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A Musicoterapia ciência e arte

Por:   •  31/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  181 Visualizações

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Musicoterapia ciência e arte

A musicoterapia, e como ciência e arte de cura, tem por objetivo promover o equilíbrio biopsicossocial, restaurando a saúde dos indivíduos ou prevenindo a instalação de doenças. A música, como arte de cura, perde-se nos tempos imemoriais da história humana. As tradições xamânicas de utilização do som com propósitos de cura remontam há 25.000 anos, aproximadamente, dentro de um sistema organizado e que foi utilizado no mundo todo, desde a Sibéria até a África e a América do Sul. Na antiga Grécia, a música era estruturada em um sofisticado sistema, com bases científicas, fundamentada na física e na matemática. A filosofia médica de Hipócrates acreditava na medicina psicossomática e considerava as doenças como uma desarmonia do homem face à sua própria natureza.

A musica vem sendo utilizada como cura desde os primórdios da humanidade, mas se estabeleceu como ciência somente após a Segunda Guerra Mundial. A musicoterapia tem inúmeras aplicações, entre elas síndrome genética como Down, Turner e Rett, distúrbios neurológicos, distúrbios emocionais, deficiência sensórias, visuais e auditivas, autismo, entre outras.

A palavra terapia está desgastada pelo seu uso indiscriminado e irresponsável. Contudo temos que enfrentá-la e explicá-la, pois nossa ciência cresceu e se desenvolveu com esse vocábulo compondo com a música o seu nome. Diante disso, é necessário esclarecer que terapia é um processo de crescimento pessoal, de desenvolvimento de potencialidades, de aprofundamento do autoconhecimento. É um lugar de reconhecimento, de aceitação e de busca de soluções para muitos problemas existenciais do ser humano. Terapeuticamente, a música faz com que o indivíduo expresse suas ansiedades, tensões, desejos, alegrias. Entra em contato direto com as emoções e sentimentos internalizados que, muitas vezes, estão bloqueados pela inibição, pelo estresse, pela falta de estímulo.

Compreendendo a Musicoterapia

O desenvolvimento científico-tecnológico da 2ª metade do século XX permitiu à Musicoterapia elevar-se à categoria de ciência de primeira linha. As descobertas da neurociência, da neurologia, da psicologia, da fisiologia, da psicofísica, da física do som, da ciência musical e do aperfeiçoamento da tecnologia de ressonância comprovaram materialmente o que os sábios já sabiam há milênios: a abertura dos canais de cura através da música. A Musicoterapia é uma ciência que exige profundo conhecimento de cada área a ser atendida, pois ela detecta, avalia, diagnostica e promove o melhoramento e alterações no contexto em que estiver inserida, ao longo do tempo.

A musicoterapia define-se pelo seu próprio nome: o uso da música: som, ritmo, melodia e harmonia, juntas ou separadas com finalidades terapêuticas

O ser humano interage com as pessoas e o ambiente valendo-se da fala, da escrita e da linguagem musical. Os estímulos sonoros do ambiente que nos cerca são intensos e a criança, desde seus primeiros anos de vida, já reage a eles mediante balbucios, gritos e movimentos corporais: é o modo de ela se manifestar diante dos sons; ela os ouve, capta a sua direção e identifica as vozes das pessoas. Ela penetra progressivamente no mundo dos sons e, quanto mais adequados forem os estímulos sonoros, melhor ela captará o ambiente que a rodeia. As canções e ritmos auxiliam na harmonia entre o corpo e a mente, sem contar que a música torna o ambiente de ensino, propício ao desenvolvimento de atividades estimulem e despertem emoções, reações, sensações e sentimentos. As atividades musicais permitem que a criança conheça melhor a si mesmas, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permitem a comunicação com o outro

Diante dessas reflexões, propõe se refletir sobre a importância da música na Educação especial, com o objetivo de ampliar a possibilidade de ocorrência do processo ensino aprendizagem por meio da música para os alunos da Educação Especial. Segundo Bréscia (2003) a musicalização trata-se de um processo de construção do saber, tendo como objetivo estimular e incrementar o gosto pela musica, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

Qualquer que seja o método e o objetivo estético, o material sonoro a ser usado pela música é tradicionalmente dividido de acordo com três elementos organizacionais: melodia, harmonia e ritmo. No entanto, quando nos referimos aos aspectos do som nos deparamos com uma lista mais abrangente de componentes: altura, timbre, intensidade e duração. Eles se combinam para criar outros aspectos como: estrutura, textura e estilo, bem como a localização espacial (ou o movimento de sons no espaço), o gesto e a dança. Dentro da Pedagogia, a Musicoterapia pode ser utilizada na Educação Especial, para facilitar a aprendizagem dos alunos com essas necessidades e aos professores que lecionam para essa clientela, pois, a utilização das canções, torna o aprendizado mais eficaz e prende a atenção dos alunos, facilitando o papel do mestre em sala de aula. A música é uma forma de manifestação artística e estética, e a beleza da criação musical é fundamental para o enriquecimento da vida humana (Nye, 1985:5). É, portanto, uma arte que faz parte da vida tornando-se importante que as crianças se apercebam dos sons que se podem ouvir e obter. Deste modo é necessário desenvolver nelas a sensibilidade, o sentido artístico e estético

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