), este transporte compreende diferentes fases: a decisão, o planejamento e a efetivação.

A decisão de transportar o doente em estado crítico é um ato médico. O transporte do doente crítico envolve riscos, mas justifica-se no sentido de facultar um nível de assistência superior, ou para a realização de exames complementares de diagnóstico e/ou de terapêutica não realizável no serviço ou instituição em que o doente se encontra.

O planejamento do transporte é realizado pela equipa médica e de enfermagem da unidade que pretende evacuar o doente. Nesta etapa é fundamental ter em conta a coordenação, a comunicação, a estabilização, a equipa, o equipamento, o transporte e a documentação.

A efetivação do transporte fica a cargo da equipa que o assegura, sendo que a responsabilidade técnica e legal só termina no momento de entrega do doente no serviço de destino.

O transporte do doente crítico é um processo complexo que pode resultar frequentemente, em algum desgaste no quadro clinico do doente. Assim sendo, este requer um planejamento eficaz, de modo a minimizar as possíveis ocorrências nocivas. Porém, “… cuidados de enfermagem adequada, antes e durante o transporte, podem

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