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O Idoso e o fortalecimento do vínculo familiar

Por:   •  24/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.098 Palavras (21 Páginas)  •  940 Visualizações

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O idoso e o fortalecimento do vínculo familiar

Adenice da silva lima

Professora virtual: Michelle Bertoglio Clos 

Tutora Virtual: Jordana Batista Centeno

RESUMO: O avanço da medicina proporcionou condições para as pessoas viverem mais. Assim há o desafio de assegurar à população envelhecer com dignidade e melhor qualidade de vida. O presente estudo visa isto, buscar alternativas para propor aos idosos do Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI) de Altamira- PA viver bem, através de ações com a participação familiar, buscando fortalecer e resgatar vínculos familiares e comunitários. Já que o Serviço social tem esse papel fundamental. O trabalho de pesquisa foi realizado com 16 participantes do total de 89. Foram utilizados como instrumentos no processo de intervenção, reuniões com os familiares, roda de conversa, entre outros. Hoje estes idosos estão com seus laços familiares resgatados, integrados no grupo, vivem com dignidade.

Palavras-chave: Assistência Social, Longevidade, Dignidade.

  1. INTRODUÇÃO

Envelhecer é um processo vital inerente a todos os seres humanos. O avanço da medicina proporcionou condições para que as pessoas vivam mais, porém, a longevidade conquistada não tem significado sem as condições para obter qualidade de vida.

Nesse contexto é necessário investigar as condições de existência do idoso, aprofundando conhecimentos sobre as características biopsicossociais, culturais e espirituais desse grupo etário, para assegurar à população envelhecer com dignidade e melhor qualidade de vida.

Assim o presente trabalho foi motivado pela experiência de estágio realizada na Secretaria Municipal de Assistência de Altamira- PA (SEMUTS), que está localizada na Rua João Rodrigues, Nº 1183 Bairro: Jardim Uirapuru, na cidade de Altamira-Pará, mais especificamente no Centro de Convivência da Melhor Idade (CCMI) no mês de setembro a novembro de 2015, onde se buscou promover atividades aos idosos, ações com a participação familiar, buscando fortalecer e resgatar vínculos familiares e comunitários.

Durante o estágio percebeu-se o distanciamento dos familiares, caracterizando assim uma fragilização de vínculos familiares como consequência da indiferença e muitas vezes do abandono por aqueles que deveriam adotar uma postura de amor e cuidado nesta fase tão delicada.

Essas observações do campo de estágio suscitaram a necessidade de conhecimento acerca dessa realidade, através deste trabalho trazendo a temática: qualidade de vida para os idosos do CCMI.

Segundo Costa (2015), a intervenção de um Assistente Social surge em atendimento a uma demanda social.  As demandas sociais são situações problemáticas que precisam de uma resposta da sociedade, trazidas pela própria sociedade a uma organização ou instituição para que esta as encaminhe.

Dessa forma sinaliza-se aspectos relevantes com relação ao objeto de intervenção “o abandono físico e afetivo da pessoa idosa” e à forma como os assistentes sociais, historicamente, esboçam formas de enfrentamento a essa problemática, suas políticas norteadoras e as ações voltadas à questão em análise. Nesse sentido, descreve-se a relação deste objeto de intervenção com as competências teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas da profissão.

2- A IMPORTÂNCIA DO FORTALECIMENTO DO VINCULO FAMILIAR PARA O IDOSO

Diante de tantas expressões das questões sociais, uma reflexão se faz necessário levantar quais são as políticas sociais vinculadas a essa realidade que se presencia no campo do estágio.

Por isso uma reflexão importante é compreender a história de vida do idoso, se o mesmo foi protetivo e exerceu o cuidado. Por vezes algumas situações deflagram a reprodução da história de vida familiar de negligência por abandono físico e afetivo.

Dessa forma será necessária uma intervenção junto a esse público alvo, buscando atividades de integração desses com as respectivas famílias, fortalecer os vínculos entre eles, buscar estreitar os laços, resgatar a afetividade entre os envolvidos.

Pensando nessa perspectiva e com o intuito, de revigorar e intensificar a sua rotina, é que este tema busca inclusão de participação destes idosos juntamente com seus familiares no CCMI que é um SCFV- Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, pois com a Lei N° 10.741 de 1º de outubro de 2003: é instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

O Serviço social tem papel fundamental e deve contribuir buscando a intervenção destes idosos, público prioritário, a partir das expressões da questão social apresentada pelas demandas como fragilização, perda de vinculo familiar.

Além, de procurar uma consecução de propostas e atividades que promovam uma vida mais digna, humana e agradável para os idosos com melhoria e qualidade de vida.

Pois, o fortalecimento de vínculos previne o isolamento do idoso com atividades que contribuem para o exercício da cidadania, participação social, proporcionando a ampliação e defesa de direitos, a autonomia e o protagonismo das pessoas idosas.

Uma organização ou instituição social ao constatar que se trata de uma demanda para atendimento do Serviço Social, transformará essa demanda de social para organizacional/institucional, e o Assistente Social poderá contar com a estrutura da organização/instituição para realizar seu trabalho. O atendimento às demandas é concretizado com a intervenção do Assistente Social:

“As demandas (...) vão se mostrar, como fenômeno social, e consequentemente necessidade de intervenção junto aos usuários, que vivendo as expressões da questão social e, a multidimensionalidade, buscam, no serviço social, apoio e suporte para superar as situações de vulnerabilidade social.” (COSTA, 2015, pg. 51).

A participação das famílias dos idosos e a sua compreensão, promovidas pelo trabalho do Assistente Social, são fundamentais para a concretização da proposta como um todo.

É importante destacar que, enquanto profissionais e futuros profissionais do Serviço Social, antes de tudo, somos os principais atores para a construção de uma nova sociabilidade. É difícil, mas é de responsabilidade profissional colocar em evidência a sua relevância e, assim, poder enxergar a dimensão do quanto estamos como coletivo enfrentando na labuta cotidiana o nosso processo de trabalho.” (COSTA, 2015, pg. 57).

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