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Colinas Parecendo Elefantes Brancos

Por:   •  19/4/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  771 Palavras (4 Páginas)  •  49 Visualizações

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Colinas parecendo Elefantes Brancos - Hemingway

        Esta história mostra-nos um casal à espera de um comboio de Barcelona para Madrid numa estação de comboios perto do rio Ebro. Enquanto esperavam o trem, o casal aproveitou para pedir bebidas e apreciar a vista (a moça disse na época que as colinas do vale pareciam elefantes brancos).

        Assim que começaram a conversar, porém, discordaram e discutiram aspectos relacionados à proposta do menino e à cirurgia que a menina estava pensando. A discussão se intensificou até que a menina pediu para o menino calar a boca. Nesse momento, o barman avisou que o trem estava chegando. O menino colocava sua bagagem mais perto da plataforma e, quando voltava, a menina sorria para ele e dizia que se sentia bem. Assim a história termina.

        Ao ler uma história, chegamos ao fim, não podemos entendê-la, não podemos entender o verdadeiro significado da história. Desta forma, estamos diante do que poderíamos chamar de uma história de "charada". Para desvendar esse "mistério", iniciamos a segunda leitura. Nesta seção, vamos omitir o que foi dito. No entanto, veremos que as histórias são construídas de tal forma que os leitores são enganados e distraídos por várias "razões" codificadas no texto em sua busca de significado. Então, vamos tentar descobrir onde estão essas distrações.

        Podemos apontar para a distração, duas possíveis "causas" codificadas no texto: o morro que parece um elefante branco e a ação que a menina está pensando em realizar.

        Depois de ver que o menino insistiu para que a menina fizesse a cirurgia antes, nesta passagem, a situação mudou, a menina finalmente aceitou que o melhor é fazer a cirurgia, porém, o motivo de obrigar a menina a fazer a cirurgia, o menino não a quer mais faça.

        Neste trecho, vemos que é possível não fazer isso. As coisas podem permanecer as mesmas sem ação. No entanto, vemos cada vez mais tensões relacionadas à persistência do menino do que à necessidade de cirurgia.

        Estes são alguns exemplos de como codificar ações de "motivação" no diálogo de personagens. Até o final, não sabíamos o motivo da cirurgia, se era necessária ou não, a cirurgia interferiu diretamente na relação entre marido e mulher. No final, nos deparamos com um mistério não resolvido e, para ser mais preciso, uma ferramenta de distração criada pelo autor.

        Em relação aos "motivos", as colinas que parecem elefantes brancos, codificamos as distrações em três exemplos: personagem, narrador e autor. Pelas observações da menina, a discordância entre as duas nos leva a crer que há algo por trás dessa possível “metáfora”.

        Na página seguinte, porém, a garota descartou qualquer ideia de analogia. Por causa das discussões do casal, somos levados a acreditar que pode haver algo por trás da comparação, o que no final da história também se revela um erro.

        Em relação ao narrador, podemos destacar que, antes de tudo, ele inicia a história, colocando a montanha em primeiro plano, descrevendo a cena; só depois de falar sobre o morro e o ambiente é que o personagem aparece. Poderíamos citar também que em momentos de maior conflito entre os personagens, o narrador interrompe o diálogo para descrever a cena. Isso nos leva a acreditar que pode haver algo nas colinas e no ambiente que contém a chave para desvendar o "mistério" da história. No entanto, por mais que especulemos sobre a relação entre o cenário e os personagens, não adianta ligar um ao outro até o final da história.

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