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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

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Por:   •  5/12/2014  •  1.139 Palavras (5 Páginas)  •  285 Visualizações

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O que significa a frase "a revolução industrial explodiu"? Significa que a certa altura da década de 1780, e pela priemira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humans, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação rápida, constante de homens, mercadorias e serviços. Esse fato é hoje técnicamente conhecido pelos economistas como a "partida para o crescimento auto-sustentável", sendo importante mencionar que a revolução industrial não foi um episódio com um princípio e um fim.

O ritmo da modificação econômica no século XIX no que diz respeito à estrutura da indústria e das relações sociais, ao volume de produção e à extensão e variedade do comércio, mostrou-se inteiramente anorma, a julgar pelos padrões dos séculos anteriores: no lugar de uma concepção mais ou menos estática de um mundo onde, de uma geração para outra, os homens estavam fadados a permanecer na posição que lhes fora conferida ao nascer, e onde o rompimento com a tradição era contrária à natureza, muda-se par um nova concepção onde o progresso era a lei da vida e do aperfeiçoamento constante como estado normal de qualquer sociedade sadia.

A revolução industrial permitiu uma transformação técnica que rápidamente aumentava a produtividade do trabalho e consequentemente acelerou o processo de acumulação e investimento de capital. A essência da transformação estava na mudança do caráter da produção que, em geral, se associava à utilização de máquinas movidas por energia não-humana e não-animal. Marx afirmou que a transformação crucial foi na verdade a adaptação de uma ferramenta, antes empunhada pela mão humana, a um mecanismo: a partir daquele momento, "a máquina toma o lugar de um mero implemento", sem levar em conta "se a força motriz vem do homem ou de outra máquina".

O importante é que "um mecanismo, depois de acionado, executa com suas ferramentas as mesmas operações antes executadas pelo trabalhador com ferramentas semelhantes". Uma característica desse processo foi a extensão da divisão do trabalho a um grau de complexidade jamais testemunhado e sua extensão, além disso, a um grau inimaginável dentro de uma única inidade ou equipe de produção. Em certa medida, a revolução da técnica adquiriu até um ímpeto acumulativo próprio através de uma maior especialização da mão-de-obra, onde a divisão do trabalho, simplificando os movimentos individuais, facilitava ainda outras invenções, pelas quais esses movimentos simplificados eram imitados por uma máquina.

A essa tendência cumulativa juntaram-se duas outras: a primeira no sentido de uma produtividade crescente da mão-de-obra e portanto a um fundo cada vez maior da mais-valia, do qual se derivava uma nova acumulação do capital, e a segunda no sentido de uma concentração cada vez maior da produção e da propriedade do capital. Deve ser ressaltado que, até o aparecimento dessas invenções, o estado da indústria não era de molde a proporcionar um campo atraente para investimento de capital em qualquer escala muito intensiva. A usura e o comércio, principalmente este quando privilegiado, como sucedia naturalmente naqueles dias, retinham a atração dos lucros maiores mesmo quando se levava em conta seus riscos, possivelmente maiores. Como resultado da transformação, o antigo modo de produção baseado na pequena produção do artesão individual, ainda que insistisse teimosamente em sobreviver, estava destinado ao desaparecimento: a economia de trabalho era objetivo primário para os donos do capital.

A alguns pareceria que não poderia existir razão suficiente para esperar que a modificação técnica, por mais que economizasse trabalho, viesse a aumentar a lucratividade do investimento: de acordo com tal ponto de vista, o campo para o investimento de capital era definido essencialmente pela oferta de trabalho, e esta, por sua vez, pelas condições da oferta de alimentos para proporcionar subsistência ao exército de trabalhadores. Com uma queda nos salários, devido ao barateamento da alimentação dos trabalhadores, a força de trabalho absorveria uma proporção menor daquele valor total produzido e tanto a proporção quanto a quantidade disponível para o capitalista subiriam em consequência.

A idéia básica é que no caso em que a modificação técnica produz um barateamento universal das mercadorias, pode-se corretamente falar de uma intensificação no campo de investimento como consequ~encia do aperfeiçoamento técnico. Mas, ao

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