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O Que é O Esgoto, Como é Sua Composição E Suas Características Principais. As Principais Tecnologias Para Tratamento.

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Por:   •  26/11/2013  •  5.387 Palavras (22 Páginas)  •  932 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O esgoto é o produto final do uso de água nas atividades humanas. Sua presença causa repulsa por seu odor e pelo potencial contaminante que traz consigo: além da cor escura, contém muitos transmissores de doenças.

Pode ser genericamente classificado como sanitário, industrial e doméstico (SANEPAR, 2012). O esgoto sanitário é misto, composto por efluentes líquidos oriundos de pias e ralos, bem como de banheiros, de origem residencial e/ou industrial. Os esgotos doméstico e industrial são, por excelência, provindos das atividades que lhes denominam.

Os esgotos industriais possuem traços inerentes às atividades que resultaram os despejos; por isso, é de extrema importância que o processo industrial seja conhecido e o tratamento a eles seja específico, pois podem representar um grande risco à saúde pública e ao meio ambiente por meio de metais pesados e outros resíduos industriais.

As preocupações relativas ao manejo do esgoto datam de muitos séculos atrás. Uma das redes mais antigas e que ainda hoje é conhecida, é a “Cloaca Máxima”, sistema de esgotamento sanitário da antiga Roma, construído aproximadamente em VI a.C. (cf. Contribuidores da Wikipedia). Seus canais eram mistos, parcialmente subterrâneos, construídos com tecnologia etrusca e mão de obra das classes pobres do Império Romano.

Seus dutos faziam a drenagem dos efluentes de locais públicos da cidade de Roma e desaguavam no rio Tibre (afluente do mar Tirreno). Ainda hoje é possível ver os resquícios desse sistema de esgotamento, já que a estrutura utilizada à época – arcos construídos em pedra e abaixo do nível do passeio público – é extremamente resistente.

Apesar de observada essa antiga iniciativa urbanística, ainda podemos salientar que em 2010 apenas 85,3% da população urbana brasileira possui o correto esgotamento sanitário (Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, 2012). Esse percentual cai ainda mais quando consideramos a população rural e de baixa renda, em geral com assistência sanitária precária ou inexistente.

No presente trabalho apresentamos uma visão geral do que é o esgoto, como é sua composição e suas características principais. Apresentamos, também, as principais tecnologias para tratamento.

Características e instrumentos para caracterização do esgoto

Existem, basicamente, três categorias qualitativas para o esgoto: físicas, químicas e biológicas. As principais características físicas do esgoto referem-se à temperatura, cor, odor e turbidez. Estas influenciam especialmente na atividade microbiana presente nas águas residenciais, na solubilidade dos gases, na presença do gás sulfídrico (odor) e na quantidade de sólidos presentes. (MEDEIROS, online)

Os parâmetros químicos, no entanto, apresentam maior relevância nos estudos, já que variam consideravelmente entre as diferentes populações e hábitos de higiene e consumo. Podem ser constatados graus mais ou menos concentrados de produtos de limpeza dissolvidos, o que gera diferentes graus de tratamento.

A origem dos esgotos permite classificar as características químicas em dois grandes grupos: da matéria orgânica e da matéria inorgânica. (CHAGAS, 2000)

Matéria orgânica: proteínas, carboidratos, gordura (matéria graxa, óleos e semelhantes) e detergentes (surfactantes).

As proteínas são a principal fonte do gás sulfídrico encontrado nos esgotos, já que fornecem enxofre para a sua composição. Os carboidratos são os principais “alimentos” para as bactérias presentes nas águas residuais, já que a sua quebra é simples e apresenta disposição de energia (açúcares). As gorduras apresentam uma grande preocupação às tecnologias de tratamento de esgoto, já que sua aderência às paredes faz com que a vida útil das instalações seja reduzida, sólidos sejam presos e odores desagradáveis sejam produzidos. Os detergentes formam espuma, que muitas vezes são difíceis de serem quebradas, especialmente se forem de origem não biodegradável (tipo ABS: Alquil-benzeno-sulfonado), que gradativamente está sendo substituído pelos biodegradáveis (tipo LAS: Arquil-Sulfonado-Linear).

Substâncias Inorgânicas: Raramente os esgotos são tratados para remoção de constituintes inorgânicos, salvo e a exceção de alguns despejos industriais. (CHAGAS, 2000)

A seguir apresentamos as principais características químicas dos esgotos. SILVA, online)

Tecnologias para Tratamento de Esgotos

Os processos de tratamento dos esgotos são formados por uma série de operações unitárias empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para transformação destas substâncias em outras de forma aceitável.

A remoção dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o lançamento a uma qualidade desejada ou ao padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente, está associada aos conceitos de nível e eficiência de tratamento.

O tratamento dos esgotos é usualmente classificado através dos seguintes níveis: preliminar, primário, secundário e terciário.

O tratamento preliminar objetiva principalmente a remoção de sólidos grosseiros e de areia, por meio de mecanismos de ordem física.

O tratamento primário destina-se, por meio de mecanismos de ordem física, à remoção de sólidos flutuantes (graxas e óleos) e à remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica.

No tratamento secundário, predominam os mecanismos biológicos, e o objetivo é principalmente a remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes (nitrogênio e fósforo).

O tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes específicos, ou ainda remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário.

A remoção de nutrientes e de organismos patogênicos pode ser considerada como integrante do tratamento secundário ou do tratamento terciário, dependendo do processo adotado.

Apresentamos a seguir os métodos mais usuais para tratamento dos efluentes. São eles:

 Disposição no Solo (Irrigação, Infiltração, Escoamento à superfície)

 Lagoas de Estabilização sem Aeração/Lagoas com plantas aquáticas

 Lagoas de Estabilização aeradas

 Sistema

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