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Vinculos Familiares

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Por:   •  6/10/2014  •  2.999 Palavras (12 Páginas)  •  504 Visualizações

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1. VÍNCULOS FAMILIARES

O Brasil tem o desafio de enfrentar as transformações que estão ocorrendo em seu

perfil etário: o número de pessoas idosas está crescendo rapidamente com o aumento da expectativa de vida, conhecido como longevidade, diante desta apresentação temos o objetivo de estudar e desenvolver atividades que supram esta demanda. Temosque fazer uma reflexão com o serviço social e buscar compreender as relações sociais do desenvolvimento humano em sociedade, para termos uma breve analise de fatores que interferem na formação de personalidades. (Qualidade de vida na velhice: Enfoque multidisciplinar, 2004, p.127-149).

A velhice hoje é vista não como uma categoria natural, mas socialmente construída; portanto, “não permite um conceito absoluto, possibilitando que uma nova condição seja estabelecida”. Logo, envelhecimento é um “processo” e, dessa, forma não ocorre de um dia para o outro, mas se constrói ao longo da existência humana (BERNARDES, 2007, p.117).

Existem, no entanto, duas formas de oferecer suporte social aos idosos: as redes formais e as redes informais. A rede de apoio social formal consiste em hospitais, ambulatórios médicos entre outras áreas da saúde, casas geriátricas, casa de repouso, asilos, centros-dia, além dos profissionais da área da saúde. As redes de apoio informal são representadas pelos familiares, amigos e vizinhos que oferecem apoio em diferentes âmbitos da vida do idoso. A família é a primeira rede de apoio para o idoso, onde este encontra a assistência necessária para suas dificuldades e necessidades (ASSIS e AMARAL, 2010).

Com importância consciente da manutenção de vínculos familiares, e a construção de uma rede de proteção familiar visando desenvolver um projeto integrado com recursos disponíveis nas comunidades, tendo o assistente social como o profissional que realiza o trabalho de rede entre as famílias, envolvendo a implantação de politicas que envolvem a família e o poder público. Cuidar do idoso doente no domicílio na voz de cuidadores familiares. (Revista Eletrônica de Enfermagem, 2004).

Cada uma das situações de fragilidade enfrentadas pelos cidadãos deve receber um tipo de atenção diferenciada, de acordo com as necessidades de cada um. Além disso, as potencialidades das famílias devem ser ponto de partida para a organização dos serviços de proteção básica de assistência social, que estimulam a participação social (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2004).

Em razão disso, foi aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistências que institui, na Proteção Básica, quatro serviços de convivência e fortalecimento de vínculos. Eles são organizados por faixa etária e têm como objetivo prevenir possíveis situações de risco da população em geral, visando à melhoria da qualidade de vida (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2004).

Todos os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos organizam-se em torno do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), sendo a ele articulados. Previnem a institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e idosos e oportunizam o acesso às informações sobre direitos e participação cidadã. Ocorrem por meio do trabalho em grupos ou coletivos e organizam-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2004).

Podem ser ofertados nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), em outras unidades públicas ou em entidades privadas sem fins lucrativos, desde que referenciadas ao Cras, sempre supervisionados por uma equipe de profissionais capacitada para atender as demandas específicas de cada faixa etária (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2004).

As redes de apoio social são também muito importantes e necessárias para a manutenção da saúde emocional ao longo de todo o ciclo de vida. Entretanto, em seu decorrer, vão sofrendo transformações na sua estrutura, de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Algumas das mais importantes funções dessas redes de apoio social, para aqueles que estão na terceira idade, são: criar novos contatos sociais; fornecer e receber apoio emocional; obter garantia de que são respeitados e valorizados; manter sentimento de pertencimento a uma rede de relações comuns e fornecer suporte para aqueles idososque sofreram perdas físicas e sociais (NERI, 2008, p.146).

A Secretaria Nacional dos Direitos Humanos considera, por lei, que idoso é a pessoa maior de sessenta anos sendo que “a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurarao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem estar e o direito à vida” (BRASIL, 1998, p.11).

A família desempenha, pois, um papel de cuidado ao longo de toda a vida do sujeito

(apoio econômico, emocional). Esse cuidado que a família propicia oferece menos riscos de

uma possível institucionalização a família constitui-se, assim, em um recurso fundamental

para o familiar idoso, pois presta atenção direta e auxílio para possíveis problemas graves de

saúde que podem ocasionar a perda de autonomia dessa pessoa. Os idosos que mantêm contato com suas redes sociais informais, como os amigos e vizinhos, terão dessas pessoas considerável apoio e cuidado no caso de ausência da família (HERNANDIS e MARTÍNEZ, 2005p.55-57).

Sabe-se que o vínculo e o apego entre familiares são vitais para o desenvolvimento do ser humano e são essas vivências que servirão de alicerce para a formação das percepções e capacidades interpessoais de todos os membros, mesmo durante a velhice. Mais especificamente, a percepção de suporte familiar está relacionada à competência social, capacidade de enfrentamento de problemas, percepção de controle, senso de estabilidade, autoconceito, afeto e, por consequência, ao bem-estar psicológico. O bem-estar psicológico pode ser definido como as crenças pessoais sobre o cumprimento de normas e papéis relacionados ao gênero e a idade, ao envolvimento com os outros, à produtividade, ao reconhecimento social, à autonomia, ao domínio sobre o ambiente, ao valor das realizações, ao cumprimento de metas de vida e a outros aspectos que permitem ao indivíduo sentir-se bem consigo mesmo, quando se compara com outros de seu meio social (Neri,

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