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Claudia Ajudar: A Luta Yanomani

Por:   •  8/4/2019  •  Abstract  •  493 Palavras (2 Páginas)  •  131 Visualizações

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Claudia Anjudar: a luta Yanomani

Um povo cercado pela tragédia, o cotidiano dos Yanomami é nos mostrado, através das fotografias, como forma de reflexão para a vida.

Por Sabrina Antoun

Mais de 300 fotografias reunidas em dois andares do IMS (Instituto Moreira Salles), retraram a cultura, a história e a paixão do povo indígena Yanomani pelos olhos da fotógrafa Claudia Anjudar. Nascida na Suíça, criada em Oradea, ela foi obrigada a migrar para os Estados Unidos devido à perseguição que seu povo estava sofrendo na época – o que teve o seu lado bom. Em Nova Iorque desenvolveu o interesse pela pintura e, quando decidiu vir ao Brasil ao reencontro com a sua mãe, estabeleceu não só a sua vida, como também a sua paixão pela fotografia.

Por não dominar a língua portuguesa, Andujar viu na fotografia um jeito de se aproximar da cultura e do povo brasileiro. Aos 40 anos de idade, sua primeira experiência fotográfica nas terras brasileiras foi com seu colega George Love que, juntos, fotografaram os índios Yanomani. As fotos fariam parte de uma reportagem da Revista Realidade – já extinta do grupo Abril – a qual se relacionava diretamente ao grupo índigena dividido entre os estados do Amazonas e Roraima. O grupo, que entraria em extinção alguns anos depois, levou Claudia Anjudar a ter um interesse maior em fotografar justamente àqueles mais frágeis e excluídos, conduzindo-a um projeto muito maior. Nasceu a ativista.

Após a notícia de que a terra onde o povo habitava estava fértil de minérios nobres se espalhar, garimpeiros e mineradoras foram atraídos para a região tornando, ali, um lugar de caos. A exposição trás um ambiente triste, sombrio, possibilitanto o espectador a sentir o que os Yanomami sentiram com a devastação da sua própria terra. Enquanto em Brasília a omissão, o povo indígena sofria com as epidemias e lutas que nunca haviam acontecido antes. Diante de tudo isso, em 1977, talvez por ironia do destino, Anjudar passa a lugar contra o genocídio indígena formando a Comissão pela Criação do Parque Yanomami. As fotos tiradas por ela durante todos os anos anteriores serviram de denúncia e mobilização para que os direitos dos Yanomanis continuassem preservados.

Em São Paulo, a exposição ficará em cartaz no Instituo Moreira Salles (IMS) até o mês de Abril. Dando continuidade a essa história tão marcante, o IMS da cidade do Rio de Janeiro receberá a exposição a partir do segundo semestre deste ano. Pelo extenso e cuidadoso trabalho de Claudia Anjudar, ela nos mostra a vida, a cultura e o cotidiano de um povo que mostram através de seus olhos a luta contra a sua própria aniquilação durante o governo militar (1964-1985) no Brasil.

Serviços

Entrada gratuita

15 de Dezembro de 2018 a 7 de Abril de 2019 (São Paulo)

Horário de funcionamento: Terça-fera à Domingo (exceto às quintas-feiras), das 10h às 20h. Quinta-feira, das 10h às 22h.

IMS Paulista – Galerias 2 e 3

Avenida Paulista, 2424 – São Paulo, SP

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