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Vivemos em tempos diferentes, e nada resta

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Por:   •  2/11/2014  •  Artigo  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  277 Visualizações

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Vivemos tempos líquidos, nada é para durar.

Se realmente pararmos para pensar com profundidade no significado desse título e considerarmos as bem esclarecidas ideias de Zygmunt Bauman e Gilles Lipovetsky, brevemente podemos compreender que estes artigos se tratam de retratos reais do nosso contexto social, uma vez que ao acompanhar as teses justificadas conseguimos compreender facilmente como cada colocação realmente está ligada ao nosso dia a dia e traduzindo de forma até filosófica o nosso cenário atual.

A referência que Zygmunt faz sobre a nossa atualidade classificando-a como “modernidade líquida”, onde alerta que nada hoje em dia é feito para durar ou pelo menos para não permanecer por muito tempo como original, está muito bem colocada.

Realmente estamos na era da liquidez, precisamos nos transformar cada vez mais em pessoas diferentes, de formas diferentes, com características diferentes, para nos enquadrarmos num determinado ambiente ou espaço, social ou não. Hoje as pessoas estão ansiando demasiadamente conquistar ou possuir algo da forma mais rápida e fácil possível, algum status social ou algo equivalente, crendo ser esta a única forma a sentir-se feliz ou pessoalmente satisfeito.

Sem medir as consequências ou pensar em outras formas mais brandas ou lógicas de se concretizar sonhos e desejos, muitas vezes acabam comprometendo outras possibilidades coletivas futuras.

As pessoas estão conscientes disso, mas simplesmente não se importam e ignoram algumas consequências. Cada vez mais o mundo está se tornando mais individualista onde todos procuram fazer apenas o que convêm e sem correr riscos, as atividades modernas também estão caminhando cada vez mais para um meio solitário, onde podemos citar como exemplo a insubstituível internet e redes sociais, onde embora sejam meios coletivos de comunicação, normalmente são praticadas de forma individual e solitária, com a possibilidade cômoda de fugir de uma situação de conflito ou insatisfação assim se sentir pressionado com algo, migrando de situações complexas para as mais simples. O lado desfavorável dessa situação é que cada vez mais as pessoas estão aprendendo a fugir dos conflitos e relacionamentos e não desenvolvem essa habilidade tão necessária para um bom convívio coletivo.

Os relacionamentos também estão sendo cultivados de uma certa forma que parecem ser irrelevantes ou facilmente substituíveis, assim que um outro relacionamento mesmo que na teoria pareça ser mais interessante ou atraente deixa-se de apreciar o convívio atual.

As pessoas estão cada vez mais olhando para “dentro” de si, e ignoram o mundo em que vivem e atuam. Sabem dos problemas que causam e também dos benefícios que poderiam trazer ao todo, mas o “eu” vem primeiro e isso está aos poucos condenando o mundo e mudando rapidamente as tendências e vivencias da sociedade atual.

A educação pode ser apontada como um dos principais fatores que desencadearam essa “mudança repentina” de comportamento, uma vez que a maior parte da população acredita erroneamente que a educação liberal trará algum benefício futuro ás nações. A realidade é que estamos criando uma geração fraca e frágil que terá muitas dificuldades em superar problemas e limites, porque foram simplesmente condicionados a vida toda a fugir deles, quando simplesmente puderam optar por de poder escolher entre o mais fácil e o mais difícil, obviamente que por comodidade o mais fácil era a melhor opção. Mas nem sempre é a melhor escolha.

Hoje as crianças

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