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Uso Racional De Medicamentos

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Por:   •  26/4/2014  •  942 Palavras (4 Páginas)  •  480 Visualizações

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Uso Racional de Medicamentos: uma preocupação mundial

O I Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos começou na tarde desta quinta-feira (13/10), em Porto Alegre (RS), com uma certeza: a sociedade mundial precisa empreender esforços para melhorar a forma de utilização dos medicamentos. Caso contrário, o tratamento das enfermidades será cada vez mais difícil e custoso.

“Os medicamentos salvam vidas e melhoram a condição de saúde das pessoas, mas não devem ser tratados como mercadorias e usados indiscriminadamente”, afirmou o chefe da Unidade de Medicamentos Essenciais, Vacinas e Tecnologias de Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jorge Bermudez, logo no início das exposições.

O encontro, que terá a duração de três dias, é a consumação de um ciclo de debates que vem ocorrendo no país desde 2002, com a participação de profissionais de saúde de diversas formações. Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, ele é um marco nacional no que diz respeito à reflexão sobre a racionalidade do uso de medicamentos e estimulará outras iniciativas semelhantes.

“Neste momento, o governo e as instituições públicas e privadas brasileiras se articulam de forma mais efetiva para aprofundar a discussão do tema em questão. O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica, e a Anvisa estão trabalhando em parceria com entidades da sociedade civil para mudar o paradigma do país com relação ao uso correto de medicamentos”, disse Dirceu Raposo que, ao lado de Jorge Bermudez, do representante da Organização Mundial de Saúde, Hans Hogerzeil, do diretor do Instituto de Ciência Básica da Saúde, Aldo Lucion, dentre outros conferencistas, integrou a mesa de abertura do encontro.

Experiências

O uso racional de medicamentos, que diz respeito à prescrição apropriada, à dispensação em condições adequadas e ao consumo do medicamento nas doses indicadas, não é uma preocupação que se restringe aos países em desenvolvimento.

Essa foi uma constatação feita pelo suíço Hans Hogerzeil ao apresentar indicadores da situação mundial de 1988 a 2003, que demonstram um aumento do número de prescrições incorretas e inadequadas também nos países ricos. “A França consome, proporcionalmente, muito mais medicamentos do que a Nova Zelândia, o que não quer dizer que os franceses fiquem mais doentes. Há toda uma questão cultural que valoriza e incentiva este consumo”, afirmou.

Hogerzeil aposta em políticas públicas de longo prazo que possibilitem uma melhoria real da estrutura vigente e enfatiza a necessidade de capacitação continuada e assistida dos profissionais de saúde e daqueles que estão envolvidos indiretamente com o uso de medicamentos.

Para Jorge Bermudez, é fundamental pensar a questão do acesso: “Não adianta termos uma série de inovações terapêuticas, se elas são inacessíveis à maioria da população. Os países em desenvolvimento, especificamente, estão totalmente desprotegidos neste sentido”. Bermudez destacou a importância da harmonização política e regulatória entre os países e do reforço de mecanismos regionais de negociação e compras conjuntas, como forma de fortalecer o sistema de abastecimento de medicamentos.

A necessidade de uma reformulação do ensino tradicional de Medicina, que supervaloriza o diagnóstico em detrimento do estudo da farmacologia, foi um ponto levantado pela argentina Perla Buschiazzo. Professora de Farmacologia da Facultad de Ciências Medicas de Universidad Nacional de La Plata, Perla relatou a experiência de seu país ao utilizar a metodologia de ensino “aprendizado baseado em problemas”.

Motivada pela identificação de problemas específicos a serem estudados, essa metodologia valoriza o auto-aprendizado, desmistifica a dicotomia detentores do saber X aprendizes e fortalece o espírito crítico. “Com essas novas estratégias educacionais, motivamos os profissionais de saúde e melhoramos, conseqüentemente, a saúde pública em seus múltiplos cenários”, explica Perla Buschiazzo.

O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Dirceu Barbano, encerrou o primeiro dia do congresso. Traçou um panorama da estrutura de funcionamento

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