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VLT Baixada Santista

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Por:   •  26/5/2014  •  4.064 Palavras (17 Páginas)  •  530 Visualizações

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Caso

VLT Baixada Santista

A Escolha

A escolha do VLT como modo de transporte para este sistema de média capacidade se deu por mais de uma razão, dentre elas por aspectos técnicos, urbanísticos e culturais. A primeira delas reside no aproveitamento da faixa ferroviária que corta a Ilha de São Vicente. O ramal, anteriormente pertencente à Rede Ferroviária Federal e transferido para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM em meados da década de 1990 se configura em um elemento fragmentador do tecido urbano, que carece de um tratamento adequado para permitir a reintegração das áreas norte e sul da Ilha de São Vicente. Somam-se a esse o reconhecimento por parte do Governo do estado da necessidade de se utilizar de um sistema de alta qualidade à população, que reúna características como regularidade, confiabilidade, conforto e segurança para o deslocamento dos cidadãos. As condições topográficas favoráveis, a ligação cultural dos vicentinos e santistas como o transporte ferroviário, onde em Santos se destaca com a manutenção de seu bonde histórico para fins turísticos, o perfil da população com elevada participação de idosos e aposentados são outros fatores relacionados à adoção do VLT como tecnologia de transporte na região.

Desde 2009, o projeto do sistema Integrado Metropolitano (SIM), que prevê a implantação da rede tronco operada por VLT e a integração com o sistema de ônibus intermunicipal está sob a coordenação da empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), órgão subordinado à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos – STM e contando com a participação dos municípios diretamente impactados pelo sistema que são, em uma primeira fase, os municípios de Santos e São Vicente. A EMTU está sendo responsável pela consolidação da rede de VLT, bem como pelo desenvolvimento dos estudos de viabilidade economia do empreendimento e de seu modelo de exploração.

Resumo

O VLT é uma linha estruturadora que faz parte do sistema Integrado Metropolitano (SIM), projeto de modernização do transporte público na Baixada, gerenciados pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O VLT será integrado às linhas de ônibus municipais e intermunicipais. O trecho, que inicialmente será implantado, de Esplanada dos Barreiros, em São Vicente e Conselheiro Nébias têm 9,5 km e será servido por um terminal (Barreiros), uma estação de transferência (Conselheiro Nébias) e 11 estações de embarque/desembarque ao longo do traçado, seis em São Vicente e cinco em Santos. O investimento é de 313,5 milhões de reais.

O segundo trecho, Porto – Conselheiro Nébias até Valongo (no centro histórico de Santos) terá dois terminais (Porto e Valongo), uma estação de transferência, pátio de manobras no Porto e 14 estações de embarque/desembarque. Com 5,6 quilômetros e mais a extensão de 1 quilômetro e meio entre Conselheiro Nébias e o Porto, encontra-se em fase de licenciamento tanto ambiental, como do Instituto do Patrimônio Nacional (IPHAN).

O investimento previsto em obras do segundo trecho é de 250 milhões de reais. O investimento total chega a cerca de um bilhão de reais. Sendo 209 milhões destinados ao material rodante, 123 milhões destinados ao sistema de energia, telecomunicações, arrecadação, controle semafórico e controle dos VLTs.

Futuramente, chegará à Praia Grande com a construção de mais dois trechos: Barreiros a Samaritá, em São Vicente e de Samaritá até Tatico, em Praia Grande.

Assim, depois de construído, o VLT, poderá ser usufruído por 1,7 milhões de habitantes dos nove municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista, havendo menos ônibus circulante, menos poluição sonora e redistribuição do tráfego.

À medida que os projetos vêm sendo desenvolvidos, têm surgido desafios para implantação dessas redes de transporte em áreas urbanas já consolidadas. Existe uma grande questão no que diz respeito à inserção urbana dessa rede pela escassez de espaço viário e necessidade de proteção do patrimônio histórico, como acontece com o centro histórico de Santos. Região hoje potencializada devido à existência dos escritórios do pré-sal e de todo o patrimônio histórico que ali se encontra. Mas ainda assim, um ponto positivo fazendo com que a rede esteja em interação com a população e as cidades, com piso baixo, facilitando a mobilidade de passageiros com dificuldade de locomoção. Enfim, cada inciativa tomada na implantação também é tomado um tratamento diferente e específico.

Em sua configuração completa, a rede deverá atender aos municípios de Santos (com destino ao bairro do Valongo, passando pelo centro da cidadee pela Ponta da Praia, com acesso ao sistema de balsas que conecta atualmente Santos e Guarujá), São Vicente (ligando as porções continental e insular na Estação Barreiros), Praia Grande (integrado a importante terminal de transporte rodoviário do município) e o distrito de Vicente de Carvalho no Guarujá, que correspondem aos principais pólos de produção e atração de viagens na RMBS. Nesta situação, a rede atenderá a cerca de 220 mil passageiros/dia, como apontam os estudos de demanda recentemente concluídos para todos os trechos do VLT. O primeiro trecho do VLT da RMBS é previsto para entrar em operação em 2014. Por meio de concorrências públicas, a EMTU contratou os projetos básico e executivo do trecho prioritário denominado Barreiros-Porto-Valongo, o qual se desenvolve inteiramente na Ilha de São Vicente. O trecho prioritário, para fins de contratação das obras, foi dividido em dois lotes. O primeiro lote se estende desde a estação Barreiros, na parte insular de São Vicente, até a estação Lusíadas, nas proximidades da interseção entre as avenidas Francisco Glicério e Conselheiro Nébias, em Santos. O outro lote englobará duas porções distintas. Uma envolvendo o ramal de acesso e a área prevista para implantação do pátio junto a área portuária, e a continuidade até a área central na região do Valongo. Este trecho percorre a Av. Conselheiro Nébias (em ambos os sentidos), passando pelas Ruas General Câmara e São Bento, até atingir o terminal rodoviário do Valongo. Neste percurso passa pela Praça Mauá, cruza a Praça dos Andradas e atende a Praça José Bonifácio. Após permitir a integração com ônibus municipais e

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