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Visões da Ética Cristã

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Por:   •  9/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.220 Palavras (13 Páginas)  •  1.045 Visualizações

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Visões sobre Ética Cristã

Introdução

A ética cristã tem a função de considerar o que é moralmente certo ou errado para os cristãos, dentro de uma visão bíblica, haja vista os cristãos terem a Bíblia como revelação de Deus. A ética Cristã possui algumas características especificas, que não explanaremos neste trabalho de forma abrangente. As características são:

A ética Cristã baseia-se na vontade de Deus.

A ética cristã é uma prescrição divina, e está alinhada ao seu caráter moral imutável.

A ética cristã é absoluta.

Deus não muda o seu caráter moral, assim as obrigações morais derivadas de sua natureza são absolutas.

A ética Cristã baseia-se na revelação de Deus.

Deus tem revelado a si, tanto na natureza(Sl 19.1-6), quanto nas escrituras(Sl 19.7-14). E esta revelação divide-se em: revelação geral, onde contém mandamentos a todas as pessoas; e revelação especifica, que mostra a vontade divina para os cristãos.

A ética Cristã é prescritiva.

Uma vez que o direito moral é prescrito por um Deus moral, ele é prescritivo. A lei moral só existe quando há um legislador moral. Assim a ética crista é por sua natureza prescritiva e não descritiva.

A ética crista é deontológica.

Ao contrario da ética teleológica, que considera as atitudes e decisões tomadas a partir de seus resultados positivos; em contrapartida a ética crista sendo deontológica, consiste na analise das conseqüências de um ato ou comportamento sem influenciar no julgamento moral das ações das pessoas.

Varias visões sobre a ética crista.

Há leis morais obrigatórias a todos os seres humanos? Diante da pergunta, surge seis sistemas éticos elementares, que tentam responder as essas questões.

Como foco da discussão, para analisar as diferenças entre as seis visões éticas básicas, surge a pergunta: “é certo mentir para salvar uma vida?”

1- Antinomismo:

Diz que não há leis morais, logo, mentir não é certo nem errado. Ele afirma que não há princípios morais que possa julgar se essa questão é certa ou errada. A questão precisa ser decidida em princípios subjetivos, pessoais ou pragmáticos; mas não em algum principio moral objetivo. O antinomismo significa literalmente “anti/ contra a lei”, afirma que como não há leis morais obrigatórias, tudo é relativo. No mundo antigo, existiram pelos menos três movimentos que influenciaram na ascensão do antinomismo; o heraclitismo, o hedonismo, e o ceticismo. No mundo medieval apesar da influencia cristã, foram desenvolvidos vários tipos de pensamentos que contribuíram para o antinomismo, os principais foram: o intencionalismo, o voluntarismo, e o nominalismo. No mundo moderno o crescimento do relativismo através do utilitarismo, do existencialismo e do evolucionismo, contribuiu para o movimento do antinomismo. O antinomismo no mundo moderno, através de movimentos como o emotivismo, o niilismo, e do situacionismo, tem contribuído para o desenvolvimento de uma sociedade sem padrões morais. Os antinomistas não possuem lei moral, o que pode ser entendido tanto no sentido absoluto quanto no sentido limitado. As crenças básicas do antinomistas são: não existem leis morais dadas por Deus, geralmente são ateístas teóricos; não existem leis morais objetivas; não existem leis morais eternas; não existem leis contra leis. As contribuições positivas do antinomismo são: a ênfase nas responsabilidades individuais; a ênfase no reconhecimento do aspecto emocional; a ênfase nas relações pessoais; a ênfase nas dimensões finitas a ética. Apesar dos pontos positivos o antinomismo não consegue se sustentar por varias razões: aqueles que negam todos os valores, certamente valorizam o direito de dizê-lo; a subjetividade do antinomismo uma vez que não existe regras para o jogo da vida; é muito individualista; é ineficiente pois duas pessoas não podem se relacionar em uma sociedade sem regras objetivas obrigatórias; por fim é irracional pois afirma que duas visões opostas podem estar certas.

2- O Situacionismo

O situacionismo reivindica ser um absolutismo de uma só norma. Ele acredita que todas as coisas devem ser julgadas por uma lei moral e absoluta: o amor. Joseph Fletcher, maior defensor da posição, afirma que o Situacionismo está localizado entre os extremos do legalismo e do antinomismo. O primeiro tem leis para tudo, enquanto o último não tem lei alguma. Já o situacionismo de Fletcher tem uma só lei, daí Norman Geisler denominá-lo absolutismo de uma só norma. Há quatro princípios funcionais do situacionismo: pragmatismo – aquilo que funciona em prol do amor, procura respostas concretas e práticas; Relativismo – Só o amor é absoluto, tudo mais se relativiza frente a ele; Positivismo – os valores são derivados voluntariamente e não racionalmente. O homem decide sobre seus valores. As declarações éticas não procuram verificação, mas justificação; Personalismo – As pessoas são os próprios valores que elas exprimem. As coisas devem ser usadas, as pessoas devem ser amadas, logo, as pessoas são sempre os fins, nunca os meios.

Geisler se propõe a discutir não do ponto de vista neotestamentário, nem das implicações de amar a Deus somente através do nosso próximo, mas da insuficiência de apenas uma única norma ética: Uma só norma é demasiadamente generalizada – torna ambígua a norma, pela necessidade de aplicá-la a todas as situações, se o conteúdo do Amor varia de situação para situação, logo, o amor é relativo, e não absoluto, seu significado depende das circunstâncias; a situação não determina o significado do amor – o significado não é completamente determinado pela situação, mas apenas meramente condicionado; a possibilidade de muitas normas universais – não necessariamente a existência de muitas normas, pois, leva ao legalismo, Fletcher defende a existência de uma norma universal, mas não defende a não existência de várias; Geisler afirma que assim como Fletcher escolheu o amor como norma universal, alguém poderia escolher o ódio, ou a compaixão, etc. Ou seja, se é para haver uma única norma, qual norma seria? Quem seria legítimo para dar a última palavra? Assim a ultima lei moral, acaba se tornando em lei moral nenhuma, assim, o situacionismo é reduzido a antinomismo, pois

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