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A Planta do Gênero Moringa

Por:   •  7/11/2018  •  Ensaio  •  2.273 Palavras (10 Páginas)  •  171 Visualizações

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  1. -INTRODUÇÃO

A planta do gênero Moringa, espécie M. oleifera Lam[a]., é popularmente conhecida, a depender da região, como: quiabo de quina, baqueta, lírio branco, árvore da vida, raiz-forte, moringa (ZHAO; ZHANG, 2013; SILVA, et al., 2018). Essa planta tem por origem a Índia, mas devido a fácil adaptação climática, rápido crescimento e longevidade são constatados registros de cultivos em diferentes partes do mundo (RANGEL, 1999; ZHAO; ZHANG, 2013; GOPALAKRISHNAN; DORIYA; KUMAR, 2016). No Brasil há registros de cultivo desta espécie datados nos anos 50, em que no estado do Maranhão, a planta era utilizada com fins ornamentais (RANGEL, 1999; SILVA, et al., 2018).

Segundo Silva et al. (2018) no Brasil, trabalhos sobre aspectos agronômicos da moringa ainda são incipientes, e o cultivo concentra-se na região nordeste por meio de pequenos agricultores. Para desenvolvimento satisfatório da cultura são recomendados solos argilosos ou arenosos (RANGEL, 1999; COSTA E SILVA, 2017). No entanto a espécie adapta-se bem a outras categorias de solos drenados e com pH próximo a neutralidade (SILVA et al., 2018). A altura média da planta no estado adulto varia de 10 a 12 metros de comprimento, produzindo folhas, flores, frutos e sementes que podem ser quase integralmente aproveitados (RANGEL, 1999; JESUS et al., 2013; COSTA E SILVA, 2017).

Pesquisas recentes ressaltam o potencial que a espécie Moringa oleifera[b] apresenta. São verificados exemplos em diferentes áreas: MONACO et al., (2010) pesquisaram agentes coagulantes elaborados a partir de extratos da semente, para reduzir turbidez e coliformes de esgotos doméstico; TAVARES et al., (2015) conduziram  estudos quanto ao desenvolvimento de biossorvente para remoção de chumbo da água empregando sementes de Moringa oleifera, com potencial acima de 96% de remoção; Andrade et al. (2015) produziram biodiesel a base do pó das sementes de moringa e, analisaram sua efetividade como estabilizante oxidativo em biodiesel de soja; Silva et al. (2017) avaliaram a atividade larvicida do extrato de sementes da moringa no controle de Aedes aegypti, constatando que em maiores doses e tempo de contato com o extrato, ocasionava taxa de mortalidade superior das larvas (80 – 96%); Cardines et al. (2018) investigaram a ação espessante de extratos obtidos da semente da moringa em iogurtes, sendo observados aumento do teor proteico, melhora nas propriedades de viscosidade e menores valores de sinérese no produto.

Sob aspecto nutricional as propriedades das folhas da Moringa oleifera[c] são relevantes quanto aos teores de vitamina C (285,71 mg. 100 g-1), vitamina E (16,7 mg. 100 g-1), carotenoides (30,25 mg. L-1), lipídios (1,27 %), proteínas (7,34 g .100 g-1), carboidratos (12,54 %), fibra total (4,94 %), cálcio (454 mg .100 g-1 ), ferro (6,7 mg .100 g-1), fenólicos totais (680 mg .100 g-1), atividade antioxidante (3629 μmol de equivalente Trolox), flavonóis[d] (100 mg .100 g-1) (YANG et al., 2006; PASSOS et al., 2012; SILVA et al., 2018). 

Sendo assim, o emprego das folhas é indicado em dietas para a suplementação de crianças em estado anêmico e melhora no quadro nutricional, na forma de farinhas ou multimisturas (SILVA, 2016); as folhas em pó para fortificação ou enriquecimento de produtos alimentícios como pães, bolos, biscoitos, além de aditivo alimentar, agregando, portanto, valor funcional aos alimentos (OYEYINKA E OYEYINKA, 2018; FALOWO et al., 2018; POMPA et al., 2018); incorporação de folhas desidratadas a molhos, eleva o teor proteico dos acompanhamentos tais como massas, arroz, omeletes (SILVA et al., 2018). É relatado que, o consumo das folhas secas ou in natura traz[e] benefícios à saúde e no controle de doenças crônicas como, por exemplo, diabetes, hipertensão arterial e câncer (VERGARA-JIMENEZ et al., 2017; FALOWO et al., 2018).

Das folhas da Moringa oleifera, ainda, são obtidos extratos e óleo essencial com capacidade antioxidante e antimicrobiana (FRANÇA et al., 2014; AGUSTINI, 2015). Os extratos apresentam fitoquímicos como antocianinas, carotenoides, alcaloides em sua composição com ação antioxidante, de interesse para área de alimentos, a aplicação em produtos cárneos como bioconservante retardar a oxidação lipídica intensa que ocorre nesses produtos (VIEIRA, 2016; FEIHRMANN et al, 2016). Por sua vez, o óleo essencial também é constituído de elementos distintos, dentre eles fitol e timol em maiores proporções, exibindo atividade antifúngica com potencial para permuta aos produtos químicos empregados na agricultura (BARRETO et al., 2009; AGUSTINI, 2015; SILVA et al., 2018).[f] 

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