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Williams FW14-Renault

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Por:   •  4/5/2014  •  Seminário  •  1.087 Palavras (5 Páginas)  •  286 Visualizações

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Concordei com as mudanças porque me convenceram de que elas seriam melhores para a F1", afirmou Frank Williams, na apresentação do modelo FW16-Renault, no início de 1994. Sua equipe havia vencido os mundiais de 1992, com Nigel Mansell, e de 1993, com Alain Prost, encontrando enorme facilidade. Senna, de McLaren, já três vezes campeão do mundo, não podia sequer acompanhá-los de perto, quanto menos desafiá-los na luta pelo título.

Assisti ao primeiro treino livre do GP da África do Sul de 1992 atrás do guardrail das curvas 1 e 2 do circuito de Kyalami, ao lado do mestre Jackie Stewart, campeão em 1969, 1971 e 1973. Era a etapa de abertura do campeonato. Depois de ver Mansell percorrer aquelas curvas com o modelo FW14-Renault da Williams, e comparar, por exemplo, com o MP4/6-Honda de Senna, Stewart comentou: "O mundial acabou, a não ser que a nova McLaren se mostre tão mais veloz quanto esse carro da Williams, o que não acredito". A McLaren iria estrear o seu modelo de 1992, a princípio, somente na quinta etapa, dia 17 de maio, em Ímola.

Quando regressei para o paddock de Kyalami, vi Senna caminhando para o motorhome da McLaren. Outros jornalistas tiveram a mesma ideia de saber sua opinião a respeito do que acabáramos de ver na pista. A mecânica de operação da imprensa não tinha nada a ver com a doentia proibição para tudo que acontece hoje em dia. Senna nos disse: "Fui dois segundos mais lento (do que Nigel Mansell). Estamos muito atrás. Temos de apressar a estreia do novo carro e não há nenhuma certeza de que seja dois segundos mais rápido para pensarmos em lutar com eles (Williams)".

Juan Esteves/Folha Imagem

Mansell segue à frente de Senna com sua Williams FW14-Renault em 1992

A McLaren introduziu seu modelo MP4/7-Honda no GP do Brasil de 1992, terceiro do ano, e, como o previsto por Senna, não era mesmo dois segundos mais rápido que o monoposto de 1991, usado por Senna na África do Sul e no México, as duas primeiras provas, ambas vencidas facilmente por Nigel Mansell.

Senna critica a McLaren

"É só vocês olharem para os dois carros (da Williams e da McLaren). Dá para ver que há hoje na F1 uma nova forma de se explorar a aerodinâmica, existente já desde o ano passado, lançada pela Williams. Eles, neste ano, ainda a melhoraram. E nós sequer a temos", afirmou Senna, bastante crítico ao conservadorismo da McLaren. Era o gênio de Adrian Newey, um engenheiro aeronáutico, se manifestando na concepção dos carros da Williams.

O regulamento da F1 em 1992 e 1993 permitia uma série de recursos eletrônicos, como a suspensão ativa, entre outros. E a organização de Frank Williams, comandada por Adrian Newey, fora a que melhor respondera àquela realidade da categoria.

O principal coordenador de toda a eletrônica embarcada nos modelos da Williams era um jovem engenheiro, sempre acessível, chamado Paddy Lowe. Esse inglês, hoje com 52 anos, é o atual diretor técnico da Mercedes, time que, com Lewis Hamilton e Nico Rosberg, domina o início do campeonato atual.

Até mesmo os donos das outras equipes, em 1993, estranharam o fato de Frank Williams assinar o documento que garantia a mudança nas regras técnicas da competição para 1994. O Pacto da Concordia, em vigência, exigia unanimidade dentre os proprietários de escuderias para haver uma alteração tão radical das regras como a que ocorreu naquele ano. Para Frank Williams manter sua hegemonia, bastava dizer não a todos que evocavam uma profunda revisão conceitual em tudo o que havia na F1, técnica e esportivamente.

Acabar com a hegemonia da Williams

Em outras palavras, o que Bernie Ecclestone, promotor do show, e Max Mosley, presidente da FIA, desejavam era acabar com a superioridade absoluta da Williams. Tornar a F1 mais emocionante. Foi a mesma estratégia usada agora, com a Red Bull, ao trocar o motor aspirado V-8 de 2,4 litros por uma unidade motriz híbrida, com um V-6 Turbo de 1,6

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