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Tratamentos De Esgotos

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Por:   •  19/12/2013  •  2.367 Palavras (10 Páginas)  •  639 Visualizações

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1. Tipos de Esgotos

- Doméstico

- Pluvial

- Industrial

2. Tipos de sistemas de Esgoto

• Sistema Unitário: É a coleta dos esgotos pluviais, domésticos e industriais em um único coletor. Tem custo de implantação elevado, assim como o tratamento também é caro.

• Sistema Separador: O esgoto doméstico e industrial ficam separados do esgoto pluvial. É o usado no Brasil. O custo de implantação é menos, pois as águas pluviais não são tão prejudiciais quanto o esgoto doméstico, que tem prioridade por necessitar tratamento. Assim como esgoto industrial nem sempre pode se juntar ao esgoto sanitário sem tratamento especial prévio.

• Sistema Misto: A rede recebe o esgoto sanitário e uma parte de águas pluviais.

Obs: O esgoto escoa dentro das tubulações a no máximo 75% da secção dos tubos, ou seja, eles não preenchem todo o conteúdo da canalização. A água das chuvas, quando vai para as redes de esgoto ( cujo sistema não é o unitário ), causa extravasamento, “ enche “ toda a tubulação de esgoto, pressionando as paredes dos tubos fazendo com que se rompam, provocando refluxo.

3. Composição dos Esgotos Domésticos

A composição dos esgotos depende dos usos das águas de abastecimento e varia com o clima, os hábitos e as condições sócio-econômicas da população e da presença de efluentes industriais, infiltração de águas pluviais, idade das águas residuais, etc. Os esgotos domésticos são constituídos aproximadamente de 99,9% de líquido e o restante 0,1% de matéria orgânica e mineral ( em solução e suspensão ), assim como alta quantidade de bactérias e outros organismos patogênicos e não patogênicos.

Podem ser encontrados também produtos indevidamente jogados descarga abaixo e lançados na rede de esgotos, como estopas, chupetas, objetos de higiene feminina, tais como absorventes, preservativos usados ou ainda produtos tóxicos de origem industrial, etc.

As águas residuais em decomposição anaeróbica produzem gases que, em espaços fechados, como tubulações ou estações, podem estar concentrados a níveis perigosos, exigindo o uso de material especial e equipes de resgate.

O gás sufídrico é o principal responsável pelo cheiro característico do esgoto em decomposição anaeróbica. O gás mais perigoso presente é o metano por ser explosivo, já tendo causado a morte de alguns operários de companhias de saneamento.

4. DBO ( Demanda Bioquímica/Biológica de Oxigênio )

Corresponde a quantidade de oxigênio consumido na degradação da matéria orgânica no meio aquático por processos biológicos, sendo expresso em miligramas por litro ( MG/L ). É um parâmetro importante no dimensionamento de uma estação de Tratamento de efluentes. Há dois métodos normalmente aplicados para medir a DBO descrita a seguir.

• Modo de Diluição

O teste da DBO é realizado através de diluição de uma amostra de água deionizada saturada de oxigênio. A amostra é inoculada de uma quantidade fixa de microrganismos. Mede-se a concentração de oxigênio dissolvido ( OD inicial ) na amostra, pelo método de Winkler ou com eletrodo íon seletivo para oxigênio. Em seguida, a amostra é selada ( para evitar a dissolução de oxigênio adicional dentro dela ) e é mantida em estufa durante 5 dias, a 20°C, em frasco âmbar ( para evitar que haja fotossíntese, o que resultaria na produção de oxigênio adicional ) e com o ph ajustado entre 6,5 e 8,5. Ao fim dos 5 dias, repete-se a medida do oxigênio dissolvido ( OD final ). A DBO será a diferença entre o OD inicial e o OD final. É calculada pela seguinte fórmula:

DBO5 = F(T0-T5) – (F-1)(D0-D5) onde,

F= Fator de diluição

T0= Conteúdo de oxigênio (mg/L) de uma das diluições da amostra no início do ensaio.

T5= Conteúdo do oxigênio (mg/L) de uma das diluições da amostra ao fim de 5 dias de incubação.

D0= Conteúdo de oxigênio (mg/L) de água de diluição no início do ensaio.

D5= Conteúdo médio de oxigênio (mg/L) da água de diluição ao fim de 5 dias de incubação.

• Concentrações Médias

A DBO média nos efluentes são, respectivamente:

Domésticos: 300 mg/l

Bovinos: 7000 mg/l

Suínos: 10000 a 18000 mg/l

Abate de animais, preparação e fabrico de conservas de carne: 1750 mg/l

Indústrias de lacticínios: 700 mg/l

Indústria de conserva de peixe: 500 mg/l

Indústria de vinho: 3000 mg/l

5. Consequências Ambientais

Sua alta concentração pode ocasionar em problemas ambientais graves. Como o DBO corresponde a alta quantidade de matéria orgânica no meio, para sua total decomposição há o isso do oxigênio dissolvido na água, caso a matéria orgânica seja muito abundante, a decomposição pode ser anaeróbia, tendo como resultados substanciais que podem degradar a qualidade da água. Os produtos mais comuns envolvidos na degradação anaeróbia são gás carbônico, metano, amônia, ácidos graxos, mercaptanas, fenóis e aminoácidos. A total depleção do oxigênio dissolvido ocasiona a morte da biota aquática dependente do oxigênio e eutrofização do corpo d’água.

6. DQO ( Demanda Química de Oxigênio )

É um parâmetro que mede a quantidade de matéria orgânica suscetível de ser oxidada por meios químicos que existam em uma amostra líquida. Se expressa em mgO2/litro.

• Medição

O método mede e concentração de matéria orgânica oxidada. Entretanto, pode haver interferência devido a substâncias orgânicas susceptíveis de serem oxidada ( sulfetos, sulfitos, iodetos, entre outros )

A sua medição permite avaliar parâmetros de quantificação de matéria orgânica em compostos aquosos podendo ser residuais, de rios e aquíferos, sendo também usado no setor dos resíduos sólidos, em especial nas lamas. No caso de águas potáveis, não é fácil sua medição direta

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