Um olhar de respeito a história agradece

Quando o olhar é de respeito a historia agradece

As mil e oitocentas comunidades que preservam a cultura afro brasileira são descendentes de antigos escravos, são comunidades remanescentes de quilombos que guardam a memória e identidade de seu antepassados, que eram escravos fugidos das fazendas de senhores de engenho quando existia ainda escravidão. Todas  as comunidades se localizam no Brasil e a maior delas fica em Goiás, essa comunidade  se chama Kalunga, no tempo que essas terras pertenciam aos senhores de engenho,o seu maior lucro era o trafego de escravos que era usado para enriquecer a burguesia Portuguesa que importava os escravos da Africa.Quando chegavam para trabalhar eram obrigados a deixar sua língua pátria,religião e identidade. Porem isso não permaneceu por toda existência  da comunidade, pois com o passar do tempo o  local se tornou um quilombo e sua identidade foi retornando até os dias de hoje. O maior desenvolvimento que os Kalungas tiveram foi a chegada da luz elétrica mas nem todos tem acesso a esse luxo, a comunidade usa claridade do dia ou a candeia feita com a cera da abelha Aratim  ou óleo  que buscam na cidade, isso mostra que mesmo sendo uma comunidade distante eles tem acesso a cidade, não usam veículos motores  por ser região montanhosa sempre andam  a pé ou em lombo de mulas. . E assim está sendo feito há quase 300 anos, as distâncias são vencidas pela necessidade de sobrevivência. O frio na época de inverno é enfrentado com fogo e aconchego humano, o abastecimento de água é fornecido pelos rios que banham a região. Venceram as dificuldades do caminho e as condições precárias que o ambiente oferecia, descobrindo ao mesmo tempo em que poderiam utilizar os recursos ali disponíveis para a reconstrução de suas vidas. Hoje a comunidade Kalunga abriga aproximadamente 4.500 habitantes isso desde o período em que começou a habitar aquelas serras, pouca coisa mudou. Com os seus ancestrais adquiriram os conhecimentos necessários para a sobrevivência naquelas terras. Isso é notado no cultivo das roças e na preservação da natureza. Atualmente, 93% do território Kalunga ainda continua intacto.. É através das festas que os Kalungas reproduzem seu modo de vida e a visão do mundo para eles. Acreditam também em seres espirituais, almas e espíritos que são elementos básicos para a religião. Todos os anos os santos são louvados, a ancestralidade é lembrada e os mais velhos repassam sua historias, contando a identidade do povo e o modo de vida que eles viveram há tempos atrás. Ainda existe uma luta na sociedade, os quilombolas da comunidade Kalunga, querem ser reconhecidos pela sociedade, porém não como moradores de uma terra rara e sim com o respeito que merece  .

1. FONTES:
   http://www.brasiloeste.com.br/noticia/1007/kalunga
   http://www.comunidadeskalungas.pop.com.br/terras.htm
   http://www.isa.org.br/inst/camp/tijuco/mapas/mapa_ribeira_impacto_quilombos.gif
   Kalunga povo da terra, Baiocchi, Mari de Nazaré – Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, 1999

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