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Violencia Social

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Por:   •  8/6/2014  •  4.169 Palavras (17 Páginas)  •  257 Visualizações

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VIOLÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA

João Marcel Araujo de Souza

RESUMO

A violência no Brasil é vinda já da sua colonização, sendo que com o passar do tempo foi adquirindo diferentes facetas. O ser humano é movido por emoções e dependendo das situações ou da própria ação pode deixar aflorar o sentimento de vingança ou até mesmo de desrespeito para com o seu semelhante. Sem poder se defender, as pessoas acabam reféns da falta de segurança e prisioneiras do medo. É comum ouvir-se relatos de que crimes são cometidos por pessoas que não tem situação econômica estável, e que o desemprego e a falta de estudo são os principais motivos da violência no Brasil. Em contraponto a esse pensamento têm-se conhecimento de comunidades rurais desprovidas até mesmo de alimento, no entanto, não são comuns os atos de violência como nas populações urbanas. Sendo assim, a violência só pode ser entendida de forma melhor se for levado em consideração uma série de fatores que podem vir a gerar essa violência assustadora que vivemos a presenciar. As diferenças sociais presentes no Brasil precisam urgentemente ser levadas em consideração, pois estão contribuindo fortemente para a violência. A inoperância das políticas públicas é visível, está nas manchetes dos jornais, quando aplica recursos inexpressivos e negligencia a reforma do setor da justiça e a crise no sistema prisional.

Palavras-chave: Violência, desigualdade social, políticas públicas.

1 INTRODUÇÃO

A violência urbana no Brasil é um dos problemas sociais mais sérios. Vive-se com medo, tentando se proteger de tudo e de todos. Constantemente o cidadão é vitima de assaltos, agressões físicas, assassinatos, seqüestros e tantos outros exemplos de violências.

A violência está enraizada na história de nosso país desde a colonização. E até o momento, não houve medidas, o bastante suficientes por parte do poder público para modificar esta situação.

Constantemente se acusa a pobreza e a miséria como responsável por isto. Esquecendo-se que a desigualdade social põe grande parcela da população, a margem dos direitos básicos: saúde, moradia, segurança e educação de qualidade, enquanto que, o restante da população, que é a minoria, detém a riqueza do país.

Compreender e discutir tais fatos é o objetivo desta pesquisa. A questão da violência no Brasil, mais de perto a violência nos centros urbanos, vem ao longo dos tempos se tornando inevitável. Esse fato nos levou a buscar alternativas, através de pesquisas para entender os possíveis fenômenos que podem contribuir para o avanço da violência urbana. E ao mesmo tempo compreender porque as ações do Estado ainda não mostram eficácia em atender os anseios básicos da sociedade.

A realização de pesquisas desse tipo é importante porque nos leva a entender que a violência não é apenas um problema do opressor e oprimido. Mas, sim um problema de toda a sociedade que deve está informada de forma precisa e esclarecedora sobre o assunto.

Quando somos bem informados adquirimos embasamento para discutir e tomar parte em ações benéficas, participando efetivamente de seguimentos sociais que façam frente aos órgãos públicos e cobrem atitudes que contribuam para a diminuição da violência urbana.

2. O QUE É VIOLÊNCIA URBANA?

Neste primeiro capítulo, abordar-se-á com mais profundidade o que é violência, dando ênfase, em especial, a violência urbana, como ela transcorreu no passado e presente do país e como afeta a vida do cidadão.

Violência urbana é uma expressão utilizada para definir um fenômeno da sociedade de comportamento agressor e transgressor ocorrido no convívio da sociedade urbana.

Ela não compreende apenas os crimes, mas todos os atos que interferem nas regras de bom convívio entre as pessoas.

Como revalida o Doutor em Sociologia Michel Misse ao afirmar que:

A violência urbana diz respeito a uma multiplicidade de eventos (que nem sempre apontam para o significado mais forte da expressão violência) que parecem vinculados ao modo de vida das grandes metrópoles na modernidade. Esses eventos podem reunir, na mesma denominação geral, motivações muito distintas, desde vandalismos, desordens públicas, motins e saques até ações criminosas individuais de diferentes tipos, inclusive as não-intencionais como as provocadas por negligência ou consumo excessivo de álcool ou outras drogas. Além disso, a expressão violência urbana tenta dar um significado mais sociológico e menos criminal a esses eventos, interligando-os a causas mais complexas e a motivações muito variadas, numa abordagem que preconiza a necessidade de não desvincular esses eventos da complexidade de estilos de vida e situações existentes numa grande metrópole. [1]

Esse tipo de violência tem uma forte presença em países que demonstram um mau funcionamento nos principais controles da nação como, controles políticos, sociais, e jurídicos.

Em países portadores destes males, de profundas desigualdades sociais, fragilidades nas suas instituições, desigualdades econômicas, terão com freqüência a ocorrência de crimes graves, tráfico de drogas, troca de tiros, assaltos, linchamentos, etc. Sem falar também dos desrespeitos com relação às normas impostas pelo Estado.

2.1 Passado e presente da violência no Brasil

No começo a sociedade brasileira era posta sobre um regime monárquico, após deixar de ser colônia portuguesa, tendo como principais fontes socioeconômicas a monocultura, a agropecuária e exportação de produtos primários.

Este era um período em que, segundo Adorno (p. 84, 2002), a sociedade era constituída “em torno do parentesco, mescla de interesses matérias e morais, da indiferenciação entre as fronteiras dos negócios públicos e dos interesses privados (...)“.

Em nossa

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