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Musicoterapia

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Por:   •  11/12/2012  •  1.232 Palavras (5 Páginas)  •  2.593 Visualizações

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Musicoterapia

O mundo que nos rodeia é composto por um aglomerado de sons. Todos eles fazem parte da nossa vida e mesmo sem eles, o silêncio, torna-se ruidoso, o que poderá causar desequilíbrios.

Deste modo, os efeitos da música são o aumento do bom humor e da confiança, a indução da calma, o apaziguamento interior e relaxação muscular, isto incluído benefícios ao nível do sistema nervoso central. É neste sistema que todas as reacções comportamentais se dão, e sabendo que o nosso comportamento é influenciado pelo meio ambiente, o objectivo da musicoterapia é fazer com que este meio ambiente seja agradável para o bem estar do paciente.

Segundo a WFMT (Federação Mundial de Musicoterapia): A Musicoterapia é a utilização da música e/ou de seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, num processo sistematizado de forma a facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, e organização de processos psíquicos de um ou mais indivíduos para que ele(s) recupere as suas funções, desenvolva(m) o seu potencial e adquira (m) melhor qualidade de vida.

A Musicoterapia surge como auxiliar da Medicina, é por isso designada como sendo uma terapia complementar. A medicina juntamente com esta técnica terapêutica permite recuperar o paciente para a sociedade ou actuar na prevenção de doenças físicas e mentais.

A origem

A utilização da Musicoterapia como método terapêutico, já vem do início da história da humanidade.

Pensa-se que a musicoterapia terá sido descoberta pelos nossos ancestrais, por volta da época em que foi descoberto o fogo, e da mesma maneira. Conta-se que bateram uma pedra na outra e escutaram o som que este gesto produziu, então, quando se sentiam furiosos pegavam em duas pedrinhas e batiam uma na outra e isso aliviava-lhes a fúria. Era, já para eles, um método terapêutico.

Etapa Mítica da Musicoterapia

O uso da Música como agente no combate às doenças é quase tão antigo como a própria Música.

Para o homem primitivo, o som surgia como algo de mágico, de misterioso, talvez porque fosse incompreensível, mas era, também, um meio de comunicação. Através da Música, o homem procurava libertar os maus espíritos que, em seu entender, afectavam as tribos primitivas. A Música, para o Homem primitivo possuía um poder omnipotente, mágico, poderoso.

Nas civilizações totémicas desenvolveu-se a crença de que cada um dos espíritos que habita o mundo possui o seu próprio som específico e individual.

«Os homens primitivos acreditavam que cada ser vivo ou morto tinha o seu próprio som ou canção secreta à qual devia responder, e que o tornava vulnerável à magia. Por esta razão, os rituais mágicos da saúde dos médicos ou bruxos, tratavam de descobrir o som ou canção à qual responderia o homem enfermo ou o espírito que nele habitava. O som pessoal podia relacionar-se com o timbre da voz do homem, que ainda hoje sabemos que é um factor individual universal». (Benenzon, 1985, pp. 247-248).

O primeiro relato sobre Musicoterapia aparece na Bíblia (I Samuel, 16: 23):

«E sempre que o Espírito mau de Deus acometia o rei, David tomava a harpa e tocava. Saul acalmava-se, sentia-se aliviado e o espírito mau deixava-o.»

Para os Egípcios, a música era um presente dos Deuses, exercendo influência sobre o corpo humano. Eles acreditavam no poder curativo da música.

«(…) os primeiros escritos onde se fazem referência à sua influência sobre o corpo humano são provavelmente os papiros médicos egípcios, descobertos em Kahum, por Petrie, em 1899 e que datam mais ou menos do ano 1500 antes de Cristo. Estes referiam-se ao encantamento pela música, a que atribuíam uma boa influência sobre a fertilidade da mulher». (Benenzon (1985.p. 245))

Através de Platão desenvolveu-se um dos princípios fundamentais em Musicoterapia:

«(…) os sons podem parecer-nos afinados ou desafinados, isso depende da compatibilidade ou incompatibilidade de estes sons connosco». (Blasco, 1999, p. 404)

A musicoterapia da antiguidade à actualidade

• A música foi utilizada por David para acalmar a angústia do Rei Saúl.

• A música é usada em rituais de exorcismo e do espantar espíritos malévolos (com guizos, chocalhos, tambores, flautas e a voz).

• Aristóteles achava que a audição de algumas melodias que provocassem o êxtase poderiam resolver alguns problemas emocionais.

• Os árabes exercitavam o "encantamento" do doente através da música (usando uma flauta).

• No Renascimento, vários livros de medicina referem a importância do uso da música, como forma de distracção dos doentes em relação ao seu sofrimento.

• No século XVI, constroem-se instrumentos musicais feitos de madeiras medicinais, pensando-se que o som e o contacto com esses instrumentos, teriam o mesmo efeito curativo que as plantas

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