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Universidades Privadas Em Crise

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Por:   •  16/9/2014  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  328 Visualizações

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Tema: Universidades privadas, em crise.

No contexto atual da educação do Estado do Rio de Janeiro, as Universidades privadas vêm atravessando dificuldades diante de um momento de globalização, competitividade, mudanças constantes e também destaco as influências sofridas pela instituição com relação à forma de gestão por competências onde afeta a cultura organizacional.

Quando as Universidades começaram a apresentar problemas relacionados à economia, todos os envolvidos sejam eles, funcionários, professores ou estudantes começaram a reavaliar de que maneira essa questão da Educação poderia afetar o futuro da instituição.

O objetivo deste texto é saber quais são os elementos administrativos que através de uma governança corporativa ajudaria uma Organização tradicional como a Universidade Santa Úrsula a se manter saudável no mercado da educação. Embora essa crise demonstre que existem coisas comuns a todos os sistemas de ensino superior, tanto do ponto de vista de suas funções, quanto de suas eventuais tensões e dificuldades. Logo as diferenças profundas que também existem são evidentes a partir de um marco conceitual comum.

A Universidade Santa Úrsula (USU) foi fundada em 1937 por Alceu Amoroso Lima e, na sua época, marcou história sendo a primeira universidade a abrir vagas para mulheres no Estado do Rio de Janeiro. Em seus setenta e seis anos de história possibilitou a formação de inúmeras mulheres que hoje compõem o mercado brasileiro. Portanto um exemplo de Educação que não pode encerrar suas atividades docentes, continuando o compromisso de escrever história de mulheres que desejam fazer da sua vida profissional um sucesso.

Este trabalho buscará apóio básico em pesquisas na Internet, artigos e livros na área de Administração e de Negócios. Além disso, consulta a Sindicatos como “Sinpro-Rio, Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região”, ao “MEC – Ministério de Educação e Cultura”, a Reitoria da própria Universidade Santa Úrsula e comentários quanto a situações vivenciadas por gestores e professores.

A crise econômica atingiu em cheio uma das mais tradicionais instituições católicas de ensino superior do Rio, a Universidade Santa Úrsula, que forma alunos da elite carioca. Atualmente, está com salários atrasados, além de dívidas com fornecedores e professores que abandonam a escola, na qual tem seu campus em Botafogo, na zona sul. Eis a questão: “Alguma coisa precisa ser feita para salvar a universidade”, diz o coordenador do curso de informática, Roberto Lema, que se desligou na semana passada. O reitor, Raimundo Romeu, também acaba de deixar o cargo em razão das dificuldades para pôr em dia as contas da instituição. “O quadro é grave, mas o ensino continua a ter boa qualidade”, garante Romeu, que é representante do Brasil na Universidade das Nações Unidas, na Bélgica, nomeado em maio pelo secretário-geral, Kofi Anan.

As dificuldades são causadas não só pelo custo do ensino superior e da pesquisa, mas também pela perda de alunos. As universidades particulares estão em crise por não terem financiamento para investimentos no ensino e pesquisa, segundo o ex-reitor e ex-ministro da Justiça Célio Borja. O curso de matemática da universidade teve nota A no Provão três anos seguidos. O de direito, porém, foi questionado pelo MEC por não possuir uma biblioteca completa. As exigências foram cumpridas posteriormente e aprovadas pelo Ministério. Um movimento pela recuperação da Santa Úrsula está sendo iniciado no Rio e tem o apoio, entre outros, de ex-alunos, como a neta de Getúlio Vargas, Celina Vargas do Amaral Peixoto.

A demanda não se confirmou. No país, há 1,8 milhões de formandos no ensino médio para 2,2 milhões de vagas. Além disso, muitos chegam à faculdade despreparados e não continuam no curso. A evasão afeta as finanças, e algumas faculdades optam pela fusão com grupos e outras instituições de ensino, pressionando faculdades menores, que espera mais fiscalização por parte do governo. Porém falta uma política para o ensino superior. O MEC baixa normas, faz avaliações, mas não basta. Não adianta autorizar abertura de mais faculdades se não há demanda. Porém problemas financeiros também afetam a Santa Úrsula, que, segundo professores, já ofereceu cadeiras para pagar uma dívida trabalhista. De acordo com o advogado Sérgio Bermudes, que representa a universidade, a instituição não esconde suas dificuldades. No ano passado, diz ele, havia 183 matriculados, a maioria bolsista. Para ele a Santa Úrsula não acompanhou o desenvolvimento do ensino superior no país. Decidimos

suspender as atividades para buscar uma solução, quem sabe uma parceria com outra instituição. Também nos preocupamos com os alunos. Vamos tentar indicar instituições a eles.

O fato é que há muito tempo o ensino superior brasileiro vem sendo dirigido por pessoas que não são do ramo. E se são do ramo, nunca aprenderam a administrar, apenas copiaram o que já se fazia no modelo de administração das universidades estatais, onde todas elas visivelmente "gastadeiras" e muitas delas com uma eficiência de ensino e pesquisa duvidosa. Portanto, não há crise, e sim, crises. Todavia, há uma medida geral a ser tomada. Aliás, ela já foi tomada. Essa medida é de 1996. É a LDB. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN 9.394/96) criou a possibilidade de cada universidade se organizar segundo seus próprios critérios, exercendo sua criatividade. As universidades estatais não se mexeram, é claro. Mas o esquisito foi ver que salvo raríssimos casos e assim mesmo de maneira tímida, as universidades particulares também ficaram paradas. Não tiveram pessoas nos seus staffs para criar novas formas de organização física e humana. A maioria continuou com "departamentos e faculdades" ou "coordenações de cursos e direção". E foi proliferando o número de funcionários desnecessários. Aliás, manteve um número grande de professores com pouca titulação e com poucas horas de trabalho. Isso gerou professores pouco compromissados com o estabelecimento e um grande gasto na folha de "direitos trabalhistas". Seria melhor ter menos professores, mas com mais titulação e pagos de modo adequado (com uma carreira atrativa). Agindo de modo errado, essas universidades se mostraram estar aquém de pegar o que a LDB deu para todas em termos de liberdade. Não sabendo criar, não souberam procriar.

Em primeiro lugar é notório saber que quase toda universidade particular brasileira é uma réplica piorada de universidade estatal. Ela organiza seu sistema de ensino, pesquisa e extensão de modo a copiar o que funciona mal na universidade estatal,

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